domingo, 2 de dezembro de 2012

Ialmar Pio Schneider (Efemérides Poética: Novembro)



Nota: Na formatação da imagem onde está Eça de Queiro, leia Queiróz - 
perdoe a falha, 
José Feldman

SONETO A GONÇALVES DIAS 

Falecimento do poeta em 3.11.1864- In Memoriam -

Poeta das palmeiras e também 
dos indígenas, com força genial, 
cantou grandes amores que ninguém 
houvera feito assim sentimental... 

Lendo seus versos a saudade vem 
me visitar de modo especial, 
da minha terra que palmeiras tem 
onde o sabiá modula sem igual. 

Gonçalves Dias, vate da natura, 
és um astro que em nosso céu fulgura, 
com tuas mais românticas poesias... 

Soubeste transmitir a inspiração 
que as Musas te trouxeram na soidão 
do mundo ideal das alegorias !

SONETO A CARLOS MAGALHÃES DE AZEREDO 

- Falecimento do poeta em 4.11.1963 aos 91 anos. - In Memoriam -. 

Quando leio sonetos dos poetas, 
velhos românticos de antigamente, 
sinto quão suas musas são diletas 
nos versos que escreveram docemente... 

Poesias inspiradas e discretas, 
mas também outras, de romance ardente, 
que tudo dizem, atingindo as metas 
que se propunham, na paixão ingente. 

Leio Carlos Magalhães de Azeredo, 
o seu ´´Verão e Outono´´, em que demoro, 
curtindo um verso no final do enredo 

em que ele escreve: ´´Doce e amargo encanto ! 
São tuas próprias lágrimas que choro !´´ 
E aprendo, então, como é tão forte o pranto...

A RUI BARBOSA 

Nascimento do escritor Rui Barbosa em 5.11.1849 – In Memoriam -

Rui Barbosa 
Literato 
Foi de fato 
Rei da Prosa. 

Escritor 
Mui correto 
Tão dileto 
Prosador. 

Assombrou 
C´o saber 
Tão profundo... 

Pois honrou 
Seu dever 
Neste mundo.

SONETO ALEXANDRINO A AMADEU AMARAL 

Nascimento do poeta Amadeu Amaral em 6.11.1875 – In Memoriam -

“Rios”, “Sonhos de Amor”, e “A um Adolescente”, 
são sonetos de escol que leio comovido, 
porque me fazem bem neste dia envolvente 
pela nublada luz do céu escurecido... 

E fico a meditar, trazendo para a mente, 
os poemas “A Estátua e a Rosa”, em sublime sentido; 
“Prece da Tarde”, quando exsurge a voz do crente 
como um sopro de amor no caminho escolhido... 

Estou perante o mestre Amadeu Amaral, 
cujos versos serão sempre muito admirados, 
como régio cultor da nobre poesia... 

Além do mais, ficou sendo vate Imortal, 
pois eleito ele foi por membros consagrados 
de nossa Brasileira Excelsa Academia !

SONETO A FÉLIX ARVERS 

Falecimento do poeta francês Félix Arvers em 7.11.1850 –  In Memoriam -

Quem num soneto soube engendrar um mistério, 
para cantar o amor resguardado em segredo, 
que o fizesse sofrer um tormento tão sério, 
sem conseguir lhe dar um venturoso enredo?! 

Romântico poeta, empunhando o saltério 
da inspiração febril de timidez e medo, 
passou por este Mundo, adotando o critério 
de não se declarar porque seria alpedo... 

Pois aquela que amava, ao dever sempre presa, 
prosseguia ao seu lado, ostentando a beleza 
que Deus lhe deu e vai cumprindo seu mister... 

porque vivendo com tamanha seriedade, 
há de permanecer por toda Eternidade, 
na poesia qual a misteriosa mulher !

SONETO PARA CECÍLIA MEIRELES 

Nascimento da poeta em 7.11.1901 – In Memoriam -

Procuro viajar nestes poemas 
que me emocionam tanto e permaneço 
conhecendo em mais variados temas, 
a vida alegre ou triste em que padeço... 

Procurei fazer versos, de tropeço 
em tropeço, p´ra resolver problemas 
que enfrentei no viver, desde o começo, 
quando me apareciam os dilemas. 

Um dia encontrei doce poesia 
melancólica, plena de ternura, 
mas também sempre límpida e correta. 

São horas de tristeza e nostalgia 
que me suscitam a feliz candura, 
de Cecília Meireles, a poeta !

SONETO A ARTHUR RIMBAUD 

Falecimento do poeta francês em 10.11.1891 – In Memoriam -

Jovem poeta que parou bem cedo 
de fazer versos plenos de emoção... 
Soneto de “Vogais” em cujo enredo 
cada uma tem a significação. 

Sua obra não foi simples arremedo 
de alguém que pensa apenas na ilusão; 
não se sabe do enigma nem do medo 
de a poesia dar continuação... 

O certo é que depois, quando indagado 
se era parente de Rimbaud, dizia: 
“Eu nunca ouvi falar !” E assim calado 

continuou pelo resta da vida, só, 
com sua nova e vã filosofia 
em que se sabe que seremos pó !

SONETO A AUGUSTO DOS ANJOS 

Falecimento do poeta em 12.11.1914 – In Memoriam -

Leio seus versos de poeta ousado, 
e me comovo com a verve forte, 
que se deprime qual um condenado, 
a cada instante lamentando a sorte. 

Mas foi um grande, embora desgraçado, 
sem ter um lenitivo que o conforte, 
em cada verso um passo encaminhado 
rumo ao destino que o esperava: a morte ! 

E sendo um vândalo destruidor, 
andou por ´´templos claros e risonhos´´, 
como num pesadelo com pavor... 

Então, num ímpeto de iconoclastas, 
´´quebrou a imagem dos seus próprios sonhos´´, 
´´erguendo os gládios e brandindo as hastas´´!

SONETO A JOSÉ SARAMAGO 

Nascimento do escritor em 16.11.1922 – In Memoriam -

Nobre escritor, poeta e romancista, 
em cujas páginas busquei seguir 
seu ideal de enfático humanista, 
pelo qual labutava a refletir. 

Com o Chico Buarque, na entrevista 
que dava ao Jô Soares, fez sentir 
a sua indignação de socialista, 
ao perguntar: Por quê? Ao assistir 

aos acampados da Reforma Agrária, 
que sob à lona preta sem conforto, 
sonhavam com um pedaço deste chão 

pra formar uma gleba societária. 
E assim, permanecendo mais absorto, 
era o retrato da desilusão !

SONETO A CRUZ E SOUSA 

Nascimento do poeta em 24.11.1861 – In Memoriam -

Poeta das Visões e dos Mistérios, 
Evocando outros mundos de Quimera 
Onde devem viver seres etéreos 
Que por aqui passaram n´outra Era... 

São espíritos cuja Vida austera 
Atravessaram cá momentos sérios, 
Sem conhecer a eterna Primavera, 
Hoje ouvindo dos Anjos os saltérios... 

São as almas que o Vate Cruz e Sousa 
Evocava em seus versos: “ais perdidos 
Das primitivas legiões humanas?!” 

Lembramos que sua alma ora repousa 
Por Mundos para nós desconhecidos, 
Mas plenos de canções... louvor... hosanas...

APÓS LER CRIME DO PADRE AMARO DE EÇA DE QUEIROZ 

Nascimento do escritor em 25.11.1845 – In Memoriam -

Uma história de amor que nos surpreende, 
libélulo ao celibato imposto, 
lança no espírito feroz desgosto 
que por maior esforço não se entende. 

São os mistérios que jamais se aprende: 
uma existência trágica ao sol-posto 
penetra o cérebro e no próprio rosto 
dá contrações de nervos e se estende. 

O mundo estupefato ao Padre Amaro 
lançará seu desprezo inconformado, 
pois mesmo que procure achar amparo 

na vã filosofia de um idílio, 
surgirão tão fatal como o pecado 
a pobre Amélia morta e morto o filho...

SONETO  A GREGÓRIO DE MATOS

Falecimento do poeta em 26-11-1696 – In Memoriam -

Gregório de Matos – Boca do Inferno, 
assim o apelidou o poviléu, 
apesar de às vezes ser mui terno 
e descantar também bênçãos do céu... 

Na Bahia causavam escarcéu, 
suas notas satíricas e hodierno, 
se despertou talvez algum labéu, 
há de ficar seu estro sempiterno... 

Vejo que a data do seu nascimento, 
será sete de abril?! ou vinte e três, 
ou vinte de dezembro?! Não é certa... 

Mas sei que foi poeta de talento, 
e tudo o que escreveu, e disse, e fez, 
mostra a coragem de sua alma aberta…

Fontes:
Colaboração do poeta
Imagem = montagem por J. Feldman

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 745)



Uma Trova de Ademar  

Esses meus versos doridos 
que estão bem perto do fim, 
são retratos coloridos 
que eu mesmo tirei de mim... 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Com altivez, disse um dia:
- “Ir procurar-te? Jamais!”
Mas a saudade vadia
não respeita o “nunca mais”...
–Domitilla Borges Beltrame/SP– 

Uma Trova Potiguar  

Se Deus do céu me inspirasse, 
eu faria, como prova; 
uma trova que ganhasse 
qualquer concurso de trova. 
–Zé de Sousa/RN– 

Uma Trova Premiada  

2008 - Porto Alegre/RJ 
Tema - ESCOLHA - 3º Lugar 

A vida é feita de escolhas:
os acertos, festejamos...
O duro é virar as folhas
nas tantas vezes que erramos...
–Milton Souza/RS– 

...E Suas Trovas Ficaram  

A todo mundo insinuas
que não mando no que é teu,
mas tenho saudades tuas
e o dono delas sou eu. 
–Colbert Rangel Coelho/MG– 

U m a P o e s i a  

Enxerga a vida melhor 
quem ama todos iguais; 
Pois os pecados do amor, 
têm sentenças veniais, 
quem peca amando quem ama 
tem perdão entre os mortais! 
–Prof. Garcia/RN– 

Soneto do Dia  

CONTINUIDADE. 
–Giuseppe Artidoro Ghiaroni/RJ– 

Existe um cão que ladra quando eu passo,
como se visse um bêbedo, um mendigo.
E no entanto, esse cão foi meu amigo,
como tantos amigos que ainda faço.

À noite, com que alegre estardalhaço
vinha encontrar-me no portão antigo;
enquanto a dona vinha ter comigo
e, sorrindo, apoiava-se ao meu braço.

Hoje ele faz a outro a mesma festa
e ela o mesmo carinho, tão honesta
como se nem notasse a transição.

Eu rio dessa triste brincadeira,
mas quando uma mulher é traiçoeira,
não se pode confiar nem no seu cão!

Teatro de Ontem e de Hoje (As Mãos de Eurídice)


Monólogo de Pedro Bloch, estréia com Rodolfo Mayer no papel do homem que retorna à sua antiga casa, depois de perder o dinheiro e a amante. O imenso sucesso de bilheteria deve-se ao fato de a montagem aproximar o ator da platéia, tornando-a confidente de seu drama.

Na divulgação do espetáculo, anuncia-se que "Rodolfo Mayer representará sozinho, a mais curiosa e original das peças, descendo para a platéia e fazendo-a participar do espetáculo!" 

A ação se passa na casa onde o protagonista deixa mulher e filhos para viver uma aventura. Ao retornar, sete anos depois, pobre e abandonado pela amante, encontra a casa vazia. Vasculhando gavetas, vai descobrindo o que se passou na sua ausência. O título se refere às mãos da amante, Eurídice, hábeis na banca do cassino onde Gumercindo Tavares perde sua fortuna. Depois do sucesso no Brasil, Rodolfo Mayer se apresenta em Lisboa, onde o público se mostra igualmente compungido com a personagem, como mostra o trecho da crítica assinada por F.F.:

"Um homem regressa a casa sete anos depois de a haver abandonado. É um farrapo. Perdeu as ilusões, a fortuna, a alegria de viver. O seu cérebro doente é como uma imensa tela onde se projetam e sobrepõem imagens aparentemente desconexas dos dias longínquos: o rosto e as mãos da mulher amada; o pano verde da roleta; a confusão do lar distante. Ele está doente, tem os nervos abalados, à porta da loucura. Regressa a casa e a encontra vazia e procura, interrogando as paredes, vasculhando nas gavetas, saber o que se passou - encher o vazio do largo parêntesis da sua ausência. Pouco e pouco, como quem junta as pedras do 'puzzle' da própria existência, a realidade define-se. E o final acorda nele o arrependimento da vida que não viveu, num desespero patético de recuperar o tempo para sempre perdido".1

Tanto a crítica portuguesa quanto a brasileira elogiam, em Rodolfo Mayer, a máscara expressiva, a interpretação cuidada, a força dramática e a intensa comunicação com o público. Sua representação dá ao espectador a impressão de um real desnudamento psicológico, com verdade e, para espanto da platéia, com lágrimas autênticas e visíveis.

Apresentada, entre 1950 e 1970, 30 mil vezes em dezenas de encenações de 45 países, o sucesso da peça mostra, segundo o crítico Sábato Magaldi, "que o mau gosto e a subliteratura não são privilégio brasileiro, argentino ou mexicano, mas se repartem um pouco por todos os continentes".2 Em artigo para o Jornal da Tarde, por ocasião da remontagem realizada em São Paulo em 1970, Magaldi descreve a peça:

"Acontece que, perdida a fortuna no jogo e nos presentes, Gumercindo pediu à Eurídice que empenhasse ou emprestasse uma das jóias que lhe havia dado, para sair da difícil situação, e ela replicou: "Não me separarei destas jóias nunca! São as únicas recordações de um amor que já findou". Aí Gumercindo deu-lhe dois tiros e voltou da Argentina, dizendo: "Para salvar os filhos é preciso acabar com todas as Eurídices do mundo".

"(...) como Gumercindo e o público precisam ser informados do que se passou, Pedro Bloch deixa na casa abandonada uma gaveta providencial, que contém toda a história da família. (...) A ordem dos papéis é perfeita: primeiro um boletim com as notas do filho Ricardinho, depois receita de estreptomicina, a seguir conta do sanatório e por último telegramas de pêsames. Gumercindo se desvaira. Há também uma carta do Dr. Frederico, apaixonado pela mulher, atestando a fidelidade dela durante todos esses anos: "Só eu sei da pureza que você possui, do que você tem sofrido, da sua dedicação, do seu grande amor por Gumercindo". E Gumercindo, que subtraiu as jóias das mãos da Eurídice assassinada, pode dizer, no final, para a esposa ausente: "Eu quero cobrir as suas mãos de jóias. Eu quero as suas mãos, Dulce. Dulce! Eu voltei, Dulce! Eu voltei!"

"Provavelmente o sucesso da peça está em que Pedro Bloch atingiu a quintessência do lugar-comum e do melodrama. E encontrou atores, como Rodolfo Mayer, que levam às últimas conseqüências o estilo do monólogo, impressionando a platéia pela sinceridade e pela técnica interpretativa, aliás bastante envelhecida".3

Notas 
1. F.F. 'As Mãos de Eurídice'. A Notícia, Lisboa, s.d.
2. MAGALDI, Sábato. 'As Mãos de Eurídice'. Jornal da Tarde, São Paulo, 1970.
3. MAGALDI, Sábato. Op. Cit.

Fonte:

Olivaldo Junior (O Nascer do Girassol)


Quando Ele fez o mundo, também fez o girassol. Girassol, no começo de tudo, era a flor como a conhecemos hoje. Mas nunca se voltava para cima. Ele tinha medo! O Sol (assim mesmo, em letra maiúscula) era o que dava medo no pobre e cabisbaixo girassol, que nunca (nunca!) olhava para o céu.

Até que um dia, como se isso fosse muito importante, pousou um pássaro no arbusto ao lado de onde estava o primeiro girassol que foi criado. A beleza daquele pássaro atiçou a curiosidade da flor, que, encabulada, contemplava apenas de banda o que aquela ave tinha de belo. Era o pássaro dela.

Passou um vento, e, com ele, um bando de outras aves, iguais àquela que havia pousado tão perto daquela flor. A esperança de amizade estava prestes a partir. O girassol, num gesto tênue, pouco a pouco se virou para ver aonde iria seu amigo passarinho. Foi quando viu o Sol. Grande, quente, imponente e gritante Sol! Não se lembrou do pássaro. Encantou-se pela luz solar, sem poder deixar de olhá-la, nem um minuto a menos sequer. Nascia, enfim, o girassol.

Fonte:
O Autor

Jornais e Revistas do Brasil (Correio da Bahia)


Período disponível: 1872 a 1877 
Local: Salvador, BA 

As últimas décadas do século XIX no Brasil foram um período de intenso debate político em torno de questões ligadas ao abolicionismo, republicanismo, centralismo monárquico e federalismo. Esses debates ocorriam, sobretudo, na imprensa, e a proliferação de jornais, muitos dos quais de existência efêmera exemplifica um pouco esse quadro. A imprensa baiana não fugia à regra, de modo que as cisões partidárias em torno dessas questões também se refletiam nos seus principais jornais.

 Representante do pensamento conservador dissidente na província, O Correio da Bahia foi fundado em 1871, tendo como redatores Inocêncio Marques de Araújo Góes Júnior e Eunapio Deiró. De 1872 a 1876, a direção coube a Aristides A. Milton e Artur Rios, além do mesmo Innocêncio. A partir de 1876 a direção ficou a cargo de Manoel Luiz de Azevedo. De publicação diária, o jornal pertencia à Associação Tipográfica da Bahia, que havia sido fundada em 20 de outubro de 1870. Seu administrador até 1873 era Guilermino Alvares da Costa Dorea, sucedido por Augusto de Oliveira Mendes até o último número.

 Em suas páginas publicavam-se informes oficiais sobre os atos dos ministérios do Império brasileiro e da Presidência da província. A parte comercial informava as cotações oficiais de moedas estrangeiras e os rendimentos alfandegários. Havia também anúncios de serviços e produtos variados, desde meias para senhoras até brinquedos para meninos, ou serviços de dentista, advogados e até modistas e costureiras. Outra seção informava os horários dos trens da Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco e da Companhia Bahiana de Navegação a Vapor.

 Publicado em edições de quatro páginas, a assinatura anual custava 12$000, a mensal 1$000 e a avulsa 80 rs. A Biblioteca Nacional possui 529 edições digitalizadas e disponíveis neste site.

Fonte:
http://hemerotecadigital.bn.br/artigos/correio-da-bahia

Soares Passos (O Outono)


Eis já do lívido outono
Pesa o manto nas florestas;
Cessaram as brandas festas
De natureza louçã.
Tudo aguarda o frio inverno;
Já não há cantos suaves
Do montanhês e das aves,
Saudando a luz da manhã.

Tudo é triste! os verdes montes
Vão perdendo os seus matizes,
As veigas e os dons felizes,
Tesouro dos seus casais;
Dos crestados arvoredos
A folha seca e mirrada,
Cai ao sopro da rajada,
Que anuncia os vendavais.

Tudo é triste! e o seio triste
Comprime-se a este aspecto;
Não sei que pesar secreto
Nos enluta o coração.
É que nos lembra o passado
Cheio de viço e frescura,
E o presente sem verdura
Como a folhagem do chão.

Lembra-nos cada esperança
Pelo tempo emurchecida,
Mil áureos sonhos da vida
Desfeitos, murchos também;
Lembram-nos crenças fagueiras
Da inocência doutra idade,
Mortas à luz da verdade,
Criadas por nossa mãe.

Lembram-nos doces tesouros
Que tivemos, e não temos;
Os amigos que perdemos,
A alegria que passou;
Lembram-nos dias da infância,
Lembram-nos ternos amores,
Lembram-nos todas as flores
Que o tempo à vida arrancou.

E depois assoma o inverno.
Que lembra o gelo da morte,
Das amarguras da sorte
Última gota fatal...
É por isso que estes dias
Da natureza cadente,
Brilham n'alma tristemente
Como um círio funeral.

Mas ânimo! após a quadra
De nuvens e de tristeza,
Despe o luto a natureza,
Revive cheia de luz:
Após o inverno sombrio
Vem a flórea primavera,
Que novos encantos gera,
Nova alegria produz.

Os arvoredos despidos
Se revestem de folhagem;
Ao sopro da branda aragem
Rebenta no campo a flor:
Tudo ao vê-la se engrinalda,
Tudo se cobre de relva,
E as avezinhas na selva
Lhe cantam hinos d'amor.

Ânimo pois! como à terra,
Também à nua existência
Vem, após a decadência,
Às vezes tempo feliz;
E a vida gelada, estéril,
Que o sopro da morte abala,
Desperta cheia de gala,
Cheia de novo matiz.

Ânimo pois! e se acaso
Nosso destino inclemente,
Em vez de jardim florente,
Nos aponta o mausoléu;
Se a primavera do mundo
Já morreu, já não se alcança,
Tenhamos inda esperança
Na primavera do Céu!

Fontes:
Poesias de Soares de Passos. 1858 (1ª ed. em 1856). http://groups.google.com/group/digitalsource
Imagem = www.ctcportugal.com

José de Alencar (Ao Correr da Pena) Rio, 25 de março: A Constituição e o Remorso


Hoje é o dia do aniversário da nossa constituição, e ontem o Teatro Lírico representou um baile intitulado o Remorso. Se foi uma simples coincidência, ou um epigrama, não sei; o tempo não está para graças, e por isso não se pode com facilidade aventurar conjeturas.

Já houve um tempo em que, de fato, o dia de hoje devia ter sido o dia do remorso para o governo, para as autoridades, para o menor empregado de polícia; todos haviam perjurado, todos, por sede de mando ou por um espírito exagerado de reforma e progresso, haviam desrespeitado a constituição.

Felizmente passou esta quadra de tristes conseqüências para o país, e chegamos a uma época de adormecimento das paixões políticas, de inércia dos partidos, de calma nos espíritos, que, bem dirigida, pode ser aproveitada em grandes melhoramentos de que o país necessita, em excelentes reformas da legislação e de muitos outros ramos de administração.

Mal dirigida, porém, a situação atual há de caminhar rapidamente para uma crise tanto mais forte, tanto mais violenta, quanto foi profundo o letargo dos espíritos e a prostração proveniente da exacerbação das paixões.

Há uma febre surda que começa por abater as forças dos homens e acaba pelo delírio. Talvez que os observadores, os homens experientes e amestrados nessas oscilações políticas e sociais já tenham pressentido os primeiros pródromos, os sintomas característicos de uma próxima crise.

Entretanto parece-me que se enganam. Ainda é tempo de arrepiar caminho; e a situação atual, que começou tão rica de esperança, tão cheia de futuro, ainda tem muitos elementos que não foram sacrificados, e que, bem desenvolvidos, podem servir de programa às circunstância atuais.

Reabilite-se esta bela idéia da conciliação dos espíritos, evite-se que seja substituída por uma conciliação de interesses individuais; aceitem-se todas as adesões, mas não se suplique nem uma; chamem-se todas as inteligências a concorrer para o bem do país, mas não se exija uma transigência imoral que não pode ser duradoura; respeitem-se todas as opiniões e deixe-se a oposição inteiramente livre, porque se for leal, auxiliará o governo, se for licenciosa, se desacreditará por si mesma.

Por hoje tenho feito os meus cumprimentos à constituição, dando-lhe os bons anos, e desejando-lhe muitos séculos de vida para gosto dos seus amigos e de toda a sua família; posso, portanto, dar uma vista de olhos pelo que me vai por casa.

Data veniam ! Permiti, mestre, que ainda uma vez profane o sagrado santuário da justiça, cuja guarda vos foi confiada. Estou convertido às custas; mas, como neófito ignorante, tenho algumas dúvidas a respeito.

Que fizeram as pobres irmandades e corporações de mão=morta para pagar ao juiz de capelas e resíduos um juro de 6% de um capital que não receberam? E isto sem terem demandas nem pleitos, e somente porque o Estado julgou conveniente inspecionar as suas contas.

Ai! perdão! não me lembrava que tinha sido erro de imprensa. Santa invenção de Gutemberg! Não há nada que te pague! Com que facilidade fazes do branco preto! A pena diz o que quer: a imprensa é quem paga as custas.

Depois da descoberta do erro de imprensa feita pelo P. do Jornal do Comércio, dezenove dias depois da publicação do regimento, está me parecendo melhor é abandonar a questão das custas, porque do contrário a nossa imprensa fica desacreditada para o estrangeiro

O meio por cento do porteiro? Erro de imprensa. Os seis por cento do juiz de capelas? Erro de imprensa. Os dez contos que há de lucrar o porteiro de órfãos? Erro de imprensa. A ridicularia de estabelecerem custas de 200 rs. Até para Presidente da Relação, em vez de uma gratificação anual? Erro de imprensa.

Já estou com medo que não descubram que o título do regimento e a referenda do ministro são erros de imprensa.

Que papel ficamos nós fazendo, Sr. Conselheiro Ferraz, tendo gasto o nosso tempo a atacar apenas uns tipos trocados, e umas letras sem sentido, sem idéias!

Mas, que coisa célebre! Parece que os três jornais da corte se apostaram para errar justamente no meio por cento! E o erro foi tão imperceptível (era de cerca de dez contos anuais) que só depois de um escrupuloso exame de dezenove dias é que se deu com ele!

O próprio Sr. P., no seu artigo de quinta-feira, defendeu o erro de imprensa, iludido como nós; e só ontem é que fez a importante descoberta. Maldita imprensa! Eis a razão por que se prefere uma compilação do direito civil manuscrito, tendo-se uma em letra redonda, cujo único defeito é estar pronta.

A propósito, tomo a liberdade de pedir ao Sr. P. que assista ao curso de leitura repentina do Sr. Castilho.

Como deve saber, o curso foi aberto quinta-feira por um discurso de uma extrema simplicidade, e que talvez por esta mesma razão satisfez o auditório. Estavam presentes o Sr. Ministro do Império, o Sr. Marquês de Monte Alegre, Visconde de Itaboraí e Sapucaí, o Conselho de Instrução Pública, e muitas pessoas de distinção. 

O Sr. Ministro dos Estrangeiros chegou tarde, porque foi de gôndola, segundo observaram os mirones.

Se o método do Sr. Castilho produzir vantagens reais, como esperamos, não acontecerá ao Sr. P. a mesma coisa que na quinta-feira, em que com as pressas de responder, mostrou não ter lido o meu artigo de domingo.

Onde viu o correspondente que me queixei? Onde foi que lhe pedi tempo para expor as minhas opiniões? Quando viu que me calei e fugi da questão?

A isto só uma resposta. Se o Sr. P. tem o costume de estudar, de trabalhar e escrever para a imprensa, quando um motivo grave de aflição exige todos os seus cuidados e preocupa inteiramente o seu espírito, eu o respeito como um homem forte, que não dá peso às misérias da vida  humana. Entretanto considero-me muito feliz por fazer-lhe o contraste.

Quem se queixa é o correspondente, que, depois de ter comungado com as defesas impróprias de certos campeões do regimento de custas, estranha que o motejo tenha substituído a argumentação, e pede não trilhemos a senda dos declamadores políticos.

Como nos responderam? Não quero reviver uma coisa de que felizmente parece-nos que os defensores do regimento estão arrependidos; e, já que o Sr. P. quer voltar à argumentação, pedimos-lhe que discuta, mas que não veja nas censuras feitas ao regimento uma contradição com o tempo que levou a elaborar-se. Isto pode ser uma circunstância agravante contra o regimento, e nunca uma contradição.

Com o artigo do correspondente, publicado no Jornal de ontem, lemos igualmente a notícia de ter professado um frade no Convento do Carmo desta corte.

Não sabemos quem autorizou semelhante ato, sobre o qual o nosso governo desde muito tempo guarda uma prudente reserva. Pretende-se acaso reabilitar as ordens monásticas, o claustro, e faze-lo concorrer para o bem público auxiliando a instrução pública, os estabelecimentos de caridade, a catequese, ou mesmo a vigilância das prisões, como se usa em Leão?

É tarde; os últimos restos de algumas ordens religiosas que tivemos não têm regra nem disciplina, nem instrução que outrora adquiriam; e apenas vegetam entre quatro paredes, esperando o dia de sua completa extinção, que não há de estar muito remoto.

A regeneração do claustro no nosso país é uma obra impossível; alguns homens ilustres que hoje existem, como Monte Alverne, o bispo de Crisópolis e outros, são representantes ainda daqueles tempos de prestígio e de ilustração, em que a solidão do claustro era iluminada pelo fogo do céu.

Presentemente, se um ou outro moço se distingue, o que é raro, nada à clausura, e sim à sua inteligência, ao seu estudo, aos seus esforços pessoais; o frade antigo ainda pode existir, como uma velha ruína: mas a ordem, o espírito de união, o vínculo sagrado, desapareceu, e com ele, a existência dos conventos.

Se a regeneração, pois, não é possível, que explicação tem esse ato de profissão? Não descubro nenhuma; não me ocorre um motivo que possa atualmente justificar a inabilitação de um homem para os cargos públicos; a condenação de uma atividade e de um elemento de trabalho a que o país tem direito.

Para mim o frade é um tipo história, que passou como o antigo sacerdote, como os filósofos, os escolásticos, os eremitas, os cavaleiros, os maçons, e que, tendo feito o seu tempo, pertencem às lendas e às crônicas.

Não sabem quanto me pesa ter de falar contra os frades justamente na quaresma; mas não há outro remédio; e, como eu não falo contra os homens, e sim contra o burel ou a estamenha  os cobre, a consciência não me acusa de pecado.

Outra coisa seria, se me desse na cabeça subir o morro de Santa Teresa, ou mesmo ir até o recolhimento da Ajuda, onde talvez me revelassem bem lindos mistérios!

Se o Sr. Ministro da Justiça quer fazer uma obra meritória, é dar a estes estabelecimentos um fim caritativo e de beneficência pública. O que lucra o país com ter uma casa para algumas doceiras presentearem as pessoas de amizade?

Ao contrário, se estes estabelecimentos pudessem criar mulheres como as Irmãs de Caridade, é fácil prever as vantagens que deles nos resultariam.

Demos um salto; e suponhamos que é chegado o domingo de Ramos, tempo em que já se pode tratar de coisas profanas. O Cassino não nos pretende dar bailes este ano?

Num tempo de tantas graças, acho que esta é demais; porém, se tal é a sua tenção, avise-nos, porque, com a febre de companhias que há, num momento se organizará uma empresa para bailes.

Vai criar-se uma de seguro geral. Não há nada melhor. Muito sujeitinho pretende segurar-se contra o casamento: os maridos vão segurar a vida da mulher na esperança de perder. De um finório sei eu que, acendendo uma vela a Deus e outra a Satanás, se propõe a segurar a oposição e o ministério; a dúvida é quanto à primeira, se aparecerá seriamente; e quanto ao segundo, se a companhia o aceitar.

Eu, se fosse a companhia, aceitava com algumas cláusulas e reservas, como, por exemplo, repelindo todos os erros... mesmo os de imprensa.

Não sabeis qual o verdadeiro erro de imprensa? Foi o de censurar o tal regimento de custas; foi o de discutir uma obra tão augusta; foi o de se ter animado a defender-se de insultos pagos policialmente.

Basta! nem mais uma palavra. Só agora é que me recordo que o ministério tem estado de dor de cabeça. O Sr. Marquês de Paraná, desde segunda-feira, sofre de uma moléstia de fígado, da qual costuma ser atacado. Felizmente tivemos a satisfação de saber que S. Exª acha-se sensivelmente melhorado.

No meio de todos os contratempos que tendem a embaraçar a marcha regular da justiça no nosso país, apraz-me ver como os magistrados novos vão dando alguns exemplos de integridade e firmeza.

Não há muito tempo o Dr. José Caetano pronunciou um homem que se  dizia ter fortes proteções. Agora o Sr. Dr. Izidro condena uma pessoa que ocupa uma posição distinta na sociedade pelos seus grandes haveres e pela sua influência.

Não entramos no mérito da sentença, nem podemos apreciar os seus fundamentos; mas o que não se pode negar é que o juiz que lavrou uma condenação desta ordem, deu uma prova incontestável de inteireza e de retidão. Quando mesmo a sentença não fosse justa, estamos certos que a intenção que a ditou foi da mais vigorosa eqüidade.

Agora, meu amável leitor, até 1º de abril.

Entendeis?

Fonte:
José de Alencar. Ao Correr da Pena. SP: Martins Fontes, 2004.

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 744)




Uma Trova de Ademar  

Por agir sem ter cautela 
um grande mico eu paguei: 
beijei uma magricela; 
não era a sogra... Era um gay!... 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Ficou danada a galinha, 
sem prazer que lhe apareça, 
só porque sua franguinha 
tem um “galo” na cabeça... 
–Severino Silveira de Sousa/RS– 

Uma Trova Potiguar  

Se alguma mulher consagra, 
um cinquentão, - já sem trema - 
desconfio que o Viagra 
faz parte do seu esquema. 
–Francisco Macedo/RN– 

Uma Trova Premiada  

1985   -   Porto Alegre/RS 
Tema   -   CHOQUE   -   6º Lugar 

Foi um choque e muita mágoa
para quem acreditou:
a tua barriga d'água
com nove meses chorou... 
–Edmar Japiassu Maia/RJ– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Parece até brincadeira 
este trocinho irrisório: 
em teu biquíni, a fronteira 
é menos que o território... 
–Durval Mendonça/RJ– 

U m a P o e s i a  

Mesmo quando uma moça é muito feia 
e não encontra ninguém com quem namore, 
por mais que suplique, rogue, implore 
não amarra ninguém na sua teia, 
insinua-se aos presos da cadeia 
e nem eles a querem namorar, 
e não tendo ninguém com quem casar 
ela casa com cristo no convento; 
todo mundo acha ruim o casamento 
mas ninguém quer morrer sem se casar. 
Palmeiras Guimarães/PE– 

XXII Prêmio Moutonnée de Poesia (Resultado Final)


Categoria Adulto:

1º - “Súplica” – Linda Catarina Gualda – Itapetininga/SP.

2º - “Tropeços Matemáticos” – Wladimir Tadeu Zotti – Salto/SP.

3º - “Fadário” – Caio Cardoso Tardelli – Sumaré/SP.

4º - “Vela e Poesia” – Renato Vieira Ostrowski – Campo Magro/PR.

5º- “Origami” – Emmanuel Santiago – Jacareí/SP.

Menção Honrosa 

– Marcelo Fonseca Ribeiro de Oliveira – Belo Horizonte/MG.

– Renan Pereira Martins – Salto/SP.

– Cristóvão Alfredo Correia – Cabreúva/SP.

– Gabriela Aparecida de Oliveira – Cerquilho/SP.

– Márcia Etelli Coelho – São Paulo/SP.

– Juarez Figueiredo Santana – São Paulo/SP.

– Rosa Maria Ferraz Sangiorgi – Itatiba/SP.

– Anselmo de Assis Ribeiro – Colatina/ES.

– Lúcia Godoy Lemes Peres – Pirassununga/SP.

– Perpétua Amorim – Franca/SP.

Categoria Jovem:

1º - “Licença Poética” - João Paulo Saconi Michael – Itu/SP.

2º - “Minha Singela Apoteose” – David da Silva – Indaiatuba/SP.

3º - “Quero Fazer” – Alessandra Gonçalves da Silva – São Paulo/SP.

4º - Alan Daynel Soares – Candido Mota/SP.

5º - Raul Almeida dos Santos – Salto/SP.

Menção Honrosa 

– Ana Luisa Crema da Silva – Salto/SP.

– Luiz Felipe de Assis Teixeira – São Paulo/SP.

– Antonio Marcos da Silva Júnior – Salto/SP.

– Gláucia Santana Soares Lopes – Paraibuna/SP.

– Diovanna dos Santos de Carvalho – Salto/SP.

Fonte:
Http://concursos-literarios.blogspot.com 

6º Festival de Sonetos “Chave de Ouro” (Resultado Final)


PROMOVIDO PELA ACADEMIA JACAREHYENSE DE LETRAS

RESULTADO

TROFÉU "CHAVE DE OURO"
Soneto - ASAS DE METAL - André Telucazu Kondo 
Cidade- Caraguatatuba - São Paulo
Prêmio - R$ 800,00 e o troféu

TROFÉU "CHAVE DE PRATA"
Soneto - PAPEL DE CONFEITO - Reginaldo Costa de Albuquerque
Cidade - Campo Grande - Mato Grosso do Sul
Prêmio - R$ 500,00 e o troféu

TROFÉU "CHAVE DE BRONZE"
Soneto - MELODIA - Ana Cristina Mendes Gomes
Cidade - São Pedro da Aldeia - Rio de Janeiro
Prêmio - R$ 300,00 e o troféu

MEDALHAS

1- UM JARDIM DE SAUDADE – Ana Cristina Mendes Gomes - RJ

2- SONETO DE RECONHECIMENTO – Clayton do Rego Costa - RN

3-CADEIRA DE BALANÇO –   Reginaldo Costa de Albuquerque -MS

4-CARPINTARIA POÉTICA – João Udine Vasconcelos - Ceará
   
5-SONETO DE SOLIDÃO – Luiz Carlos Junqueira Maciel –   Belo Horizonte/MG                

6- ONDAS – Rosa Ramos Regis da Silva – Rio Grande do Norte

7- AMOR DE QUATRO OPERAÇÕES – Edmar Japiassú Maia - RJ

8 – O ESPAÇO DA VIDA – Edmar Japiassú Maia - RJ

9 - CAVALO CEGO – Manuel Pereira da Costa (Manuel Córrego) - 

10 - SEMPRE TEMPO – Sergio Bernardo – Nova Friburgo/RJ

Fonte:
Http://concursos-literarios.blogspot.com 

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

J. Fausto Toloy (“O Livro que Ninguém Lia”... aventuras do livro rejeitado!)


O autor é médico, da Campina da Lagoa/PR.
Este conto participou do FLIP e será adaptado para o teatro.

Era um livro um pouco estranho: capa azul e borda amarela com  letras garrafais em vermelho: “O CAMUNDONGO DE SARONGO”, um título no mínimo esquisito que rimava. Seria prosa ou poesia? Passou despercebido como tantos naquela livraria. Ignorei-o simplesmente. Mas para minha surpresa ouço uma voz:

— Moço, moço… Você mesmo com carinha imberbe, estudante talvez, um mancebo! – Caramba! De onde vinha aquele som? Espanto, olhares de pavor ao derredor – Droga, não tem ninguém aqui!

— Não se assuste ali na frente tem homem que vira barata, mais adiante um rato atrapalhado, uma baratinha cantora, um grilo falante, e até animais que expulsam o dono da granja! Anything goes, baby! Em ficção é claro! Aqui, bem aqui no cantinho, o livrinho de borda amarela, isso, isso agora mais pra direita… sou eu! Parecia mesmo que a voz vinha do livro… Seria possível? Não fumei nada, nem uso droga ou coisa semelhante, às vezes um antidepressivo... vou falar com ele! 

— Está procurando um best-seller tipo “O livreiro de…” ou “O caçador de…” ou ainda “A ira dos …”, “Não verás…O”; que tal “O menino malu…” – Tô aqui esquecido e não sou nada disso, mas… Acho que vou colocar o dedo na borda. Iche! Mexeu, parece querer pular para as minhas mãos, será que gostou? Acaricio delicadamente o livro na ponta dos dedos sem retirá-lo da estante, espremido entre dois tomos volumosos, “Livraria Cultura – São Paulo supercap fevereiro de 2004”.

— Vamos, cara me pegue, me curta, delicie-se comigo só um pouquinho:  ah! O amor, que maravilha esse sentimento; a paixão, que perigosa ilusão! Enfim, use e abuse, mas cuidado me confunda com “Mate Leão” (tempos de criança). Hiii, cara se soubesse da minha história… quer saber? Vou contar: nasci numa graficazinha de fundo de quintal no Engenho Vila Verde, que nome bonito, ecológico… quem me escreveu? Criou os originais? Ah! Quer saber então? Está interessado, vejo nos seus olhos. Fruto de um escritor-mirim, nem posso dizer que foi um parto, o primeiro filho; essas coisas tolas que todo escriba diz, principalmente os medíocres, que nada ou muito pouco têm a dizer… O nome do meu autor é Ângelo Maiakóvski; tá pensando que é em verdade do grande poeta russo, não é Vladimir; o autorzinho é um nerd de computador desde os quatro aninhos, agora com doze. Então fui parar na Rua Humaitá, 444, onde um ilustrador de cartazes de cinema antigo fez o resto e, ainda sob protesto.— Faz anos que num trabalho nisso, como é pro dotor Aristarco vô fazê o melhó que posso. Rato num gosto de rato num é rato – Tequinho, é camundongo! – é tudo a mesma coisa – Meus Deus! E o meu revisor, uma piada; reprovado em português duas vezes e ainda conseguiu formar-se professor de matemática!!! “porque não trouxe a roupa de Maricota pra mim fazer (em vez de para eu fazer) “Se for ao clube e ver a Cidinha…” (em vez de vir) “Porque não pergunta ao Antonio?” (por que na pergunta) páginas 3, 17 e 27 respectivamente. Mas, entre mortos e feridos salvaram-se todos! Mas, pode me tocar, abrir: aventura, emoção, surpresas, risos, enfim, ingredientes de uma boa estória. Livro:  “Vamo lá, cara, ô meu (assim é melhor) me folheie, cheire, ainda tô novo só um pouco cheio de pó, traça num tenho. A cor azul-amarelo da capa ainda não desbotou apesar do sol que tomo na fuça toda manhã quando a Zica num fecha a cortina – deixa esse livreco, filho, vamos  levar um livro do Ziraldo; – pronto, não desencalhei de novo. ninguém prestigia mesmo autor desconhecido. – “Intelectual, ô você mesmo com óculos John Lennon, olhos negros… pode folhear à vontade; acho que vai levar pra se lembrar dos tempos idos da infância quando nem o Monteiro Lobato despertava curiosidade; não, não, larga, larga: nesta mochila molambenta não quero entrar não! Pode ter até… não, acho que não. Quem sabe levar pro filho bastardo? Topo qualquer parada pra sair dessa pasmaceira: livro na estante (de livraria, ainda, é livro morto) seria bom ganhar vida aos olhos de algum leitor, ensinar pelo encanto das palavras, despertar a alma da paixão, emoção, quem sabe descobrir palavras novas, ou apenas uma ideia, modo de ver o mundo ou uma mensagem! Agora na mochila junto com canivete suíço, cigarro (menos aquilo), uma troca de roupa, caneta, chaveiro. Vamos nessa. Tira-me no ônibus e começa a leitura:

— Mas, que droga, aquela vendedorazinha pivete acha que me engana, falou que tinha uma inspiração kafkiana – é livro infantil! Arremessado pela janela (defenestrado eu?) ufa: Vou pro meio da rua todo desfolhado, aberto no meio da avenida, logo sou atropelado por outro carro e escarafunchado perto do bueiro, nããããão! Uma mão salvadora me agarra antes do desastre: um colegial. – Oba, um livro, achei um livro, oba! Livro: que molequinho mais sem CPF, gostou do presente, e é isso que importa: cavalo dado não se olha os dentes”. Todo mundo quer ser apreciado e  amado, não é mesmo? Talvez seja esse o segredo? Incontinenti o menino inicia a leitura e vou deliciando-me com o desenrolar de tudo, da minha história, claro! O que mais poderia ser, sou só um livro que não queria ficar na estante tomando sol, pó, um dia quem sabe ser roído pelas traças. Que aventura viver, viver livre, enfim… UOFFF! Ledo engano, não é que o pivete não gostou da história e resolveu dar-me de presente ao pai presidiário. Hiche: Comida de preso, Mauser, tudo embrulhado vou para penitenciária”. Na estrada o guarda nem olha a encomenda. “Passa, passa, logo é pro Mekinho boca mole, vai, vai logo moleque”.[a]

— Que droga é essa, Palito, um livro?!

— É, pai, achei na rua, pode ser legal e fazer companhia nessa solidão. Joga-me num canto fétido onde, é claro, fico. Um evangélico começa a ler algumas páginas:— Tudo colonização do Tio Sam, imperialismo, volto pra minha Bíblia, o senhor é meu pastor e nada me faltará. Livro: “Virgem Maria, não precisava humilhar: comparar com o livro sagrado: ou tá alienado demais, ou tá brincando!” – Ah! Já sei vou presentear meu sobrinho internado na FEBEM, ele vai gostar. Dali o menino muda de ideia no caminho e leva para o Hospital Lua Nova, onde está internado o Meldes, vítima de esquizofrenia. Na chegada vive uma briga estranha, porquanto o Meldes disputa o livro com o Tito:

— O livro é meu, Mel, ele trouxe pra mim; a dra. falou que vou ganhar presente!

— Não, Tito, é outro presente, e é de Natal. – Na refrega sou partido em dois e uma metade vai pra cada um dos doidinhos.

— Pater dominus, pace! – entra o missionário e une as duas partes ficando eu livro outra vez – o que Deus uniu o homem não separa – ainda bem!

— O rato roeu a roupa do rei de Roma! – cruz credo, demônio, rato nããão! “De onde estava sou (defenestrado II) e caio no jardim”. Socorram-me subi no ônibus em Marrocos” Jesus é palíndromo! Lido ao contrário é igual— Acho melhor mesmo levar o livro pro seu destino. Colocado num envelope e postado vou pra instituição supracitada.

— Tio Onofre, que legal lembrar-se da gente esquecido aqui nessa antessala do inferno. Noutro dia mesmo me deram tanta pancada que quase acabei no hospital. Puxa um livro, que bacana: chega de TV, futebol (bola murcha), uma pedrinha pra variar… Depois de algum tempo: uau! Que rato esperto, vou fazer assim e logo saio daqui, mas… pensando bem por quê buraco? Um camundongo é pelo menos cem vezes menor que eu, mas, enfim não custa sonhar; ora, mas que bobagem sair… pra onde? Tenho comida, roupa, futebol, TV, sol… pensando bem não vou não! Viu livrinho bobo vou continuar capacho do idiota do “Roberto Carlos” que imagina cantar como o rei… tá vendo? Não serviu pra nada!!! – dar para o bestalhão então não… não sabe dar  valor no que leu… perdedor!  – Dar para o índio Emanuel, tio do Peralta… ele vai amar o presente, além do mais tá aprendendo português… ler também é uma aula da língua, não é?  Pronto seu destino tá traçado: índio pataxó! – Guarde com carinho, cacique, uma lição de português, presente do meu tio Melquisedeque, vulgo Mekinho, mas, olha é de coração, hem? – Cacique Jonas insere o livrinho no bolso da jaqueta de couro, presente do Morel por amansar o cavalo Terenzo, caminha alguns passos e saem para a avenida. O pobre cacique atravessa o farol e, diante do ponto de ônibus da Avenida República dos Inválidos, é atacado por skin-heads… defende-se como pode machucando alguns jovens com golpes de uma luta estranha, mas acaba imobilizado e incendiado pelos bárbaros jovens. Uma poetisa que mora nas vizinhanças e um malabares do farol de trânsito socorrem o silvícola civilizado. O livro cai da jaqueta e arde em chamas na calçada… dos borbotões brotam pequenos vagalumes que se afastam e iluminam a misteriosa noite de abril.

— Que lindo! Que lindo! – Raquel, a poeta, balbucia deslumbrada.

No final da história deste personagem rejeitado, de alguma forma o sacrifício do livro-herói não foi em vão.

Fonte:
Texto enviado pelo autor 

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 743)


Uma Trova de Ademar

Nos poemas que componho,
de beleza quase extrema,
eu ponho em verdade um sonho
dentro de cada poema!
–Ademar Macedo/RN–

Uma Trova Nacional


Um gesto de amor clareia
a escuridão da maldade...
quem faz o bem é candeia
que ilumina a humanidade!
–Larissa Loretti/RJ–

Uma Trova Potiguar

Meu cérebro inda martela
a despedida... o adeus...
o já vou “nos lábios dela”,
o não vá “nos lábios meus”!...
–Zé de Sousa/RN–

Uma Trova Premiada


2009 - Cantagalo/RJ
Tema - SERTÃO - 1º Lugar


No sertão pobre e carente
chuva é a mão que Deus descerra
e apaga a fogueira ardente
que queima a face da terra.
–Elen de Novaes Félix/RJ–

...E Suas Trovas Ficaram


Meu coração, a seu jeito,
cria rumos tão risonhos,
que faz, de um caminho estreito,
uma avenida de sonhos.
–João Freire Filho/RJ–

U m a P o e s i a


O amor da mulher querida
me fez virar trovador,
tornou-me o pai mais feliz
deste mundo encantador,
porque o sentido da vida
só se traduz com amor.
–José Lucas de Barros/RN–

Soneto do Dia

A ALMA DA PEDRA.
–Hegel Pontes/MG–


Longa pesquisa. E o mestre hindu descobre
que existe uma fadiga nos metais;
que o descanso renova, do ouro ao cobre,
o reino singular dos minerais.

Eu também sinto que a matéria encobre
estranhas vibrações emocionais.
É que a pedra tem alma, simples, nobre,
sonhando evoluções espirituais.

E a alma da pedra imóvel é a energia
que evolui, na ilusória letargia,
entre seres gigantes e pigmeus.

E sonha, nos milênios que a consomem,
ser um cacto que sonha ser um homem,
ser um homem que sonha ser um Deus.

12º Concurso de Poesias - CNEC Capivari (Resultado Final)


Categoria Infantil João Batista Prata 
(08 a 10 anos)

1º LUGAR :Caroline Bresciani (08 anos) = “ Chegou a primavera”

2º LUGAR: Luana Groninger Lima (09 anos) = “Algumas ações”

3º LUGAR: Denise Ortolani de Menezes (10 anos) = “ Sustentabilidade”

SELECIONADAS

Laura Bellini Alves de Souza (10 anos) = “Felicidade de uma criança” e “Para que estudar”

Danilo Ortolani Menezes (08 anos) = “Curiosidade” e “Uma flor”

Luíza Sério de Quadros (08 anos) = “Minha Família”

Luize Maria Pacheco de Carvalho (08 anos) = “Soneto para uma flor”

João Marinho de Almeida (08 anos) = “O sol”

Lívia Feres Haddad (08 anos)= “O Amor”

Gabryel Aparecido de Almeida (09 anos) = “Minhoca”

Isabela Casado Pupo (08 anos) = “Um mundo muito engraçado”

Denise Ortolani de Menezes = “Sentimentos”

Júlia Maria Souza Rossi = “A beleza do mundo está acabando”

CATEGORIA INFANTO JUVENIL Homero Dantas 
(11 a 14 anos)

1º LUGAR: Ana Carolina Silva Sampaio: “ A diferença existe?”

2º LUGAR : Caio Novaes Sandalo : “Bullying”

3º LUGAR : Marciel A. Gonçalves: “Dia das crianças”

SELECIONADAS

Vitória Veronez : “Do colorido ao branco e preto”

Beatriz Schincariol: “Sem mais encanto”

Edna Camatini: “Vida no trânsito”

Carlos Henrique Reginato Ferreira : “O dinheiro”

Marina Girardi Sanches : “ A essência”

Mary Helen Castellani: “ Adolescência”

Vitor Callegaro Veronez: “Todo fim tem um começo”

Tainá Gabriela Carvalho Dias: “Se eu fosse um herói”

Luiz Henrique Fumagalli: “História de Cordel inventada por mim”

Izabella Favarão da Silva: “Violência”

Letícia da Silva Antunes: “ Se eu fosse uma bola velha e rasgada”

Amanda Darossi: “Se eu fosse um aviãozinho de papel”

CATEGORIA JUVENIL RODRIGUES DE ABREU
 (15 a 17 anos)

1º LUGAR : Laramie Joaquina Gomes de Araújo: “ O sótão”

2º LUGAR : Yasmin de Carvalho Marrocco: “É psicológico”

3º LUGAR: Fabíola Silva: “Minha infância”

SELECIONADAS

Laramie Joaquina Gomes de Araújo: “A descoberta do amor”

Alex dos Santos: “A saudade”

Bianca Bordenali da Silva: “As eleições”

Taise Katherine Silva: “Amor”

Yasmin de Carvalho Marrocco: “Dia dos namorados”

Paulo César Martins: “Lembranças”

Cleiton Oliveira de Souza: “Meio ambiente”

Ana Paula Nicolau: “Meio ambiente”

Gustavo Cesar Carillo: “ O meio ambiente”

Marinara Souza Silva: “Uma coisa chamada amor”

Monica Montibeller: “Sonhos”

Lorena Dutra: “Vou me entregar”

CATEGORIA ADULTO AMADEU AMARAL 
(18 a 59 anos)

1º LUGAR: Reginaldo Costa de Albuquerque: “ O vestido”

2º LUGAR: Rita Do Carmo Piai Armelin: “Semeador”

3º LUGAR: Maria Luisa Cassaniga “ Vô Zé”

SELECIONADAS

José Roberto Abib: “Obscuro Caminhar”

Reginaldo Costa de Albuquerque: “Colheita”

Maria Luisa Cassaniga: “Vó Dide”

Maria Flávia Juliani Pastana: “Satisfação”

Rubens Rodrigues da Silva: “Soneto pro tempo que se repete”

Rita do Carmo Piai Armelin: “Girafa”

José Roberto Abib: “Quando isto se der”

Maria Flávia Juliani Pastana: “A família”

CATEGORIA SENIOR TARSILA AMARAL 
(acima de 60 anos)

1º LUGAR: Lídia Varela Sendin: “luz na Alma”

2º LUGAR: Maria Nerêa Baldo Calegari: “À minha terra natal”

3º LUGAR: Paulo Leite: “Poema Recordando o passado”

SELECIONADAS

Dallila Alves dos Santos: “Súplica” e “ Oi menino, esta é para você”

Wilma K. Ferraz de A. Cervi: “Solidão I” e “Solidão II”

Lídia Varela Sendin: “Corpo água”

Nelsira Michel da Silva: “A minha cachorrinha”

Paulo Leite: “Um tributo ao sertanejo Tinoco em poema”

Antonio Garcia Brabo: “A força do desejo”

Nara Pardini: “Entrega de amor”

Luzia do Carmo Cassaniga Leite: “Poema”

Olga Ricomini Pagotto: “A alma”

Maria Nerêa Baldo Calegari: “Tentar” 

Fonte:
 Http://concursos-literarios.blogspot.com 

VII Concurso "Comunidade Escolar" da APPACDM de Setúbal (Resultado Final)


1º Prémio – 
Poema Nrº 20 – “ A Poesia que há em ti é a mesma que há em mim” – 
Pseudónimo – “ Teresa Albuquerque” – 
Identificação – Ana Sofia da Conceição Alves Teixeira (Escola Secundária de Palmela)

2º Prémio – 
Poema Nrº 10 – “ És para mim poesia” – 
Pseudónimo – Bon Vivant” – 
Identificação – Flávio Henrique dos Santos Costa (APPACDM de Setúbal)

3º Prémio – 
Poema Nrº 9 – “ O que há dentro de mim” – 
Pseudónimo – “ Golfinho” – 
Identificação – Rui Alberto Santos Caleira (APPACDM de Setúbal)

MENÇÕES HONROSAS

- Poema Nº 15 – “ A poesia que há em ti” – 
Pseudónimo – “ Catarina Cordeiro” – 
Identificação – Catarina Alexandra Oliveira Cordeiro (APPACDM de Soure)

- Poema Nrº 12 – “Ser diferente…e igual” – 
Pseudónimo – Maria Mendes – 
Identificação – Adélia Maria Mendes (APPACDM de Soure)

- Poema Nrº 14 – “Tão diferente…mas tão igual a mim” – 
Pseudónimo – Tó Bento – 
Identificação – António José Bento de Carvalho (APPACDM de Soure)

- Poema Nrº 8 – “ O meu amor por ti” – 
Pseudónimo – MCC (Magnífico, Corajoso, Carinhoso) – 
Identificação – Tiago Luís Roque Severino (CSE – Centro Sócio Educativo da APPACDM de Setúbal)

- Poema Nrº 26 – “É apenas paixão” – 
Pseudónimo – “J.S” – 
Identificação – José Eduardo Nascimento Semedo (CECD Mira Sintra)

Fonte:
Http://concursos-literarios.blogspot.com 

XVII Concurso de poesia da APPACDM de Setúbal


1º Prémio – 
Poema Nrº 21 – “Estilhaços” – 
Pseudónimo – “ Alda Fragoso” – 
Identificação – Regina dos Anjos Sousa Gouveia (Porto)

2º Prémio – 
Poema Nrº 11 –“ Canção de Mimar” – 
Pseudónimo – “ Estrela Universal” – 
Identificação – Ana Coelho (Carregado)

Menções Honrosas:

- Poema Nrº 33 – “ Síndrome” – 
Pseudónimo – “ João Mafra” – 
Identificação – João Vítor Silva (Mafra)

- Poema Nrº 27 – “Dança Encantada” – 
Pseudónimo – “Mel” – 
Identificação – Vânia Isabel Veríssimo” (Setúbal)

- Poema Nrº 62 – “Moldura” – 
Pseudónimo – “Maria da Fé” – 
Identificação – Manuela Ferreira (Ponte de Lima)

- Poema Nrº 6 – “ Encolho-me nos teus braços esculpidos no vento” – 
Pseudónimo – “ David Ferreira” – 
Identificação – Maria da Conceição Bernardino (Porto)

- Poema Nrº 69 – “As minhas mãos” – 
Pseudónimo “ Flor-de-luz” – 
Identificação – “ Teresa de Jesus Ferreira Teixeira” (Vila Nova de Gaia)

Fonte:
Http://concursos-literarios.blogspot.com 

Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís (Portugal) (Resultado Final)


O romance A Vida Inútil de José Homem, de Marlene Correia Ferraz, é o vencedor do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, no valor de 25.000 euros, anunciou a Estoril Sol que o instituiu há cinco anos. 

O júri escolheu, por maioria, o romance de Marlene Correia Ferraz, psicóloga de 32 anos, considerando a "apreciável desenvoltura narrativa e uma relação criativa com a língua portuguesa", segundo a ata do júri a que a Lusa teve acesso. 

O romance "evidencia situações dramáticas da memória histórica portuguesa africana, num enquadramento interessante e, em certa medida, original", afirmou o júri no mesmo texto. 

O júri foi presidido pelo escritor Vasco Graça Moura e integrou Guilherme d`Oliveira Martins, em representação do Centro Nacional de Cultura, José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Maria Carlos Loureiro, pela Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários e, ainda, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, como convidados, e Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, pela Estoril Sol. 

O Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís foi instituído em 2008 por ocasião dos 50 anos da Estoril Sol que estabeleceu um protocolo com a editora Gradiva, que publica a obra vencedora. 

Fonte: 
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=601206
Http://concursos-literarios.blogspot.com 

Prêmio Uberaba de Literatura 2012 (Resultado Final)


*** CONTOS ***

1º LUGAR
TUDO O QUE HÁ NO OLHAR
JÂNSEN ALMEIDA DINIZ

2º LUGAR
SUICIDAS S.A
TIAGO OLIVEIRA DUMARD

3º LUGAR
ETERNAMENTE EM BOTAFOGO
FÁTIMA SOARES RODRIGUES

4º LUGAR
NATIMORTO
FABIANA RODRIGUES DA CUNHA FELICÍSSIMO

5º LUGAR
TODA A GLÓRIA DE UMA VIDA SEM FIM
BRUNO GARCIA TOMÁZ

6º LUGAR
SONHOS DE UM PASSADO
POLIANA VELOSO DA CRUZ

*** POESIAS ***

1º LUGAR
NA MINHA PELE
MAGDA LUCIA VILAS-BOAS

2º LUGAR
DITOS
RODRIGO FRANCISCO DE OLIVEIRA

3º LUGAR
CONVERSA DE POETA
VICENTE DE PAULO HIGINO

4º LUGAR
PESCADOR
ANDRÉ ESTEVES MARTINS PINTO

5º LUGAR
NATURAIS
WLADIMIR MOREIRA SANTOS

6º LUGAR
DESCANTO
FLAVIO AUGUSTO LANZARINI DE CARVALHO

7º LUGAR
TEMPO! ENSINA-ME A VIVER!
TERESA CRISTINA DE OLIVEIRA ROSA

8º LUGAR
CANÇÃO EM DEGRADE
PERPÉTUA AMORIM

9º LUGAR
CALARIA
THAÍS SILVA DE ASSIS

10º LUGAR
TAMBORES
CARLOS ROBERTO DA ROSA RANGEL

11º LUGAR
NÃO-EU
MARCOS ANTONIO SANTOS SOUZA

12º LUGAR
O TRISTE E CURTO CONTO QUE TE CONTO
DAVID MAGNO DE CARVALHO MENDES

13º LUGAR
ACREDITE QUE SOU TUDO, POR ISSO PEÇO SEU AMOR
SÍLVIA MARTINS PARREIRA

14º LUGAR
LUZ, ENTRE E SIRVA-SE, MAS SEJA PARCIMONIOSA E PRESERVE OS SEGREDOS DA ESCURIDÃO!
MORVAN ULHOA DE FARIA

15º LUGAR
MARIAS DO AMOR
IVANE LAURETE PEROTTI

Fonte:
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