domingo, 26 de julho de 2015

Trova 270 - Dorothy Jansson Moretti (Sorocaba/SP)


Folclore Indígena Brasileiro : Tribo Umutina (Como Surgiram as Doenças)



Os índios Umutinas explicam o surgimento das doenças como uma solução para evitar a superpopulação das aldeias. Naqueles dias antigos, os velhos não morriam de coisa alguma, nem ficavam doentes, nem perdiam os dentes. Como tinham todos os dentes na boca e um apetite de leão, comiam o dia todo sem produzir nada, tirando o alimento até das crianças.
Certa feita, três homens decidiram encontrar uma solução para o problema (sem se darem conta de que um dia eles também seriam tratados como um problema). Foram, então, fazer uma visita à Lua, que entre os índios é homem e se chama Hári.
– Que solução você tem para que não acabe faltando comida para todos? – disse um dos três futuros velhos.
Hári, que era também um feiticeiro, coçou a cabeça e disse:
– Infelizmente não posso ajudar. Procurem Mini.
Mini era o Sol. Os três índios foram para a casa dele. Depois de muito caminhar, chegaram, afinal, ao seu destino.
– Bom dia, Mini. Dê-nos o veneno mais forte que tiver em seu herbanário.
O Sol ergueu as sobrancelhas.
– Veneno para quê?
– Queremos um veneno para acabar com os velhos da nossa aldeia.
– Vocês estão loucos?
– Não, não estamos. É preciso fazer isso ou nossa aldeia inteira morrerá de fome.
Então o Sol reconsiderou e trouxe da sua sala de moléstias uma flecha mágica. Junto com ela vinham várias doenças.
Os índios escutaram atentamente e pareceram satisfeitos.
– Mas, cuidado – alertou o Sol. – Só atirem a flecha depois de se esconderem atrás de uma árvore, pois ela costuma voltar para atingir o seu arremessador.
Como sempre acontece, o aviso fatal entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Tudo quanto eles pensavam era em dar um jeito nos velhos da tribo.
Os três índios andaram e andaram até chegarem, enfim, à aldeia.
– Vamos experimentar esta flecha de uma vez! – disse um dos três.
Após tomar do arco, o arqueiro fez pontaria em um velho que estava sentado embaixo de uma árvore desde o raiar do dia comendo mandioca e milho verde.
Antes de suspender o arco, o arqueiro escolheu uma doença.
Então a flecha não tardou a voar direto no velho. Ela varou o ventre dele e retornou na direção do arqueiro, que só não foi atingido porque lembrou, no último instante, do aviso do Sol.
Os três ficaram escondidos para ver o efeito da seta. Em menos de meio minuto, o velho começou a se sentir mal e acabou morrendo. E assim os três índios saíram escondidos pela aldeia, dando flechadas nos velhos.
Então, certo dia, outro índio resolveu pedir emprestada a flecha mágica para caçar animais.
Na pressa, os três índios esqueceram de avisar a ele sobre o vai e volta da flecha, e o caçador partiu alegremente, sem desconfiar do perigo.
No mesmo dia meteu-se na selva e procurou a melhor caça que pôde.
– Tem de ser um bicho daqueles! – disse a si mesmo, enquanto espreitava.
Não demorou muito e surgiu um veado enorme, maior do que um cavalo. O índio assestou a flecha e soltou a corda. A seta foi até o veado, cumpriu com o seu papel de abatê-lo e retornou até o arqueiro. Como este estava desavisado da volta, em vez de esconder-se atrás de uma árvore, ficou parado no mesmo lugar, recebendo a flechada da volta bem no meio do peito.

Fonte:
Franchini, Ademilson S. As 100 melhores lendas do folclore brasileiro. Porto Alegre/RS: L&PM, 2011.

Os Umutina viviam antigamente na margem direita do rio Paraguai, aproximadamente entre os rios Sepotuba e Bugres. Sua área de domínio, entretanto, estendia-se desde aquelas paragens até o rio Cuiabá. Com a chegada dos não-índios os Umutina deixaram a região do Sepotuba e migraram mais para o norte, passando a viver às margens do rio Bugres, por eles denominado Helatinó-pó-pare, afluente do alto Paraguai.Estão distribuídos em duas aldeias, uma de nome ‘Umutina’, onde vivia a maioria de sua população (420 indivíduos), e a outra, mais recente, é chamada de ‘Balotiponé’, onde moram as outras 25 pessoas, divididas em cinco famílias [dados de 2009]. As aldeias estão localizadas na Terra Indígena Umutina, em uma área de 28.120 hectares homologada em 1989, nos municípios de Barra do Bugres e Alto Paraguai, entre os rios Paraguai e Bugres, em Mato Grosso. A TI está situada em uma faixa de transição da Amazônia e do Cerrado, sendo que este último compreende a maior parte do território.
Eram chamados de Barbados por possuírem ralas barbas, que consideravam sinal de orgulho.
No início do século XX foram descritos como indígenas agressivos e violentos por impedirem pela força, a invasão de seu território tribal, invadido pelos homens brancos.
A pacificação definitiva deu-se em 1911, com o contato realizado pelo Coronel Rondon entre os rios Paraguai e Bugres, que determinou ao Governo do Estado que demarcasse aquelas terras como posse dos Umutina. Apesar disso, o grupo continuou a ser exterminado por parte dos extrativistas da região e também pelas as doenças como a gripe, o sarampo, a tuberculose e a bronco-pneumonia.
A atividade principal do povo Umutina era a agricultura e consistia principalmente do plantio de milho e da mandioca. A pesca era realizada com arco e flecha e as mulheres preparavam os peixes com mingau e pimenta. As caçadas e a coleta de mel, frutos, cogumelos, resinas e ervas medicinal complementavam subsistência do grupo. Hoje, dedicam-se a criação de gado, ao trabalho nas fazendas da região, a venda do pescado e aos projetos agrícolas da FUNAI.
Segundo Harald Schultz os relacionamentos entre os umutinas eram monógamos. Os pais decidiam o futuro esposo de suas filhas e o dia do casamento, quando era realizada uma cerimônia em que o casal pintava o corpo inteiramente de urucu.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Elisa Alderani (O Ipê Rosa)

XXV Concurso Nacional/Internacional de Trovas de Pindamonhangaba - 2015 (Trovas Premiadas)


 Tema Nacional – Ousadia
Categoria “Veteranos”
VENCEDORES
(por ordem alfabética de autores):
Neste mundo irreverente,
que tanto nos faz sofrer,
minha ousadia é ser gente,
que em gente é capaz de crer!
Carolina Ramos
Santos/SP
Que ousadia dos meus dedos
o seu corpo percorrer,
fingindo sondar segredos
já cansados de saber !…
Gilvan Carneiro da Silva
São Gonçalo/RJ
Num mundo de hipocrisia
padrões e mentes servis,
quanto é que custa a ousadia
de dizer: -eu sou feliz?!
Manoel Cavalcante de S. Castro
Pau dos Ferros/RN
Houve ousadia nos passos,
mas deles não me arrependo!
Sei que ao abrir meus espaços,
se mais ouso, mais aprendo…
Maria Helena de O. Costa
Ponta Grossa/PR
Com ousadia me olhaste,
ousada, eu correspondi.
Com loucura me abraçaste
e o resto eu juro, nem vi !
Rita Marciano Mourão
Ribeirão Preto/SP
 MENÇÕES HONROSAS
(por ordem alfabética de autores):
Ousadia foi pousar,
num momento passional,
os imãs do meu olhar
nos teus olhos de metal!
Arlindo Tadeu Hagen
Juiz de Fora/MG
Roubei seu beijo…e, ao beijá-la,
a ousadia nos fez bem:
quem rouba um beijo não fala;
quem é roubada…também!
Edmar Japiassú Maia
Nova Friburgo/RJ
Chega a idade!…E eu já sem graça,
na ousadia dos meus planos,
finjo que o tempo não passa
e escondo os meus desenganos!
Professor Garcia
Caicó/RN
Quando me impele a ousadia,
domo o tempo,estreito o espaço
e completo a travessia,
driblando o medo e o cansaço.
Relva do Egypto R. Silveira
Belo Horizonte/MG
Ousar não é ser valente
ao buscar glória e poder.
Ousadia é quando a gente
humaniza o nosso SER !
Rita M. Mourão
Ribeirão Preto/SP
MENÇÕES ESPECIAIS
(por ordem alfabética de autores):
Todo sonho no horizonte,
mesmo distante da gente,
tem na ousadia  uma ponte
entre o futuro e o presente !
Heder Rubens S. e Souza
Natal/RN
Beijo ousado…e ante o receio
de dois sonhos desiguais,
nós fomos louco passeio
entre o sempre…e o nunca mais.
Manoel Cavalcante de S. Castro
Pau dos Ferros/RN
Não temo o mar que me nega
ser mais branda a travessia.
Temo sim, a mente cega
que me bloqueia a ousadia.
Rita M. Mourão
Ribeirão Preto/SP
Resguardando um bom momento
e nas proporções devidas,
ousadia é o condimento
que dá gosto às nossas vidas.
Selma Patti Spinelli
São Paulo /SP
“ Não volto!”-Mas eu previa
que, no meu leito tristonho,
tu terias a ousadia
de sempre invadir meu sonho !
Wanda de Paula Mourthé
BeloHorizonte/MG
 Categoria “Novos Trovadores”
  VENCEDORES
(por ordem alfabética de autores)
Ousadia é para poucos,
que têm pela vida afã:
é destes, chamados loucos,
o domínio do amanhã.
Edweine Loureiro da Silva
Saitama/Japão
Preciso ter ousadia
e cumprir minha missão,
de esmagar a covardia
com cada aperto de mão.
Jaqueline Machado
Cachoeira do Sul/RS
Foi grande minha ousadia
querer mudar-te ,meu bem,
mas percebi certo dia
que ninguém muda ninguém!
Nair L. Rodrigues
Santos/SP
Regional
Tema: Covardia
VENCEDORES
(por ordem alfabética de autores):
Sufocando o que eu sentia,
temeroso eu nada fiz,
fui covarde e a covardia
me impediu de ser feliz.
Argemira Marcondes
Taubaté/SP
Culpa, eu sei que não me cabe,
por arroubos de ousadia;
seus beijos roubo e ela sabe:
não roubar é covardia.
Nélio Bessant
Pindamonhangaba/SP
A covardia se instala
em mim e tanto me implora
que eu, num triz, desfaço a mala
e outra vez…não vou embora…
Élbea Priscila de Sousa e Silva
Caçapava/SP
Fui covarde em alta escala
hoje sofro e não me iludo;
pois quando o remorso fala,
falta paz e falta tudo.
José Valdez de Castro Moura
Pindamonhangaba/SP
É nas trilhas dos proscritos,
dos covardes, nos enredos,
que sou preso dos conflitos,
sendo refém dos meus medos…
José Valdez de Castro Moura
Pindamonhangaba/SP
MENÇÕES HONROSAS
(por ordem alfabética de autores):
Quando a covardia o impede
de afrontar dificuldade,
você não vive e concede
um trono à infelicidade !
Angélica Vilela R. dos Santos
Taubaté/SP
Temendo a desilusão
fingi que não te queria,
hoje vivo em solidão
pela minha covardia.
Argemira Marcondes
Taubaté/SP
Eu jamais fugi do amor,
fugirei ou fugiria.
Meu coração tem valor
bem maior que a covardia.
Nélio Bessant
Pindamonhangaba/SP
Fui covarde em meus assombros,
castigou-me a penitência;
carrego um fardo nos ombros:
muita dor na consciência…
José Valdez de Castro Moura
Pindamonhangaba/SP
Somos náufragos num barco
(afastando a COVARDIA…)
afundando em mesmo charco,
os sonhos de cada dia!
Myrtes Mazza Masiero
São José dos Campos/SP
MENÇÕES ESPECIAIS
(por ordem alfabética de autores):
Com medo eu lhe disse não,
e assim meu amor partia
levando o meu coração
e eu fiquei, por covardia.
Argemira Marcondes
Taubaté/SP
Covarde é aquele que evita
se expor a um amor qualquer.
A covardia lhe dita
como e quando, o que ela quer.
Nélio Bessant
Pindamonhangaba/SP
Um leão de estirpe e linha,
nas batalhas honro a farda,
mas…meu coração-galinha
diante do amor…se acovarda…
Élbea Priscila de Sousa e Silva
Caçapava/SP
Sou poltrão, medroso, esquivo,
pois prezo por meu conforto:
antes covarde bem vivo,
do que ser herói…e morto !
Élbea Priscila de Sousa e Silva
Caçapava/SP
De que serve o desatino
do covarde já sem voz:
pode escolher seu destino
e não desata seus nós.
Mauro Luiz Silveira
Guaratinguetá/SP

domingo, 12 de julho de 2015

I Concurso Nacional de Trovas de Itapema/SC (Trovas Vencedoras)




Nacional
Veteranos
Tema: Maré
1º. Lugar
Venci marés violentas,
ondas e mares sem fim...
Só não venci as tormentas
que existem dentro de mim!
Prof. Garcia
Caicó/RN
2º. Lugar
Viver é desafiar
as marés enfurecidas
que teimam em afundar
o barco das nossas vidas...
Ercy Maria Marques de Faria
Bauru/SP
3º. Lugar
Sem contar com teu carinho,
na praia, em pleno verão,
a maré vem de mansinho
molhar minha solidão...
Antonio Colavite Filho
Santos/SP
4º. Lugar
Sem um porto verdadeiro
onde ancorar os meus pés,
meu coração jangadeiro
vive ao sabor das marés!
Arlindo Tadeu Hagen
Juiz de Fora/MG
5º. Lugar
Em fantasias, singrando
nas marés onde navego,
meu barco tem o comando
dos sonhos a que me entrego!
Edmar Japiassu Maia
Nova Friburgo/RJ
6º. Lugar
Na vida, contra a maré
eu remo e jamais afundo
pois quem tem força e tem fé
transpõe marolas do mundo.
José Henrique da Costa
Magé/RJ
7º. Lugar
O mar, quando vê desfeita
a fúria da maré cheia,
na praia, exausto, se deita
e se abraça com a areia.
Sandro Pereira Rebel
Niteroi/RJ
8º. Lugar
Quando, à noite, a maré cresce,
e o plenilúnio incendeia,
o oceano se incandesce,
prateado: - É lua cheia!
Fabiano de Cristo Magalhães Wanderley
Natal/RN
9º. Lugar
Nas praias do desencanto
onde a saudade passeia,
a maré se eleva tanto
que joga os sonhos na areia!
Eduardo A. O. Toledo
Pouso Alegre/MG
10º. Lugar
Sob os raios do luar,
as ondas ficam de pé,
querendo a lua alcançar
no refluxo da maré.
Sônia Maria Sobreira da Silva
Rio de Janeiro/RJ
11º. Lugar
A maré, tão impulsiva,
esbanjando inquietude,
parece a locomotiva
do viço da juventude.
Heder Rubens Silveira e Souza
Natal/RN
12º. Lugar
Com a fronte sempre erguida
e robusto em minha fé,
vou singrando o mar da vida
alheio a qualquer maré!
José Antonio de Freitas
Pitangui/MG
13º. Lugar
Pela maré empurradas,
as ondas, quais corredeiras,
parecem saias bordadas
pelas mulheres rendeiras.
Sonia Maria Sobreira da Silva
Rio de Janeiro/RJ
14º. Lugar
A minha vida, hoje em dia,
do que foi nada mais é
que uma jangada vazia,
indiferente à maré.
Maria Madalena Ferreira
Magé/RJ
15º. Lugar
Um garotinho, na areia,
tantos castelos constrói,
sem saber que a maré cheia,
logo que chega... os destrói!...
Carolina Ramos
Santos/SP
Nacional
Novos Trovadores
Tema: Maré
1º. Lugar
Tanto lixo a maré deixa
na rede do pescador,
que o mar bravio se queixa
num triste grito de dor.
José Feldman
Maringá/PR
2º. Lugar
Singrando o mar desta vida,
mesmo ao sabor da maré,
nenhuma rota é perdida,
se eu não perco o amor e a fé.
Aluízio Alberto da Cruz Quintão
Belo Horizonte/MG
3º. Lugar
Eu comparo o meu passado
à maré, na lua cheia:
- Derruba um sonho encantado
e o meu castelo de areia!
Eulinda Barreto Fernandes
Bauru/SP
4º. Lugar
O meu coração errante
é oceano de emoções...
vive em compasso inconstante
na maré... das ilusões.
Luzia Brisolla Fuim
São Paulo/SP
5º. Lugar
A maré que me levou
para tão longe do lar
também cedo me ensinou
que viver é navegar.
Edweine Loureiro da Silva
Saitama/Japão
6º. Lugar
Maré alta, o mar se enfesta;
sobe a lua, explode em prata;
faz-se a noite toda em festa,
e a beleza me arrebata!
Lilia Maria Machado Souza
Curitiba/PR
7º. Lugar
Neste mar de desenganos,
levado pela maré,
em tantos sonhos insanos,
minha força é sempre a fé.
José Feldman
Maringá/PR
8º. Lugar
Maré - que balé gostoso
das dançarinas do mar...
sobem o aclive rochoso
e descem a descansar.
Adamo Pasquarelli
São José dos Campos/SP
9º. Lugar
No mar azul dos teus olhos,
vai meu barco navegando,
bem distante dos abrolhos,
onde a maré vem chegando.
José Roberto Canôas
Barretos/SP
10º. Lugar
Sumiu minha nova trova
rabiscada em plena areia
debaixo de outra mais nova
que chegou na maré cheia.
Carlos Henrique da Silva Alves
Senhor do Bonfim/BA
Estadual
Tema: onda
1º. Lugar
Que a onda leve a tristeza
e me devolva a esperança,
fortalecendo a certeza
de que me espera a bonança
Jean Carlos Sophiatti
Brusque/SC
2º. Lugar
Quando me deito a seu lado,
as ondas dos seus cabelos
são como ninhos trançados
com finíssimos novelos.
Jean Carlos Sophiatti
Brusque/SC
3º. Lugar
Qual boca sensual, a onda
beija as areias da praia.
Ao final de cada ronda
volta ao seu leito... e desmaia.
Maria Luiza Walendowsky
Brusque/SC
4º. Lugar
A onda beija os rochedos,
deixando neles gravados
velhos sonhos e segredos
jamais ao mar revelados.
Patricia I. F. Sophiatti
Brusque/SC
5º. Lugar
Tal qual indomável onda
que ameaça as cercanias,
terrível perigo ronda
a criança em nossos dias!
Maria Luiza Walendowsky
Brusque/SC
6º. Lugar
Aquelas ondas serenas
largadas de um mar azul
vão banhar belas morenas
nas praias “quentes” do sul.
Ari Santos de Campos
Itajaí/SC
7º. Lugar
Uma garça passeava
naquela praia pequena
e a onda ali cirandava
na branca areia serena.
Maria Carmen Varejão
Balneário Camboriú/SC
8º. Lugar
No balanço do meu barco,
que vai subindo e descendo,
na onda como em um marco
deixo o que está remoendo.
Patricia I. F. Sophiatti
Brusque/SC
9º. Lugar
O mar molhando os meus pés,
suave balanço da onda;
provocantes cafunés
nas belas noites de ronda.
Arthur Gabriel Silveira
Brusque/SC
10º. Lugar
Pororoca, grande onda,
mexe e remexe os barquinhos,
e no barranco ela estronda
assustando os ribeirinhos.
José Carlos Cercal
Brusque/SC