quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Cris Anvago (Poemas Avulsos)


A LUA E O SOL 

Esta noite a lua não está cheia
Nem é lua nova
Pode ser meia-lua ou quarto minguante
Não sei distinguir

A lua só aparece quando quer
Por vezes esconde-se por detrás das nuvens

A lua é inconstante
Assim como o sol

São irreverentes
Têm vontade própria
E brilham à sua maneira
Mas podem ser amigos a vida inteira

Encontram-se poucas vezes…

Quando o sol caminha para outro lugar
A lua aparece já sem tempo para o abraçar

Mas, quando se querem abraçar
ou encontrar-se mais perto
Existe a eclipse lunar
e, a terra não os deixa abraçar

A lua e o sol comandam as marés…

A lua não pode ter o sol a seus pés
O sol é movido pelo sentimento das marés

São distintos, fortes e frágeis
Belos elementos da natureza
Furacão, sentimento e beleza

O sol e a lua são seres potentes
Enigmáticos
Seres únicos na natureza!
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A música faz sonhar
Lembrar, sorrir
Ficar sentada
Fluir no oceano
Que nos acolhe
E escolhe o que merecemos
E queremos tudo de bom
Porque queremos
Ser como somos
Ser nós!

Com os abraços amigos
Sem estarmos sós
Queremos o som
E, na madrugada
Saborear fruto bom
Antes de irmos para a estrada
Somos quem somos
E, não temos de ser mais nada!

Chegamos, partimos
Andamos a deambular pela estrada
Sempre pensamos em quem nos ama
Sempre somos acarinhados pelos amigos
Somos nós 
Com todas as imperfeições
e. se não estivermos sós
somos bons nas nossas relações
de amizade, da amor e carinho
assim vamos caminhando
nesta estrada dura do destino!
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O TEU ENCANTO

Tudo em ti é beleza
mesmo nas horas de tristeza
és um ser simples e natural
Fazes tudo com paixão
Tens uma força visceral
que me arranca o coração
Já não és só poema és canção!

Deslumbras quem te conhece e,
sem saberes, até parece que és tu
que todos queres conhecer

Tens ímã no sorriso
e a luz nos teus olhos
são botões de rosa
que espalhas aos molhos
pelos que por ti passam
nem tens noção do bem que fazes
e, quando te elogiam
ficas sem saber qual a razão

Quando falas, as tuas palavras
são gotas de água fresca
que caem em cascata
refrescam a mente mais sombria

Tu nunca és noite és sempre dia

Sempre motivas quem se cruza contigo
És conselho sem saber e abrigo
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Porque dizes não quando pensas sim?
É timidez, medo do que eu possa dizer?
Sabes que os teus olhos se focam em mim
Lês tudo o que eu não consigo escrever

Nas entrelinhas dos meus versos
Existe um segredo que se esvai no nevoeiro
Todas as palavras inversas se cruzam
Todos os medos ficam pendurados no bengaleiro

Estou protegida quando chove
Quando ninguém me vê no nevoeiro
Não sou D. Sebastião
Sou mais guerreira!
Não desaparecia do nada para a vida inteira!

Quero ser tudo o que sonho
Sim! O impossível vive em mim!
Perco-me no horizonte e amo o infinito
Sei que o amor é e será assim…
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Tudo é importante?
Não!

Só é importante o que eu quero que seja!
Os teus lábios cor de cereja
O teu sorriso que abraça o meu
O teu corpo mel
E, o meu corpo, extensão do teu…

O teu olhar que me encanta
No rio ou no mar sempre me espanta
A maneira do sorriso do teu olhar

Quando me canso do dia
volto para ti,
tudo é harmonia.
Foram minutos que perdi
que são preciosos todos os dias

Nas madrugadas despertas
Nas horas tão incertas
O sol sempre nasce
mesmo que não apareça

Tu sentes o calor do abraço
Não existe espaço entre nós
O coração bate no mesmo compasso
No mundo que é só nosso!

Fonte: Facebook da poetisa.

Um comentário:

Cris Anvago disse...

Boa noite! Grata pela postagem dos meus poemas no seu blog! Adorei ! Uma semana muito feliz poeta! Beijinhos
Cris Anvago