sexta-feira, 29 de abril de 2011

Monteiro Lobato (Histórias de Tia Nastácia) XXII – O Macaco e o Coelho


Um macaco e um coelho fizeram a combinação de um matar as borboletas e outro matar as cobras. Logo depois o coelho dormiu. O macaco veio e puxou--lhe as orelhas.

— Que é isso? — gritou o coelho, acordando dum pulo.

O macaco deu uma risada.

— Ah, ah! Pensei que fossem duas borboletas...

O coelho danou com a brincadeira e disse lá consigo: "Espere que te curo."

Logo depois o macaco se sentou numa pedra para comer uma banana. O coelho veio por trás, com um pau, e lept! — pregou-lhe uma grande paulada no rabo.

O macaco deu um berro, pulando para cima duma árvore, a gemer.

— Desculpe, amigo — disse lá debaixo o coelho. — Vi aquele rabo torcidinho em cima da pedra e pensei que fosse cobra.

Foi desde aí que o coelho, de medo do macaco vingar-se, passou a morar em buracos.
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— Bravos! — exclamou Emília. — Gostei da historinha. Vale por todas as outras que tia Nastácia contou. Está bem engraçada. Viva o coelho!

— E também nesta o macaco sai levando na cabeça — observou Narizinho. — O coelho, que é um coitado, mostrou-se mais inteligente.

— Por que mais inteligente? — contestou o menino. — Mostrou-se, sim, mais mau, porque o macaco apenas lhe puxou as orelhas e ele moeu o rabo do macaco.

— A inteligência do coelho veio depois — disse Narizinho — quando tratou de morar em buraco para livrar-se da vingança do macaco.

— Pois é — observou Emília. — Apesar da sua fama de inteligente e esperto, e de avô do homem, o macaco, pelo menos nas histórias, nem sempre fica de cima.

— Vocês precisam ler — disse dona Benta — as histórias de macacos que Rudyard Kipling conta naquele livro de Mowgli, o Menino Lobo. Esses macacos de Kipling são os Bandarlogs, nome de certos macacos da Índia. Os outros animais os desprezam, por causa da sua leviandade, da sua falta de seriedade, das suas molecagens. São uns perfeitos louquinhos, os macacos.

— Até parecem homens — disse Emília, que fazia muito pouco caso nos homens.

— Macaco é bobo — disse tia Nastácia — mas às vezes acerta a mão e sai ganhando — como aquele que logrou a onça.

— Conte, conte, pediram os meninos.
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Continua… XXIII – O Macaco e o Aluá
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Fonte:
LOBATO, Monteiro. Histórias de Tia Nastácia. SP: Brasiliense, 1995.
Este livro foi digitalizado e distribuído GRATUITAMENTE pela equipe Digital Source

Lucia Constantino (Nossa Senhora dos Sonhos)


Maria,
Há quanto tempo olho as nuvens,
esperando ver-Te numa estrela despertada
em pleno dia.

Há quanto tempo
deixei de contar ao sol os meus sonhos
porque a chuva sempre me surpreende
a caminho do Teu olhar.

Há noites, Maria,
em que penso ouvir Tua voz
na harpa que o vento toca nas ramagens
e meus ouvidos assemelham-se à terra
aguardando a semente que gerará a primavera.

Maria, Maria....
um a um os anjos me dizem de Ti
quando mal distingo as luzes do dia
entre as brumas dos meus olhos.
Vejo-os brincarem ao nascer de cada dia,
vejo-os rolarem pela grama e latirem para mim
seu bom dia de amor.

Eles me dizem de Ti
em cada pétala que o vento leva,
em cada pássaro que me sorri
do beiral do mundo, me dizendo
estou aqui esperando a chuva passar
para cumprir a vida.

Maria,
Mãe de todas as cores
do arco-íris por onde caminham os sonhos,
da Tua luz sobre a noite mais brilhante,
doa-me o sentir cada novo dia
como aquela Tua Noite de Paz.

Batista de Lima (O Demolidor de Mitos)


A poesia do Poeta de Meia-Tigela se alicerça sobre os escombros da mitologia que lhe incutiram ao longo dos anos, mas que ele preferiu escarafunchar nesse seu mais recente livro. O livro tem como título "Concerto nº 1nico em mim maior para palavra e orquestra. Poema". Ainda tem um subtítulo "Combinação de realidades puramente imaginárias". Fica assim o leitor, logo de início, encafifado com essa volúpia verbal que parece não dizer nada mas termina por dizer tudo.

O primeiro mito que ele destrói é o seu próprio nome sacralizado na pia batismal e referendado no cartório de registro civil. Como não foi nome da sua escolha, ele então mudou para Poeta de Meia-Tigela. Só há um momento do livro em que aparece seu nome oficial: Alves de Aquino.

Mesmo assim, o primeiro não aparece. Após esse desfazimento da veste antiga, ele começa fustigando Shakespeare no seu "Sonho de uma noite de verão", e tange Dante das profundas dos infernos às delícias do paraíso no mesmo itinerário do poeta Virgílio no momento do seu resgate. Isso tudo levando a tiracolo Antônio Conselheiro e a procissão de seus beatos. E pode não ser nada disso, mas sugere.

Meia Tigela é um poeta semiótico. E quem não é? Mas no caso dele os signos verbais são transformados em não verbais através da desconstrução que opera sobre metáforas cansadas de tanto uso. Ele dilapida conteúdos, destrói fórmulas e endoida leitores.

Não é bobo, no entanto, esse poeta de tigela e meia. Chamou logo para prefaciar seu livro o professor Sânzio de Azevedo, maior conhecedor da Literatura Cearense e exímio desmontador de formas e fórmulas poéticas. Por isso que o professor Sânzio ficou "Antes dos Versos", diante da parafernália literária que Tigela derramou ao longo das 343 páginas do livro que a Expressão Gráfica Editora teve coragem de editar. Afinal, nem Osman Lins tanto ousou.

Para posfaciar esse seu libelo poético, ele conseguiu a adesão de Nilto Maciel, guru dessa mais recente geração de escritores cearenses. Nilto o classifica, acertadamente, logo no título, de "Vampiro". Depois verifica que para ler esse "Concerto" é preciso participar da brincadeira, do jogo que o poeta instaura. Para entrar nesse jogo é preciso entender de brinquedos verbais. Nesse comportamento lúdico, Nilto Maciel, diferentemente de Sânzio de Azevedo, deixou de lado a forma para mergulhar no conteúdo, fez muito mais uma análise no nível da metáfora. É aí que constatamos, como diz o crítico, que essa desconstrução tigeleana começa da mitologia grega e vem ao horóscopo dos jornais atuais.

Meia Tigela dilapida velhas construções à moda Alcides Pinto, Carlos Emílio Corrêa Lima e Gerardo Melo Mourão. Ao mesmo tempo reconstrói a seu modo a terra arrasada, inclusive fustigando a alienação ortográfica a que se submetem escritores tradicionalistas. Modifica a grafia dos vocábulos, dando-lhes uma forma mais convincente que aquela que eles oficialmente portam. Quando ele escreve "abissurdo" está bem mais próxima a grafia do seu som, do que na versão dicionarizada. O mesmo acontece com "iguinora" e com outras palavras dos poemas. Fica então patenteada sua vocação motivadora de signos. Desconstruir arbitrariedades verbais é dar uma função metalinguística inovadora às palavras.

A partir dessas desconstruções, pode-se pensar enganosamente que a função de sua poética é apenas deletéria daquilo que por aí está posto. Ledo engano de quem assim pensar. Meia Tigela tem o domínio dos versos nas suas feições mais tradicionais. No segundo movimento de seu "Concerto", quando ele trata de "Os prisioneiros", é impressionante o seu domínio do soneto clássico. "Achando pouco tal demolição", seu estro se volta para a confecção de sonetos clássicos de forma decassilábica até em rimas ABBA, ABBA CDC DCD como em "De virtude", um poema lapidado à beira da perfeição. É aí onde o leitor precisa parar e se extasiar com a eloquência do poeta.

Até sua depressão é eloquente. Afinal, é no seu momento de melancolia quando entra em cena o vampiro enfadado de dar conselhos. É então que todo um vocabulário é posto de oitiva para servir à tristeza: "merencório", "penseroso", "esquizofrênico", "misantropo", "anacoreta", "tartamudo", "macambúzio", "encabulado", "abirobado", "atarantado", "azarado", "songamonga", "mocorongo", "nefelibata", "rastaquera", "sotrancão", "estercorário" e por aí vem uma desvampiragem escorrendo pela eloquência de uma autoestimada zerada. Essa insônia constipada que vê a porta mas não vê a chave, se esvai pelas frechas e contamina o leitor, levando-o também a essa "vidinha solidã".

Esse livro do Poeta de Meia-Tigela é tão contaminador que o próprio autor a certa altura de sua trajetória criou um compartimento chamado de "Mantenha Distância". Depois ainda prega o aviso: "Este poema está temporariamente programado para não receber chamadas". Mais adiante ele chega a suplicar: "Leitor amigo, por que insistir em ler? Quando bastaria me olhasses adentrolhos?" Essa tentativa de afastar a aproximação do leitor da sua poesia é pura ciumeira. Depois da obra pronta, beirando a perfeição, o poeta se narcisa, se enamora do que fez, à sua imagem e semelhança, convence-se de que criou uma bela obra de arte e agora não quer dividir o prazer de possuí-la com seu concorrente leitor. Isso tudo mostra que esse Poeta de Meia-Tigela é poeta de muitas tigelas e meias.

Fonte:
Literatura Sem Fronteiras

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Trova 194 - Antonio Juraci Siqueira (Belém/PA)

Montagem da Trova sobre imagens obtidas em Imagem = http://ajursp.romandie.com (delegacia) e http://www.acatolica.com/ (homem apontando o dedo)

Monteiro Lobato (Histórias de Tia Nastácia) XXI – O Rabo do Macaco


Era um macaco que resolveu sair pelo mundo a fazer negócios. Pensou, pensou e foi colocar-se numa estrada, por onde vinha vindo, lá longe, um carro de boi. Atravessou a cauda na estrada e ficou esperando.

Quando o carro chegou e o carreiro viu aquele rabo atravessado no caminho, deteve-se e disse:

— Macaco, tire o rabo da estrada, senão passo por cima.

— Não tiro! — respondeu o macaco — e o carreiro passou e a roda cortou o rabo do macaco.

O bichinho fez um barulho medonho.

— Eu quero meu rabo, eu quero meu rabo — ou então uma faca!

Tanto atormentou o carreiro que este sacou da cintura a faca e disse:

— Tome lá, seu macaco dos quintos, mas pare com esse berreiro, que está me deixando zonzo.

O macaco lá se foi, muito contente da vida, com a sua faca de ponta na mão.

"Perdi meu rabo, ganhei uma faca! Tin-glin, tinglin, vou agora para Angola!"

Seguiu caminho. Logo adiante deu com um tio velho que estava fazendo balaios e cortava o cipó com os dentes.

— Olá, amigo! — berrou o macaco. — Estou com dó de você, palavra! Onde já se viu cortar cipó com os dentes? Tome esta faca de ponta.

O negro pegou a faca mas quando foi cortar o primeiro cipó a faca se partiu pelo meio. O macaco botou a boca no mundo.

— Eu quero, eu quero minha faca — ou então um balaio!

O negro, tonto com a gritaria, acabou dando um balaio velho para aquela peste de macaco — que, muito contente da vida, lá se foi cantarolando: "Perdi meu rabo, ganhei uma faca; perdi minha faca, pilhei um balaio! Tinglin, tinglin, vou agora para Angola!"

Seguiu caminho. Mais adiante encontrou uma mulher tirando pães do forno, que recolhia na saia.

— Ora, minha sinhá — disse o macaco — onde se viu recolher pão no colo? Ponha-os neste balaio.

A mulher aceitou o balaio, mas quando começou a botar os pães dentro, o balaio furou. O macaco pôs a boca no mundo.

— Eu quero, eu quero o meu balaio — ou então me dê um pão.

Tanto gritou que a mulher, atordoada, deu-lhe um pão. E o macaco saiu a pular, cantarolando: "Perdi meu rabo, ganhei uma faca; perdi minha faca, pilhei um balaio; perdi meu balaio, ganhei um pão. Tinglin, tinglin, vou agora para Angola!"

E lá se foi, muito contente da vida, comendo o pão.

— Foi para onde? — indagou Emília. — Para Angola?

— Sei lá para onde o macaco foi! — respondeu tia Nastácia. — Para Angola não havia de ser, que é muito longe. Foi para o mato, que é a Angola dos macacos.

— Esperei que a história acabasse melhor — disse Narizinho. — A esperteza do macaco para ganhar coisas está boa, apesar de que isso de dar parte do corpo em troca duma faca não me parece negócio. Mas o inventor da história chegou no meio e não soube como continuar; por isso parou no pão.
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— É, sim — concordou Pedrinho. — Ele devia fazer o macaco ir ganhando coisas de valor cada vez maior, para mostrar que com esperteza uma pessoa consegue tudo quanto quer na vida. Mas o pobre macaco fazia os negócios e ia ficando na mesma. Saía perdendo sempre.

— Bobinho! — exclamou Emília. — Dar a cauda por uma faca ordinaríssima, que quebra ao cortar um cipó, parece-me o pior negócio do mundo. Depois trocou a faca por um balaio velho e podre. Outro negócio péssimo. E acabou trocando o balaio por um pão. Comeu o pão e ficou sem balaio, sem faca e sem cauda. Isso é mesmo o que se chama "negócio de macaco". E ainda acham que macaco é bicho ladino! — observou a menina.

— Não — disse dona Benta. — Nas histórias populares o mais ladino não é o macaco, sim a raposa e o jabuti. A raposa, ladiníssima, sai ganhando sempre. Chegou a ficar o símbolo da esperteza. Quando queremos frisar a manha dum político, dizemos: É uma raposa velha! E o jabuti, não sei por que, também ficou com fama de fino. O macaco, coitado, faz suas espertezas mas nem sempre sai ganhando. Esse de tia Nastácia, por exemplo. Lá foi, muito contente da vida, a comer o pão — mas não se lembrou de que estava sem cauda.

— Tolinho! — gritou Emília. — Quando for trepar a uma árvore é que verá a asneira que fez. Macaco sem cauda é macaco aleijado. Eles fazem na floresta aqueles prodígios de agilidade justamente por causa da cauda. Idiota!
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Continua… XXII – O Macaco e o Coelho
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Fonte:
LOBATO, Monteiro. Histórias de Tia Nastácia. SP: Brasiliense, 1995.
Este livro foi digitalizado e distribuído GRATUITAMENTE pela equipe Digital Source

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 199)


Uma Trova Nacional

Só mesmo um Deus poderia
sair dos braços da cruz
e perdoar a utopia
dos que mataram Jesus!
–FLÁVIO STEFANI/RS–

Uma Trova Potiguar

O trabalho me norteia
e dele eu não me despeço,
pois quero meu grão de areia
na construção do progresso.
–JOSÉ LUCAS DE BARROS/RN–

Uma Trova Premiada


2007 - Bandeirantes/PR Tema: DESVELO - Venc.

Merece este amor perfeito
desvelos de passarinho
que arranca as penas do peito
para aquecer o seu ninho.
–ARLINDO TADEU HAGEN/MG–

...E Suas Trovas Ficaram

Nos pés só calço uma sola,
presa por alça num dedo;
quantos me chamam carola...
mas é de Deus meu segredo.
–EVA REIS/MG–

Simplesmente Poesia

–RAYMUNDO DE SALLES BRASIL/BA–
Bom Dia


Certa vez ia passando
Numa calçada de rua,
Vi uma velha esmolando,
Maltrapilha, seminua nua.
Constrangeu-me aquela cena.
Eu fiquei morto de pena,
Movido de compaixão,
Reconheci a velhinha,
Ela teve uma casinha,
Fornecia refeição.

E eu também fui seu freguês
Dos seus PFs baratos
No tempo da escassez,
Lá eu batia bons pratos.
Estudante sem recurso,
Ela me ajudou no curso
E sem saber que o fazia.
Quando a vi naquele estado,
Eu me senti consternado,
Não foi pra mim um BOM DIA.

Estrofe do Dia

A leitura habitual
Reserva muita surpresa.
Cada livro duma estante,
Que se põe sobre uma mesa,
Quando não tira uma dúvida,
Fortalece uma certeza.
–ZÉ FERREIRA/PI–

Soneto do Dia

–PEDRO BANDEIRA/CE–
Um Traje Para o Meu Amor

Vou te dar uma anágua diamantina
Rendilhada de estrela e ventania,
Perfumada de aragem da campina,
Com babados da cor da luz do dia.

A calcinha, do azul da serrania,
Pontilhada de nuvens e neblina
E um corpete que traga a mataria
Estampada formando uma cortina.

Umas meias cinzentas como a serra,
As sandálias mais pardas que a terra.
E esse traje, te peço, nunca tires.

Permaneça vestida o tempo inteiro
Numa saia da cor de um nevoeiro
E uma blusa da cor do arco-íris.
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Extremoz

Extremoz é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte, pertencente à Região Metropolitana de Natal, microrregião de Natal, mesorregião do Leste Potiguar e ao Polo Costa das Dunas. De acordo com o IBGE, em 2010, sua população foi contada em 24 550 habitantes, sendo o vigésimo município mais populoso do estado. Localiza a norte de Natal (capital do estado), distante desta cerca de dezesseis quilômetros, tendo como principal atração turistica a Praia de Genipabu e suas dunas.

A cidade recebeu este nome pela sua localização geográfica ao norte da capital e tem uma área territorial de 126 km².


História

As terras que hoje formam o município de Extremoz, no passado tinham outros habitantes: os índios Tupis e Paiacus que viviam as margens da Lagoa de Guajirú atualmente conhecida como lagoa de Extremoz.

Em 1607, século XVII, o governo português na pessoa do seu capitão-mor Jerônimo de Albuquerque concedeu aos jesuítas a terra utilizada pela missão. Responsáveis pela catequese dos índios, os jesuítas estabeleceram a missão em Guajirú, construíram a igreja de São Miguel e a partir de então a sociedade tribal sofreu a influência de novos costumes alicerçados na doutrina cristã.

Em 1757, diante da invasão holandesa, os jesuítas foram expulsos e a aldeia que já abrigava cerca de 1429 pessoas foi elevada a condição de Vila. No dia 3 de maio de 1760 a vila passa a se chamar Vila Nova de Extremoz do Norte. Segundo o historiador Câmara Cascudo, Extremoz foi a primeira Vila da Capitania do Rio Grande do Norte.

Nessa época a vila era importante centro econômico da região com a criação de gado, antes da chegada do cultivo da cana-de-açúcar. Dessa época, os moradores preservam na memória coletiva lendas como a da cobra, a do carro caído, e a do tesouro enterrado nos alicerces da igreja. Diz a lenda que a população na tentativa de encontrá-lo, destruiu a igreja na qual hoje só se vê ruínas.

Entretanto em 18 de Agosto de 1885 a Lei Provincial n.º 321 incorporou a Vila de Nova Extremoz ao povoado de Boca da Mata, que recebeu a denominação de Vila de Ceará Mirim. Apena em 4 de abril de 1963 Extremoz recuperou sua autonomia, tornando-se Município do Rio Grande do Norte.


Cultura

Ruínas da antiga Vila, capela de São Miguel e convento de Extremoz - tombado a 18 de Dezembro de 1990.

A Matriz de São Miguel foi considerada por Câmara Cascudo como a mais bela igreja colonial do estado erguida no barroco, tinha 16m de altura, 13,5m de largura, 30m de comprimento e paredes com 80 cm de largura. Servia de igreja residência dos jesuítas. Foi nessa igreja que o índio Poti, Antônio Felipe Camarão, foi batizado na manhã de 13 de Junho de 1612. Aos 30 anos recebeu os nomes de Antônio em homenagem ao santo do dia, Felipe em homenagem ao rei Felipe da Espanha e "Camarão" a tradução de seu nome (Poti). Mais tarde casou-se, na mesma igreja, com Clara, índia de nação potiguar.


Praias

Redinha

Porta de entrada para o Litoral Norte do Rio Grande do Norte, a Redinha é a mais antiga vila de pescadores da região. Até hoje ainda se vêem construções como a da antiga igreja de pedra de Nossa Senhora da Apresentação. A praia fica no encontro do rio com o mar, o que dar a opção de banhar-se tanto em águas doces como salgadas, além de possuir uma ampla estrutura de quiosques à beira do rio e do mar, na Redinha, ainda pode-se encontrar o antigo mercado, onde se come a mais tradicional e deliciosa Ginga (tipo de peixe pequeno) com Tapioca do estado.

Santa Rita

Praia típica de veraneio, com poucos bares e barracas de praia, e pouca movimentação de banhistas. Situada no município de Extremoz, Santa Rita é a primeira a exibir o aparecimento das Dunas, típicas do Litoral Norte.

Genipabu

Com certeza o cartão postal mais famoso do Rio Grande do Norte. Com suas dunas imensas e sua lagoa de águas doces, Genipabu é um dos principais passeios do Litoral do estado. É nas dunas localizadas ao redor dessa lagoa que é comum a prática do esquibunda, onde os interessados descem as dunas em cima de pranchas de madeiras até cair na lagoa. Conta com uma infra-estrutura para atender os turistas, com restaurantes, pousadas, hotéis, barracas de praia, passeios de Buggy, jangada e dromedário nas areias da praia.

Pitangui

Pitangui, praia típica de pescadores, sua paisagem é recheada com coqueiros e palmeiras. Também uma das praias preferidas dos veranistas, com muitas casas e uma boa estrutura de restaurantes a beira mar.Pitangui é roteiro obrigatório nos passeios de Buggy graças as suas belíssimas dunas e suas lagoas. Na Lagoa de Pitangui além de restaurante também encontramos passeios de caiaque e pedalinho.

Fontes:

Mensagens Poéticas = Colaboração de Ademar Macedo


Extremoz

Wikipedia
Prefeitura Municipal de Extremoz
Imagem da Praia de Jenipabu

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Trova 193 - Aloísio Bezerra (Fortaleza/CE)

Ialmar Pio Schneider (Homenagens Póstumas em Soneto) 1


SONETO A RALPH WALDO EMERSON
poeta e pensador

Faleceu em 27.4.1882 – In Memoriam


Sendo filósofo e poeta nobre
cantou a natureza das herdades;
soube, também, como o escultor descobre
a estátua mais perfeita e nas verdades

que perquiriu, percebeu desdobre,
aos seus momentos de perplexidades…
Afirmou que nossa leitura é pobre
e que viajar são simples veleidades…

Mas no rol da genial Filosofia
que abrange seus escritos e a poesia
que nasce de permeio aos pensamentos,

qual um gigante americano, Emerson,
foi como um construtor neste Universo,
que soube demonstrar os seus talentos !

SONETO A MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO - In Memoriam
Morte em Paris em 26.4.1916

Dedicou-se a poetar sobremaneira;
deixa Coimbra e busca ser feliz
na França e na fantástica Paris,
tem a poesia como companheira…

Na vida breve, sua lida inteira
foi de poeta um céptico aprendiz;
e tanto persistiu e tanto quis
o ser, até na hora derradeira.

Cultuou o soneto, foi moderno,
e a Fernando Pessoa, seu amigo
e confidente, escreve cartas duras…

Outras vezes, porém, foi homem terno,
e sem explicação levou consigo
à tumba sepulcral, as desventuras…

SONETO AO POETA ÁLVARES DE AZEVEDO - IN MEMORIAM
Falecimento em 25.4.1852

Tua formosura cândida e mimosa
que me deslumbra os olhos e fascina,
é a luz esplendorosa entre a neblina
de minha vida triste e tenebrosa.

A face levemente cor-de-rosa,
os cabelos, a boca purpurina,
os negros olhos, a cintura fina,
oh que beleza de mulher formosa !

Por ti somente coroei de flores
os sonhos lindos que vivi contigo,
e suspirei em meio aos esplendores

que ornamentavam tua fronte linda.
Por ti somente, meu anjinho amigo,
- (eu vivo agora e viverei ainda) !

SONETO A WILLIAM SHAKESPEARE – IN MEMORIAM –
data do nascimento e morte do grande escritor, 23 de abril.

O fenômeno da Dramaturgia
William Shakespeare foi poeta,
cujos versos plenos de harmonia,
me suscitam a plástica de esteta…

São criações da mais alta poesia,
seus versos quais os salmos de profeta,
representam, além da fantasia,
as sublimes paixões de um´alma inquieta.

Para a Musa, a quem dedicou seu canto,
deixou a profecia que perdura
por séculos afora sem quebranto;

pois ela ficará neste Universo,
como a mais cativante criatura,
durante o tempo em que viver seu verso…

SONETO A TIRADENTES – IN MEMORIAM –
Morto em 21.4.1792

Nós estamos em pleno mês de abril,
quando reverenciamos com sapiência,
nosso Mártir maior da Independência,
o heróico Tiradentes varonil…

E demonstrando um forte amor febril,
não temeu entregar sua existência,
com denodo cabal e paciência,
querendo a liberdade do Brasil.

Há de permanecer sua memória,
com respeito de todas as nações,
porque jamais se apagará da História…

Exemplo de coragem inaudita,
representa às futuras gerações,
a imagem que será sempre bendita…

SONETO A AUGUSTO DOS ANJOS – IN MEMORIAM
Nascimento em 20 de Abril de 1884

Leio seus versos de poeta ousado,
e me comovo com a verve forte,
que se deprime qual um condenado,
a cada instante lamentando a sorte.

Mas foi um grande, embora desgraçado,
sem ter um lenitivo que o conforte,
em cada verso um passo encaminhado
rumo ao destino que o esperava: a morte !

E sendo um vândalo destruidor,
andou por “templos claros e risonhos”,
como num pesadelo com pavor…

Então, num ímpeto de iconoclastas,
“quebrou a imagem dos seus próprios sonhos”,
“erguendo os gládios e brandindo as hastas”!

SONETO PARA AUGUSTO FREDERICO SCHMIDT - IN MEMORIAM
Data de nascimento do poeta em 18.4.1906

Sonetos vívidos de verso branco
trazem imagens do cotidiano,
o vate-poeta sincero e franco,
às vezes não esconde um desengano…

Seus poemas messiânicos são cânticos
que me suscitam o louvor dos salmos
evangélicos, bíblicos, românticos,
para se apreciar nos dias calmos…

“Eu vi a morta, Senhor !” Mas por que
sentir este tristor quando se vê
alguém que já partiu pra eternidade?

Foi o Poeta do Galo Branco assim
sentimental… chorava o triste fim
daquela que o deixava na saudade…

Fonte:
Colaboração de Ialmar Pio Schneider
Imagem = http://medievalegends.blogspot.com

Aparecido Raimundo de Souza (A Partir Deste Momento)


A partir deste momento a minha vida dá uma guinada de 180 graus. Diria que a historia do meu destino começou no instante, ou mais precisamente naquele minuto em que coloquei meus olhos em seu rosto. A partir dali, você passou a ser única, insubstituível, inigualável, inimitável...

Veja como a vida é engraçada e como nos prepara armadilhas pela estrada afora. Eu que não carregava mais esperanças, de repente me pego aqui, vencido, dominado, atraído, cativo desse amor que nasceu do nada e, de tão pouco, floresceu e prosperou de maneira desordenada. A tal ponto, diria, de criar raízes e atingir meu velho coração em cheio.

Desde então, tomei consciência, percebi que bem ao seu lado, e de mãos dadas, é onde eu me pertenço. Esse é o meu lugar escondido, secreto, longe da terra, sagrado. O cantinho de onde eu não posso e, claro, não pretendo jamais sair ou me afastar.

Me sinto agora, plenamente realizado. Totalmente afortunado e venturoso. Diria mais, abençoado e próspero por ter lhe encontrado. Às vezes me ponho a pensar: quem sabe, um anjo venturoso, vindo do infinito mais distante desta galáxia, me tenha trazido e dado você embrulhada num papel coberto de estrelas, com um laçarote de nuvens, acondicionada numa caixinha encantada. Pelo privilégio de ter sido escolhido e ganho essa dádiva (só pode ser uma benção), eu prometo que enquanto restar um sopro de vida dentro de meu ser, eu viverei somente para a sua felicidade.

Nesta hora, eu entrego minha mão pra você e, com ela, meu coração em festa, a alma em gozo intenso, o sangue a correr nas veias em regozijo pleno. Sei que não posso esperar mais. Para mim, aliás, não me é dado à paciência de poder esperar. O tempo urge, preme e se estreita. Corre afoito e destemido. Em igual passo, as horas também se alvoroçam, abrasadas pelo afluxo de quererem voar mais rápido. A vida, como um todo, tem pressa, e por essa impaciência, trafega ao meu lado numa velocidade espantosa. Mal consigo segurar a emoção.

Você é a razão maior para eu acreditar piamente no amor. No amor incondicional, sem máculas, sem meios termos, sem distinção de credo ou idade. Resumindo, você é a resposta concreta das minhas orações lá em cima.

Como foi bom saber, como me senti feliz ao descobrir que para o nosso amor ser completo e infindo, para poder seguir adiante e prosperar, só precisava unir nossas almas numa só. Só necessitávamos de nós dois. Veja, minha princesa, como a natureza é simples, e como o amor é humilde: nós dois num só trilhar e nada mais!...

Na verdade, eu sinto aqui dentro do peito – imagina –, pode até parecer loucura –, mas sinto que eu e você nunca nos separamos. Mesmo quando não nos conhecíamos, você vivia em mim e, de alguma forma magnânima, fazia parte do meu passado, como faz agora, do meu futuro. Quando nem pensávamos trocar olhares ou palavras, você já era a luz viva que eu enxergava na escuridão; o vento que soprava em meu rosto e desalinhava, com suavidade, os meus cabelos.

Meus sonhos se tornaram verdadeiros, por sua causa. E por conseqüência dessa causa, eu comecei a viver e a acreditar piamente no amanha.

Antes de você existir, eu vegetava corpo morto, sem esperanças de me reerguer, de me construir, enfim, de me refazer por inteiro. Antes de você chegar eu vagava solitário, destino, incerto, sem porto seguro, como um barquinho frágil perdido na imensidão de proceloso mar.

Por todas essas razões, eu vou amar você enquanto viver. Amar com a intensidade de um homem diante do seu primeiro amor.

Daqui a algum tempo, quando eu não mais puder abrir os olhos para contemplar seu sorriso, ou for impedido pelo passar do avanço da idade, de caminhar ao seu lado, por favor, amor, senta perto de mim, e canta, canta no meu ouvido, aquela musica nossa que eu gosto de ouvir junto com você nas nossas noites, no nosso quarto, na nossa cama: “From thes moment on”. Canta que eu me transportarei ao passado. Voltarei correndo, aos dias dos nossos encontros primeiros...

“A partir deste momento a vida começou
a partir deste momento você é o único
e bem ao seu lado é onde eu pertenço...
A partir deste momento
eu fui abençoada
e vivo somente para sua felicidade
e pelo seu amor eu darei o meu último suspiro...
A partir deste momento em diante
eu entrego minha mão pra você com todo meu coração
não posso esperar para viver minha vida com você
ela é agora, precisa ser vivida agora
você e eu nunca nos separamos
meus sonhos se tornaram realidade por sua causa
a partir deste momento e enquanto eu viver
eu vou te amar, eu te prometo isso
e não há nada que eu não daria
a partir deste momento em diante.
Você é a razão para eu acreditar no amor
Você é a resposta das minhas orações lá em cima
Tudo que nós precisamos é somente de nós dois
Meus sonhos se tornaram realidade por sua causa
A partir deste momento e enquanto eu viver
Eu vou te amar, eu te prometo isto
E não há nada que eu não daria
A partir deste momento
Eu vou te amar
EU VOU TE AMAR ENQUANTO EU VIVER...”.

Fonte:
Para Ler e Pensar

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 198)


Uma Trova Nacional

Nenhuma dor dói mais fundo
que a do adeus, na despedida
de alguém que ao deixar o mundo
deixa vazia outra vida!
–A. A. DE ASSIS/PR–

Uma Trova Potiguar

Solidão mal indolente,
maltrata de fazer dó,
mesmo cercado de gente,
às vezes me sinto só.
–HÉLIO PEDRO SOUZA/RN–

Uma Trova Premiada

2008 - Bandeirantes/PR
Tema: AUDÁCIA - M/H.

Faltou-me audácia... e, tristonho,
nesta dor que ninguém vê,
cada verso que eu componho
é um pedaço de você...
–PEDRO MELO/SP–

...E Suas Trovas Ficaram

Trovas são gotas de pranto...
Contas do terço das vidas
que, transformadas em canto,
rolam no mundo, perdidas...
–LILINHA FERNANDES/RJ–

Simplesmente Poesia

– SUELY NOBRE FELIPE/RN–
Abandono

Arrepia em mim,
O espanto que brota da estupidez
Lá fora, gritos e gemidos soturnos
Ostentam a insensatez do abandono
O vazio sombrio no olhar
Importa nada aos seus algozes
Menos que isso,
Importa a mim o meu corpo
Que nesse mundo sem portas
Sou abrigo.

Estrofe do Dia

Hoje o mundo lamenta tristemente
Vendo as cenas de um crime deplorável
Um maluco de forma lastimável
Chacinando crianças brutalmente
Inocentes morreram de repente
Vitimadas na mão de um criminoso
Que vivia num mundo tenebroso
Sem ter fé e sem Deus no coração
peço a Cristo que estenda tua mão
sobre as chagas de um mundo canceroso.
–HÉLIO CRISANTO/RN–

Soneto do Dia

–J. UDINE/CE–
Noturna Oração

Senhor, o véu da noite já me veste.
Meu corpo fatigado em Ti suspira!
O dia fora duro, forte, agreste,
Apesar de eu tocar a minha lira!...

Senhor, é no silêncio dessa hora,
Longe do burburinho da cidade,
Que ao Teu amor a minha alma implora,
E se entrega aos Teus braços de Verdade!

Ao cerrar minhas pálpebras cansadas,
Oro-Te com fervor, nas madrugadas,
Para poder adormecer em Paz...

A Tua segurança me conforta.
Ao despertar, És Luz à minha porta,
A rebrilhar em mim cada vez mais!…
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Açu ou Assú (em tupi-guarani Açu significa grande) é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte localizado na microrregião do Vale do Açu, que está na Mesorregião do Oeste Potiguar é banhado pelo o Rio Açu. Assu foi a 3ª (Terceira) maior e uma das mais ricas cidades do Brasil, e chegou a ser capital do Rio Grande do Norte no tempo de Brasil colônia.

Tem aproximadamente 53.245 habitantes (de acordo com o senso do IBGE/2010), sendo 39.369 na cidade e 13.876 nas comunidades rurais do município. A área territorial do município é de 1.292 km².

A área territorial do município é de 1.269,235 km² e além disso ocupa o posto de segundo município mais populoso do Oeste Potiguar e o oitavo do Rio Grande do Norte, superado apenas por Mossoró, cidade da qual está distante setenta quilômetros. É um dos municípios mais importantes do estado e do Nordeste.

É um dos municípios mais antigos do estado, tendo sido criado por Ordem Régia, instalando-se em 3 de julho de 1783.

Assú dispõe de um Campus da UERN - Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, onde funcionam os cursos de Ciências Econômicas, Letras, Pedagogia, História

Até meados do séculos XVIII, a terra rica em lavoura e pecuária do vale do rio Açu era habitada pelos janduís, nome do chefe indígena que se estendeu à tribo. Nessa época, o homem branco já havia começado a explorar os potenciais da região, gerando amplo conflito de interesses com os índios. O homem branco partia para a criação bovina, enquanto os janduís consideravam legítima a caça ao gado.

Devido à intensidade das lutas entre brancos e índios, um grande conflito, conhecido como a guerra dos Bárbaros, marcou a década compreendida entre 1687 a 1697.

Em 1696, Bernardo Vieira de Melo, então Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, colocou-se à frente de uma pequena expedição e fundou à margem esquerda do Rio Açu (ou Piranha) o Arraial de Nossa Senhora dos Prazeres, ponto de reforço para a conquista do sertão. Bernardo Vieira instalou-se com seus soldados no novo arraial, iniciando o aldeamento dos índios e assegurando o estabelecimento dos colonos. Surgiu daí o povoado conhecido como povoação de São João Batista da Ribeira do Céu.

A pecuária pode retomar seu crescimento ao final dos conflitos, desenvolvendo-se rapidamente e tornando-se importante atividade econômica. Nesse período, as oficinas de carne seca e a indústria de extração da cera de carnaúba representavam a base da economia da região.

O município foi criado por Ordem Régia em 22 de julho de 1766. Inicialmente foi denominado de Vila Nova da Princesa, em homenagem à princesa Dona Carlota Joaquina de Bourbon, que se casou com D. João VI em abril de 1785.

A Lei provincial nº 124, de 16 de outubro de 1845, concedeu à Vila Nova da Princesa foros de cidade com o nome de Açu. O nome Açu tem origem na "Taba-açu" (Aldeia Grande), uma área de agrupamento de índios guerreiros da região.

Assu tem como suas principais fontes de renda a exploração petrolífera, a fruticultura e a pesca, destacando-se na economia potiguar como uma das cidades mais importantes do estado.

Turismo

Localizado a 220 quilômetros de Natal, e 73 km de Mossoró, o município de Assú é conhecido pela sua riqueza cultural e, pelo histórico de poetas que ganharam fama a nível regional, tornou-se conhecida como a “Atenas Norte-Rio-Grandense”.

O turismo religioso é um dos pontos fortes de Assú que, no mês de junho, recebe milhares de fiéis para os festejos dedicados ao Padroeiro São João Batista. O São João da cidade, já chegou a ser um dos maiores do Nordeste brasileiro, mas vem caindo nos últimos anos, e perdendo muitos turistas para o São João de Mossoró, município vizinho que tem hoje o 3º (terceiro) maior São João do país.

Chapada do Palheiro

Trilhas pelas grutas e cavernas da Lagoa do Piató. Lagoa do Piató, que já foi o principal eixo da economia do vale do Açú, deixou de receber água do rio Piranhas/Açú com a conclusão da Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, em 1983, no município de Assú.

Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, foi construída pelo DNOCS, forma o Açude Açú, o segundo maior reservatório de água construído pelo DNOCS, com capacidade de 2,4 bilhões de metros cúbicos. Está localizada no Rio Piranhas (também chamado Rio Açú), 6 km a montante da cidade de Assú, no Rio Grande do Norte.

Praça São João Batista, já foi a mais bela praça do Rio Grande do Norte, foi perdendo a sua 'importância' aos poucos por falta de investimentos; mas ainda é um grande ponto de encontro dos jovens da cidade. É lá que ocorre o maior são joão do mundo, organizado pela prefeitura da cidade.

HINO DE ASSU
Letra e música da poetisa e musicóloga assuense, MARIA CAROLINA WANDERLEY CALDAS (SINHAZINHA WANDERLEY)

Qual um canto harmonioso
Das aves, pelo ramado
A minh´alma te festeja
Meu Assú, idolatrado.

Estribilho

Torrão bendito hei de amar-te
Dentro do meu coração
Salve, Assú estremecido,
Salve, salve ó meu sertão.

Palmeiral da minha terra
As várzeas cobrindo estás
Tu que és útil pelo inverno
E pela seca ainda mais.

Valoroso, florescente,
Em face dos mais sertões
Hão de erguer-te o nosso esforço
Nossos bravos corações.

Fontes:
Colaboração de Ademar Macedo
Sobre a cidade
Wikipedia
Wikimapia LinkPrefeitura Municipal de Assu