quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

I Concurso de Trovas "Memorial Luiz Otávio" da Delegacia de Arapongas/PR (Resultado Final)


NACIONAL/INTERNACIONAL

VETERANOS

Tema: Irmão

Vencedores:

1º Lugar:

Não me importa qual o gene,
pois se há respeito e afeição,
um estranho que me acene
eu já chamo “ meu irmão”.
José Henrique da Costa 
(Magé/RJ)

2º Lugar:

Caminhar na solidão
é sina que já rompi.
De sangue, não tenho irmão,
mas tenho o irmão que escolhi.
Eliana Ruiz Jimenez 
(Balneário Camboriú/SC)

3º Lugar:

Quem limpa o espelho da vida
com as lãs do coração
vê, na imagem refletida,
o rosto de seu irmão.
Roberto Resende Vilela 
(Pouso Alegre/ MG)

4º Lugar:

A todo irmão abro a porta,
sem que exigências lhe faça,
pois nesta vida o que importa
é saber amar de graça.
Edweine Loureiro da Silva 
(Saitama/Japão)

5º Lugar:

Os anjos dizem amém
quando irmão ajuda irmão,
pois a prática do bem
sobe ao céu feito oração.
Dulcídio de Barros Moreira Sobrinho 
(Juiz de Fora/MG)

6º Lugar:

Se ele tem meu sangue ou não,
que me importa? - Antes bendigo
a adoção do meu irmão,
que, hoje, é o meu melhor amigo!!!
Maria Madalena Ferreira 
(Magé/RJ)

7º Lugar:

De nosso encontro, a união,
que em nossa vida se deu:
dentre os amigos, o irmão
que o amor fraterno escolheu.
Eliana Ruiz Jimenez 
(Balneário Camboriú/SC)

8º Lugar:

Olho, de modo profundo,
aquilo que Deus me deu;
na família vejo o mundo...
e no irmão um outro “eu”.
Roberto Resende Vilela 
(Pouso Alegre/MG)

9º Lugar:
Trovador, meu bom irmão,
a Trova é a nossa alegria
e o meu e o teu coração
têm a mesma sintonia!
José Antonio de Freitas 
(Pitangui/MG)

10º Lugar:

Não basta dar a comida,
um agasalho, um colchão;
o que importa em sua vida
é trata-lo como irmão.
Marina Gomes de Souza Valente 
(Bragança Paulista/SP)
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NACIONAL/INTERNACIONAL

NOVO TROVADOR

Tema: Lição

Vencedores:

1º Lugar:

A lição da minha história,
é a grande crença na fé.
Entre derrota e vitória,
me mantive sempre em pé!
Rosa Maria Gomes Mendes 
(Rio de Janeiro/RJ)

2º Lugar:

Mestra Vida às vezes falha
ao ensinar a lição
e ao aluno ela atrapalha
pois nunca faz revisão.
Janilce Caldas Ananias Simões 
(Campos dos Goytacazes/RJ)

3º Lugar:

Cada lição ensinada
pelas durezas da vida
não será reaproveitada
já que nunca é repetida.
Janilce Caldas Ananias Simões 
(Campos dos Goytacazes/RJ)

4º Lugar:

A vida nos dá lição
bem difícil de aprender...
Por que é que meu coração
não consegue te esquecer?
Maria do Carmo M. Zerbinato 
(Niterói/RJ)

5º Lugar:

Hoje recordo sereno...
A lição que eu aprendi...
De grande, me fiz pequeno...
Com humildade: - Venci!
Luzimagda D. M. Ramos da Fonseca 
(Juiz de Fora/MG)

6º Lugar:

Tudo na vida é lição
e o Criador nosso Mestre.
Buscamos a redenção
na vida escolar terrestre.
Valter Rodrigues Mota 
(Taubaté/SP)

7º Lugar:

A dor é triste lição
neste mundo tão medonho,
quero buscar proteção
no refúgio do meu sonho.
Marco Fietto 
(Juiz de Fora/MG)

8º Lugar:

O nosso amor decantei
em feitio de oração,
porém, ruiu - eu bem sei,
mas me valeu a lição.
Vera Lúcia Esteves da Silva 
(Fortaleza/CE)

9º Lugar:

Quando o que se espera é incerto
e paira entre o sim e o não
ouça-me, pois sei que acerto:
- Tudo o que ocorre é lição!
Nelson de Souza 
(Atibaia/SP)

Comissão Julgadora:
Antonio Augusto de Assis
Janske N. Schlenker
Pedro Melo
Vanda Fagundes Queiróz
Coordenação: Andréa Motta
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ESTADUAL (PARANÁ)

VETERANOS

Tema: Gato

Vencedores:

1º Lugar:

Defendei, meu São Francisco,
os cachorrinhos e os gatos.
Protegei-os contra o risco
do abandono e dos maus-tratos.
A. A. de Assis 
(Maringá)

2º Lugar:

Bobagem grande, de fato,
que o meu bom senso rejeita...
Mas que inveja dá-me o gato
que no teu colo se deita!...
A. A. de Assis 
(Maringá)

3º Lugar:

A menina, de tal jeito,
pega no colo o gatinho,
que a cena é um quadro perfeito
de inocência, amor, carinho!
Vanda Fagundes Queiroz 
(Curitiba)

4º Lugar:

O meu gato é meu amigo...
Em casa, na falta dela,
assiste a T V comigo,
do futebol à novela.
Dari Pereira 
(Maringá)

5º Lugar:

Eu quisera ser um gato,
ronronar em teu caminho,
assim verias de fato
quão imenso é o meu carinho!...
Sônia Maria Ditzel Martelo +
(Ponta Grossa)

6º Lugar:

Confesso quanto sou grato
ao meu pequeno bichano,
quando vejo cão e gato
mais fiéis que um ser humano...
Vanda Fagundes Queiroz
(Curitiba)
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ESTADUAL (PARANÁ)

NOVO TROVADOR

Tema: Cão

Vencedores:

1º Lugar:

Pobre cachorro sem raça,
vive na rua sem teto,
abana o rabo sem graça
na busca de lar e afeto.
Madalena Ferrante Pizzatto
(Curitiba)

2º Lugar:

Já nos disseram que o cão
é companheiro e é amigo;
me entristece o coração
se o encontro sem abrigo.
Osires Haddad 
(Curitiba)

3º Lugar:

Quando falo em amizade,
uma verdade eu te digo:
com extrema lealdade,
o cão é um fiel amigo.
Madalena Ferrante Pizzatto 
(Curitiba) 

4º Lugar:

Não pense jamais que é um chiste,
ou que à loucura concorro,
quando eu lhe disser que existe
a doce alma de um cachorro.
Nilsa Alves de Melo 
(Maringá)

5º Lugar:

É comum, em residência,
Ter a proteção de um cão;
por vezes sem assistência,
de teto e alimentação!
Odenir Follador 
(Ponta Grossa)

Comissão Julgadora:
Lisete Johnson
Delcy Canalles
Marilene Bueno
Gislaine Canales
Flávio Stefani
Coordenação: Flávio Stefani

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Hélio Pedro Souza (Ramalhete de Trovas)


Água que chora na fonte,
sentindo ausência de afago,
se encoraja, desce o monte,
busca o carinho do lago.

Ainda lembro a estação,
lindas flores... Primavera...
O trem levando a paixão
e alguém sofrendo na espera.

Alvorada no horizonte,
surge Sol abrasador,
eterna e perene fonte
de vida, luz e calor.

A mãe terra está ferida,
são tantas chagas expostas,
a natureza agredida
se vinga dando respostas.

A nossa cara-metade
em adeus, na despedida,
deixa um rastro de saudade
que dura por toda vida.

Ao invés das discussões
por queixas de nossas lavras,
silêncio... Meditações...
Valem mais que mil palavras.

Aos pedacinhos de afeto
juntei plumas de carinho;
daí nascendo o projeto
eu e você, um só ninho.

A propaganda é no grito:
“Meu produto é de primeira!”
Galinha, porco, cabrito...
de tudo se vê na feira.

Das lembranças do passado,
em velho baú achei
o retrato desbotado
daquela que sempre amei.

Defronte o silente monte,
só se escuta a melodia
do rumorejar da fonte
na mais completa harmonia.

Em tempos tão conturbados
onde o crime faz costume,
valores mais ajustados
somente a família assume.

É perfeita a melodia
que a nada mais se assemelha,
ouvirmos em noite fria
o som da chuva na telha.

É seca e o sol no horizonte
torna a terra ressequida,
mas a pequenina fonte
insiste em manter a vida.

Essas mãos que me afagaram,
dando carinho e guarida,
são as mesmas que acenaram
no instante final da vida.

Família desajustada
aponta o endereço certo:
onde droga faz morada
e o crime ronda por perto.

Há velho que a mocidade
ainda nele perdura,
e jovem que em tenra idade
é velho em sua postura.

Lembro a infância, nos sertões...
Um chão forrado de esteira,
onde ouvi recitações
de cordéis à noite inteira…

Meu pensamento vagueia
e esbarra em enigma inverso:
ser a terra um grão de areia
ante o esplendor do universo.

Na família, os dissabores,
que causam tantos queixumes,
vêm da inversão de valores
e perdas dos bons costumes.

No picadeiro da vida
às vezes somos palhaços:
com atitude fingida
maquiamos os fracassos.

Nos olhos da mãe o brilho,
no rosto um sorriso farto;
como prêmio, vê seu filho,
que chora depois do parto.

Numa singela palhoça,
uma família roceira
senta, reza e até almoça
sobre as palhas de uma esteira.

O pôr-do-sol no horizonte,
com seus raios, me seduz
e eu vejo por trás do monte
uma cascata de luz.

Quando em suas águas me vi,
dei-me conta, estava vivo;
em seu lago descobri
a paz como lenitivo.

Quem no início de carreira
quer resposta imediata;
lembre-se que a corredeira
nem sempre chega à cascata.

Sofre do velho à criança,
morre o gado e a plantação;
só não fenece a esperança,
quando há seca no sertão.

Sua estada foi tão breve,
vendo-a, meu peito doía;
não matando, nem de leve,
a saudade que eu sentia.

Todo amor que a ti proponho,
com ternura e com carinho,
faz parte de um grande sonho,
construção de nosso ninho.

Uma brisa que alivia
suavemente o calor,
é um sopro que Deus envia,
num simples gesto de amor.

Um alçapão que alguém deixa,
ao prender um passarinho,
sequer o dono ouve a queixa
dos órfãos que estão no ninho.

Um triste adeus e a partida...
Teu lenço acenando ao cais
são sombras da despedida
que hoje alimentam meus ais.

Vou vencer a timidez,
amar-te eu irei sem medo;
te conquisto e, desta vez,
desvendarei teu segredo.