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sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Estação 3 (Eventos Culturais 6 e 7 de Agosto, em Guarulhos/SP)
Monteiro Lobato (Viagem ao Céu) XIV – A Via-Láctea
Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 284)
Textos enviados pelo Autor
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Aviso a Todos Trovadores
Aproveitem este espaço para mostrar os seus textos para as velhas e novas gerações. O espaço é seu, associado da UBT SP ou assinante do informativo, aproveite!
Não deixe que as trovas caiam no esquecimento, mantenhamos acesa a sua chama.
Envie suas trovas para J. B. Xavier, em http://www.ubtrova.com.br/contato.php
Participe! Divulgue! Deixe gravado o seu nome nas páginas de nossa história!
Obs: Site restrito aos associados da UBT São Paulo ou assinantes do informativo da UBT SP.
Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 283)
Uma Trova Potiguar
Quero paz, mão estendida,
carinho, amigos e enfim,
a escolha de amar a vida
e ser amado, por fim ...
–FABIANO WANDERLEY/RN–
Uma Trova Premiada
2007 - Porto Alegre/RS
Tema: NAU - Venc.
No mar revolto da vida,
mesmo sem ter o roteiro,
sei que não sou nau perdida
porque Deus é o timoneiro.
–THEREZINHA DIEGUES BRISOLLA/SP–
Uma Trova de Ademar
Eu que já nasci Poeta,
digo-lhe nesta obra prima:
meu coração só se aquieta
depois que eu faço uma rima!
–ADEMAR MACEDO/RN–
...E Suas Trovas Ficaram
Se a seca nos traz a mágoa,
seca total não existe:
- sempre cai um pingo d`água
dos olhos de um povo triste.
–APRYGIO NOGUEIRA/MG–
Simplesmente Poesia
Metade de Mim
–GISLAINE CANALES/SC–
Endosso as palavras do Poeta,
que disse como ninguém:
“Porque metade de mim é amor,
e a outra metade... Também“.
Minhas duas metades
se completam,
formando um todo de amor!
Metade de mim ama o Sol,
a outra metade ama a Lua...
Metade de mim ama a noite,
a outra metade ama o dia...
Metade de mim, ama a prosa,
a outra metade, a poesia!
Estrofe do Dia
Por capricho a doença me invade
me roubando a coragem, a força, a Fé,
tudo quanto eu sinto sei que é
consequência do peso da idade.
O meu corpo não tem agilidade,
para mim não existe mais saída,
só Jesus e Maria concebida
poderão este quadro reverter;
só se eu fosse maluco pra não ter
a certeza que estou no fim da vida.
–CHICO MOTA/RN–
Soneto do Dia
Amor-Próprio Ferido
–JOSÉ ANTONIO JACOB/MG–
Anos e anos eu sinto as invejosas
Pontadas de ciúmes no meu peito
Ao recitar poesias primorosas
Com versos que eu queria tê-los feito.
Ah! Deus! Eu trago em mim as rancorosas
Mágoas, e uma coroa de despeito
Das alheias estrofes luminosas
Que leio na penumbra do meu leito.
Mas, ainda tenho uma frase que alimenta
A vingança da dor que me restou...
Caio em delírio e a minha febre aumenta.
E o espectro de loquaz, que acho que sou,
Murmura um verso que a demência inventa
Para um amor que nunca me escutou.
---
Fonte:
Textos enviados pelo Autor
Montagem da Trova Nacional com fotos por J. B. Xavier e José Feldman
Apollo Taborda França (Encantos de Guaratuba)
Concursos da UBT São Paulo 2011 (Resultados Finais) 2a. Parte
CONCURSO ASSOCIADOS DA SEÇÃO SÃO PAULO – SP
VENCEDORES
Tema: Fornalha
CONCURSO HUMORÍSTICO ASSOCIADOS DA SEÇÃO SÃO PAULO – SP
Tema: Forró
VETERANOS E NOVOS TROVADORES
Fontes:
Revista "Concursos UBT São Paulo - 2011"
Fotos: José Feldman
UBT Seção São Paulo (Homenagem aos Pais)
Fonte:
http://www.ubtrova.com.br/visualizar.php?idt=3136563
Millôr Fernandes (Poesia Matemática)
Fonte:
Texto enviado por Efigênia Coutinho.
Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 282)
Monteiro Lobato (Viagem ao Céu) XIII – Proezas da Emília em Marte
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 281)
Meu quadro, na realidade,
se mostra pintado assim:
eu fugindo da saudade...
E saudade atrás de mim!...
–MARISA RODRIGUES FONTALVA/SP
Uma Trova Potiguar
Muito mal desperta o dia
e eu aqui já estou desperto:
Noite de amor e poesia...
Não fui ao céu, mas, fui perto!
–FRANCISCO MACEDO/RN–
Uma Trova Premiada
2007 - Porto Alegre/RS
Tema: CAIS - Venc.
De esperas fiz meu passado...
E compondo a vida assim,
tornei-me um barco ancorado
no cais do porto de mim...
–MARISA VIEIRA OLIVAES/RS–
Uma Trova de Ademar
Nem no Câncer... Senti dor,
e a “Gregrena” foi banida...
Ninguém foi mais vencedor
do que eu já fui nesta Vida!
–ADEMAR MACEDO/RN–
...E Suas Trovas Ficaram
Angústia é isto: este anseio,
pássaro aflito, doente.
Nem se sabe de onde veio
pra sofrer dentro da gente!
–VERA VARGAS/PR–
Simplesmente Poesia
Metapoema
–J. LUZ/RN–
A poesia anda sufocada
num livro compacto
em banca de jornal.
A poesia anda envelhecida,
exposta no silêncio entre poeiras
da biblioteca pública.
A poesia anda adoentada,
diuturnamente dissecada como corpo
em biopsia acadêmica.
O poema perdeu o verso,
o verso perdeu o metro
e o metro perdeu a rima;
o poema aboliu o ritmo.
O poeta expurgou a emoção.
O poema virou notícia
e perdeu a poesia.
O homem ficou menor
e o universo, maior.
O cotidiano esmaecido,
sem cor e olor.
Falta ética.
Falta estética.
Falta poesia.
Falta o homem ético e poético.
Falta o poeta...
Estrofe do Dia
Plantei um pé de uva
dentro de uma panela,
coloquei numa janela
da casa de uma viúva;
de noite veio uma chuva
com relâmpagos e trovão
e um forte furacão
arrebentou a janela,
torou no meio a panela
e a terra caiu no chão.
–BELARMINO DE FRANÇA/PB–
Soneto do Dia
Carência
–THEREZA COSTA VAL/MG–
Vagando pelas ruas, o menino,
sem esperança, sem palavra amiga,
não sabe o que esperar de seu destino
nem sabe se algum dia a paz consiga.
Conhece o sofrimento, o pequenino:
a dor, o desabrigo, o mal, a intriga,
e a fome sempre o traz em desatino...
E por viver com fome, ele mendiga.
Pobre criança entregue à própria sorte
que a vida leva em luta contra a morte,
seguindo o que, da rua, a lei ordena!
Como ser bom se a sorte não ajuda!...
Ele só quer, na sina que não muda,
ganhar de alguém carinho...Em vez de pena!
Textos enviados pelo Autor
Fonte da Imagem = http://eaobranasce.blogspot.com/
Selma Patti Spinelli fala de Octávio Babo Filho
Quando a Livraria Freitas Bastos lançou a Coleção Trovas e Trovadores, o nosso Trovador em Foco de hoje já aparecia no vol. 7 com seu Cantiga das horas vagas; e depois publicaria o seu Ao correr das horas. Estou falando de Octávio Babo Filho, ilustre carioca de uma família ilustre.
Ele pertenceu à velha guarda da Trova, com todo o nosso respeito: nasceu em 20 de julho de 1915 e nos oitenta e sete anos bem vividos, foi, não só, o ilustre advogado do Fórum do Rio de Janeiro, mas querido cancioneiro popular, tendo suas músicas entoadas não só no Rio, mas no Brasil.
Quem já não cantou essa valsa natalina:
Na janela do quintal.
Papai noel deixou
Meu presente de natal.
Como é que papai noel
Não se esquece de ninguém
Seja rico ou seja pobre
O velhinho sempre vem!
Pois é! Mesmo gozando de grande prestígio, seja como advogado ou como artista, Octávio Babo Filho era, no dizer dos que o conheciam bem, verdadeiramente um simples. E essa simplicidade o impedia muitas vezes de fazer Trova, tarefa que ele considerava das mais difíceis!
Até... que em 1960 desencabulou: foi classificado entre os dez primeiros colocados do I Jogos Florais de Nova Friburgo; e isso lhe abriu o caminho definitivo do sucesso na Trova. Eis a premiada:
Como custa querer bem,
Quanta gente gostaria
De não gostar de ninguém.
Ao lermos suas Trovas, podemos constatar que o conteúdo de suas mensagens revela muito de sua vida profissional de cidadão preocupado com a Justiça.
defendendo injustiçados.
- É que o vento da maldade
sopra de todos os lados.
Por que será que você,
tendo os defeitos que tem,
os seus defeitos não vê,
vendo os dos outros tão bem?
A facilidade imensa
com que os homens são julgados
simboliza bem a crença
de sermos todos culpados.
Nascemos sentenciados:
Os que vierem se vão.
E nem somos informados
do dia da execução...
Mas quando o conteúdo, não há dúvidas que seu tema mais presente é Mulher, a qual reverencia com carinho e algum temor, e também com uma certeira ironia:
tem um encanto qualquer.
Não tendo, é o que a gente vê
naquela que a gente quer.
Gosto de moça formosa,
sabendo embora o perigo
- Eu não desprezo uma rosa,
temendo o espinho inimigo...
A mulher sempre as mulheres
na pobre história de um homem:
A primeira me deu vida,
mas as outras me consomem...
Protegido pelo manto da modéstia, como se pode ver nestas Trovas:
mau poeta ah, isto sim!
Conheço e digo onde mora:
bem aqui... dentro de mim.
Nunca porfia de dois,
eu chego sempre em segundo.
Mas não reclamo depois:
há sempre um lugar no mundo.
... o nosso Trovador usa o refúgio do sonho, outro tema bastante presente, e que nos traz essas visões:
deles precisamos tanto!
Mudam pensares tristonhos
e secam fontes de pranto.
Teus encantos, criatura,
mexeram tanto comigo
que eu vivo da desventura
de sonhar sempre contigo...
Dormindo eu me disponho
alcançar o que desejo,
pois sem dormir eu não sonho
e sem sonhar não te beijo.
Penetrei fundo demais
no poço das ambições.
Vejo, agora, o mal que faz
um sonho sem proporções.
Homem religioso, sua Fé se manifesta em Trovas como esta:
traz tanto alento à minha alma
que, dentro da tempestade
sinto a natureza calma!
... mas interessante notar que é justamente no tema Fé que encontramos o mais sentimental lírico e apaixonado:
pela graça, que me deu,
de me sentir, quando passas,
dono do que não é meu.
Os santos de antigamente
só foram santos, porque,
conhecendo tanta gente,
não conheceram você...
Não lhe adivinhando o nome,
batizei-a de Maria.
E o remorso me consome:
nunca vi tanta heresia!
Não encontrei Trovas propriamente humorística na obra de Octávio Babo Filho; encontrei sim, um fina ironia ao brincar com temas profundos:
a respeito do seu dia,
não creio que nos matasse:
a gente é que morreria...
Se querer fazer mistério
de coisas tão triviais:
- É na paz do cemitério
que vivem todos em paz...
Enquanto os povos discutem
a teoria da paz,
os mais fracos se desnutrem
e os mais fortes comem mais...
... ironia sábia, a que transparece de um poeta que, acima de tudo, é um homem de bem com a vida:
quem vive sempre contente:
- A felicidade alheia
também faz feliz a gente.
As desventuras da vida,
eu não as conto a ninguém,
pois mágoa, que é transmitida,
se multiplica por cem.
Escolhi Octávio Babo Filho para resgatar uma característica que muito preza nas Trovas.... a simplicidade, da forma e o dizer o que pensa. Sem dúvida, tarefa difícil, mas não quando se é verdadeiro.
mas simples sabedoria:
convém fazer da Verdade
o esteio de todo dia.
Selma Patti Spinelli é presidente da União Brasileira dos Trovadores/ Seção São Paulo
Fonte:
UBT SP