sexta-feira, 26 de abril de 2024

Therezinha D. Brisolla (Trov" Humor) 27

 

Mensagem na Garrafa = 113 =

Imagem obtida por JFeldman com IA Microsoft Bing

Antero Jeronimo
Lisboa/Portugal

Se um dia, sem opção, precisares fechar a porta
certifica-te que deixas um sorriso sereno nesse libertar.
Um cantinho na casa que ficará por ocupar
mas que de tão preenchido com o teu vazio, 
jamais caberá em um outro lugar.
Não terás habitado o espaço em vão
ocupas espaço em um outro coração 
almas gémeas bafejadas pela vida em feliz benção.
Certifica-te que fechas a porta devagar, de mansinho
antes de continuares a fazer o teu caminho. 
Sê apenas em essência, não menos que isso
sentirás esse momento em grato deslumbramento
mesmo que role uma furtiva lágrima de emoção. 
Não te diminui, só te vai acrescentar
sê apenas verdadeiro quando outra alma conseguires tocar.

Fonte> Facebook do poeta

Antonio Brás Constante (Sozinho em casa...[Liberdade ou prisão?])

Ficar sozinho em casa nem sempre é muito fácil para quem já constituiu uma família. A esposa e os filhos vão para praia e você fica inteiramente sozinho em sua morada, já que a temporada de praias é maior que suas férias. Muitos dizem que este é um momento de liberdade. Mas às vezes, os fatos dizem outra coisa.

A pior parte de se ficar sozinho é o nosso “eu” interior, que teima em querer ter conosco os tais “papos cabeça”, justamente quando sentamos na frente da televisão com nosso copo de cerveja. Você tenta convencê-lo a esperar a hora dos comerciais, mas ele conhece-o muito bem, afinal está dentro de você. E não lhe deixa em paz até pararem para conversar. Uma auto-reflexão indesejada sobre sua vida. Fazendo-o pensar que morar sozinho consigo mesmo, é uma tortura.

Além de ter que dividir o espaço com sua “consciência”, ainda tem as tarefas do lar para executar. Por exemplo: Todo dia passa várias vezes pela pia, e a encontra cada vez mais cheia de louça suja. Você faz uma carranca para aquele amontoado de copos, pratos, panelas e talheres. Na esperança de intimidá-los e persuadi-los a se lavarem sozinhos, e depois irem se alojar em suas devidas gavetas. Com seus filhos esse procedimento quase sempre funciona. Uma olhada séria é o suficiente para eles irem tomar banho e se deitar. Mas a louça não parece muito incomodada com suas rugas de preocupação e fica ali como se o assunto não fosse com ela.

Outro problema é a TV. Não consegue ficar mais do que dez segundos olhando um mesmo programa. Nestas horas sua esposa funcionava como um moderador, que após a terceira mudança de canal lhe xingava e mandava por na novela. Agora sozinho você fica resmungando para si mesmo, mas não adianta. Viaja por todos os canais umas dez vezes e desiste da televisão.

Resolve procurar seus chinelos, mas as coisas ao seu redor parecem se esconder de você. Não encontra nada. Só achou o controle remoto porque sua esposa conseguiu convencê-lo a deixa-lo sempre em um mesmo lugar. Tal ideia lhe faz pensar se isto não seria o mesmo processo de adestramento utilizado em cães, mas acha melhor esquecer essa linha de pensamento.

No caso da comida a situação é bem mais tranquila, já que inventaram as tele-entregas. Sua dieta alimentar passa a ser à base de pizza, xis e cachorro-quente. O vestuário também é escolhido de forma casual. Você vai passando pelas roupas jogadas pelo chão, e as que ficarem presas aos seus pés acabam sendo escolhidas para vestir.

E assim as noites vão passando (já que os dias são propriedade de sua empresa). Fica a perambular pela casa feito uma alma penada, procurando imaginar que espécie de liberdade é esta que lhe torna escravo da solidão. Por fim sua família volta, ou suas férias chegam, e você parte alegre e feliz ao encontro de sua prisão.

Vasco Mousinho de Quebedo (Poesia sem fronteiras) = 2


SONETO X

Quais no soberbo mar à nau, que cansa
Lidando c'os assaltos da onda e vento,
Os Bálios* irmãos do Etéreo assento
Lhe confirmam do porto a esperança,

Tal vossa vista ao tempo, que se alcança
Desta, que não tem mor contentamento,
No mar de meu cuidado e meu tormento
Mil esperanças cria de bonança.

Comparação, conforme a causa, ufana,
Pois quando um me aparece, outro se esconde,
Como no Céu faz u'a, e outra estrela.

Iguais também no Amor, que em vós responde
Também no desamor da Irmã Troiana,
Que ambos vos conjurais em ódio dela.
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Bálios = Na mitologia grega, Xantos e Bálios eram dois cavalos sendo imortais, filhos do deus-vento Zéfiro e da harpia Podarge. Xantos e Bálios foram presenteados a Peleu, pai de Aquiles, por Poseidon, em seu casamento. 
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SONETO XI

Lá nua estranha e solitária terra,
De gente e nação bárbara habitada,
O metal nobre não se estima em nada
Que embalde seu valor e preço encerra.

Ouro, com que se arreia e move guerra
A corações, a Dama delicada,
Serve lá de grilhão, que em apertada
Corrente a malfeitores fecha e cerra.

Nasce esta confusão e diferença
Do muito que uns o seu valor alcançam,
E do pouco que de outros se conhece.

Julguem do Sol, e sua glória imensa
Os olhos d'Águia, já que todos cansam,
Que só para tais olhos resplandece.
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SONETO XV

Triste do que em tristeza passa o dia,
Feliz porém, se a passa, e enfim lhe passa,
Mas quem ventura teve tão escassa
Que em nada ache prazer nem alegria.

Nos ais, alívio tem quem n'alma os cria,
A quem em trevas vive, a luz dá graça,
Há quem do fogo e Sol se satisfaça,
E quem se satisfaça d'água fria.

Restaura o ar, na calma, o fraco alento,
Conforta o cheiro de u'a flor suave,
Convida a sombra, a erva a grato assento,

Suspende da Ave o canto a pena grave;
Ai que não aliviam meu tormento
Ais, luz, Sol, fogo, água, ar, flor, sombra, erva, Ave.
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SONETO XVI

Já tramontado o Sol do assento puro,
Debuxadas se veem no claro rio
As seis filhas de Atlante pelo estio,
Cobre-se Electra, só, de um manto escuro.

Já que com tanto risco me aventuro,
E sou tachado por escuro e frio,
Mostrem-se todos, que eu num só desvio
De vergonha escondido estar procuro.

Mas bem sabeis, engenho ilustre e nobre,
Que inda que o lavrador bárbaro veja
Que não são mais que seis estas estrelas,

O Astrólogo sábio, que descobre
Mais avante e co'a vista além peleja,
Diz que são sete, esconde-se u'a delas.
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SONETO XVIII

Quem quiser que seus ais o vento leve,
Quem quiser levantar nas águas torre,
Quem semear nas praias onde morre
E onde jamais ser o trigo teve.

Morra por vós, que na constância breve
Sois como folha, que c'o vento corre
Só constante em meu mal, porque me forre
De cuidar que sereis 'té nisto leve.

Suspiros de minha alma a quem vos dei,
Dei-vos suspiros meus ao leve vento?
Que foi de vós ó lágrimas cansadas?

Assaz pago fiquei com meu tormento,
Já que outro bem por vós não alcancei,
O bem me fica de vos ter choradas.
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SONETO XIX

Qual mísera Calisto, quando atenta
Que abrindo o dia vão ao largo estanho
As mais estrelas a seu doce banho,
Só com seu Plaustro só ficar lamenta,

Tal, quando me a memória representa
Banharem-se outros nesse mar estranho,
De graças mil gozando bem tamanho,
A falta dessa glória me atormenta.

E como inda que irada Juno a tolha
Descer ao mar, não deixa em noite clara
Ferir nele seus raios do alto assento,

Assim, por mais que a sorte em tudo avara
Para si deste corpo a parte escolha,
Livre, porém, me fica o pensamento.

Fonte> http://www.sonetos.com/biografia.php-a=39.htm (site desativado). Acesso em 15.01.2016

Eduardo Martínez (Tempos de menino)

Ainda me lembro de quando passava meus dias de menino no sítio do tio Joca, em Carolina, no Maranhão. Após tantos anos, eis que aqui estou defronte daquela largo e profundo rio que banhou minha infância e, para meu espanto, deparo-me com um riacho. Para onde teria ido aquela enormidade de água? 

— Mas, Cássio, é o mesmo córrego - tio Joca tenta me convencer.

Incrédulo, olho ao redor. Até as árvores não me parecem tão grandes. Nem mesmo o jequitibá logo adiante. Tudo parece querer me impor uma realidade que não é a que guardo na memória. Teimoso que sou, fecho os olhos e volto a ouvir o som da correnteza, enquanto meus pés, agora novamente descalços, correm pela sua margem.

Cato uma pedra lisa e a arremesso. Ela, quase disco voador, rente à superfície, toca a água uma, duas, três, quatro vezes, até que, lá bem no fundo daquela imensidão, se torna submarino. Ao seu redor, piabas se fazem de tubarão.

Ouço o ronco de um bugio. Viro o rosto e meus olhos de menino avistam um enorme gorila no topo da árvore logo atrás. Magnífico, magnânimo. Nem o grupo de macacos-prego adiante podem com ele. Assustados, fogem saltando de galho em galho, até se perderem na vastidão da floresta. 

— Cássio?

— O quê, tio?

— Você está bem?

— Sim.

— Já te chamei três vezes.

— Desculpe.

— Vamos, que já estou sentindo o cheiro do almoço daqui. 

Acompanho meu tio, mas meu pensamento ainda está bem distante. Que saudade que sinto do menino que fui, repleto de imaginação.

Fonte> Blog do Menino Dudu – 24.04.2024

Recordando Velhas Canções (Como nossos pais)


Composição: Belchior

Não quero lhe falar, meu grande amor
Das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo

Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto
É menor do que a vida de qualquer pessoa

Por isso, cuidado, meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado pra nós
Que somos jovens

Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço
O seu lábio e a sua voz

Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantada como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento cheiro de nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração

Já faz tempo, eu vi você na rua
Cabelo ao vento, gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança é o quadro que dói mais

Minha dor é perceber
Que apesar de termos feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como os nossos pais

Nossos ídolos ainda são os mesmos
E as aparências não enganam, não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém

Você pode até dizer que eu tô por fora
Ou então que eu tô inventando
Mas é você que ama o passado e que não vê
É você que ama o passado e que não vê
Que o novo sempre vem

Hoje eu sei que quem me deu a ideia
De uma nova consciência e juventude
Tá em casa guardado por Deus
Contando o vil metal

Minha dor é perceber
Que apesar de termos feito tudo, tudo, tudo o que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como os nossos pais
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A Reflexão de Elis Regina sobre Tradição e Mudança em 'Como Nossos Pais'
A canção 'Como Nossos Pais', interpretada pela icônica Elis Regina, é uma obra que transcende o tempo com sua mensagem reflexiva sobre a vida, as escolhas e a busca por identidade. Composta por Belchior, a música se tornou um dos maiores sucessos na voz de Elis, marcando a música popular brasileira com sua poesia e melodia envolvente. A letra fala diretamente ao coração, abordando a relação entre as gerações e a inevitável comparação entre os sonhos e a realidade vivida pelos jovens da época e seus pais.

A música inicia com uma conversa íntima, onde o eu-lírico decide compartilhar suas experiências de vida ao invés de lições aprendidas em discos. Há um reconhecimento de que viver plenamente é mais significativo do que apenas sonhar, e que o amor, apesar de ser valioso, não é o único componente da existência. A canção alerta para os perigos e desafios que a juventude enfrenta, simbolizados pela 'esquina' e pelo 'sinal fechado', metáforas para as restrições e limitações impostas pela sociedade e, talvez, pelo regime político da época.

O refrão é um lamento sobre a repetição de padrões, onde, apesar dos esforços e mudanças, ainda se vive como as gerações anteriores. A música critica a idolatria de figuras do passado e a resistência às novidades, sugerindo que a renovação é essencial e inevitável. A dor expressa na letra é a de reconhecer que, mesmo com as lutas e conquistas, muitas vezes as estruturas e mentalidades permanecem as mesmas. 'Como Nossos Pais' é um convite à reflexão sobre o que herdamos, o que repetimos e o que temos o poder de transformar em nossas próprias vidas.

Estante de Livros (“Contos Orientais”, de Marguerite Yourcenar)

Coletânea de contos que formam uma obra única na carreira de Marguerite Yourcenar. Baseados em lendas, fábulas, superstições de origem oriental - guardadas nas memória da autora e recriadas livremente - os contos lembram o fascínio do Oriente no cenário, no estilo, nos personagens.

Escritos ao longo dos anos que antecederam a eclosão da Segunda Guerra, estes Contos tornam patente a tentação oriental a que sempre Marguerite Yourcenar tem, de algum modo, sido sensível e, tanto pelo cenário em que se desenrolam como pelo estilo e o espírito que os habitam, sugerem as vias de acesso a uma harmonia e uma musicalidade próprias de outras paragens.

Da China à Grécia, dos Balcãs ao Japão, o conjunto de fábulas e lendas que constituem os Contos Orientais remete o leitor para o espaço insituável onde o sonho e o mito fazem ouvir, em cada narrativa, a sua estranha e obsessiva voz.

Invulgares, oníricos, com elementos que vão do sobrenatural ao mito e à lenda, estes contos vão beber a inspiração ao Oriente para daí abrirem as suas asas e conseguirem o que apenas a grande literatura consegue: abarcar o mundo, tocar a universalidade. Um pintor assombrado pelas imagens que cria, um herói traído, uma mãe que cuida do filho recém-nascido após a sua própria morte, uma deusa infeliz… 

Com uma linguagem sublime capaz de desvelar os mais secretos significados, Yourcenar aponta diretamente ao âmago da natureza humana e a noções tão fundamentais como a vida e a morte.

A Salvação de Wang-Fô inspira-se num apólogo taoista da velha China; 

O Sorriso de Marko e O Leite da Morte provêm de baladas balcânicas da Idade Média; 

Kali Decapitada deriva de um inesgotável mito hindu, precisamente o mesmo que, interpretado aliás em moldes completamente diferentes, forneceu a Goethe O Deus e a Bailarina e a Thomas Mann As Cabeças Trocadas. 

Por outro lado, O Homem que Amou as Nereidas e A Viúva Aphrodissia (O Chefe Vermelho, na edição original) têm como ponto de partida pequenas notícias locais ou superstições da Grécia de hoje, ou melhor, de ontem, porquanto a sua redação situa-se entre 1932 e 1937. 

Em contrapartida, Nossa Senhora das Andorinhas representa uma fantasia pessoal da autora, nascida do desejo de explicar o nome singelo de uma capelinha nos campos da Ática. 

Em O Último Amor do Príncipe Genghi, as personagens e o quadro da narrativa foram colhidos não num mito ou numa lenda, mas num grande texto literário do passado, no admirável romance japonês do século XI Genghi-Monogatari, da romancista Mourasaki Shikibu, que relata em seis ou sete volumes as aventuras de um Don Juan asiático de grande estilo. Mas, com uma delicadeza muito característica, Mourasaki «escamoteia» por assim dizer a morte do seu herói e passa do capítulo em que Genghi já viúvo decide retirar-se do mundo para aquele em que o seu próprio fim é um fato consumado. A novela que acabaram de ler pretende, se não preencher essa lacuna, pelo menos permitir imaginar o que teria sido esse epílogo se a própria Mourasaki o tivesse composto. 

O Fim de Marko, narrativa que, desde há anos tencionava escrever, só em 1978 foi redigida. O conto toma como ponto de partida um fragmento de uma balada sérvia que evoca a morte do herói às mãos de um circunstante misterioso, banal e alegórico. 

Em A Tristeza de Cornelius Berg, o protagonista leva uma vida pacata, longe dos áureos tempos em que todos os rodeavam, insaciáveis das empolgantes histórias vividas nos quatros cantos do mundo. Apresenta-se-nos decadente, sem interesses na vida, ignorado pelo mundo. Seu único amigo é um apreciador de flores. Não um verdadeiro amigo, pois apenas o convidava para saber a sua opinião acerca da sua nova joia, vulgo flor. Num destes encontros, Berg relembra o passado e como aquilo que um dia viu e sentiu se distancia do que ele é e sente neste momento.

Pintor de profissão notamos ao longo da leitura o desgaste que a transposição da natureza humana para a tela teve nele. Não mais vê o Homem como um ser belo e derradeira criação divina na Terra. Para ele, este não passa de um devaneio, de uma distração do Supremo, enquanto “moldava” as paisagens do Mundo.
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Marguerite Yourcenar, pseudônimo da escritora francesa Marguerite de Crayencour (1903-1987), Yourcenar é um anagrama de Crayencour, nascida em Bruxelas e que veio a naturalizar-se americana. As suas Memórias de Adriano,1952, tornaram-na internacionalmente conhecida.

Fontes:
Excerto do texto de Tiago Martins para o Clube de Artes e Ideias. 6 janeiro 2008.
Excerto do texto de Ernesto Luz para o Trade Stories

quinta-feira, 25 de abril de 2024

José Feldman (Versejando) 136

 

Mensagem na Garrafa = 112 =

João Batista Leonardo
(Maringá/PR)

UMA ÁRVORE EM NÓS

Intrigante conotação da natureza, num mundo mutante onde a analogia se faz marcante, junto ao nascimento, vivência, morte e continuidade.

A terra é viva e todos nós vivos fazemos parte do seu ciclo, atendendo os seus desígnios e embrenhados numa correlação, certamente intrigante e interessante à análise.

O estudo da natureza me disse que somos iguais à árvore. Analisando com acuidade a afirmação, vejo analogia grande entre nós e a árvore. Temos um princípio no acaso, uma presente vivência e quase um mesmo fim. Vejamos:

As árvores têm raízes fincadas no chão, absorvendo, de acordo com a qualidade do solo, os nutrientes. Raízes que absorvem o sustento, tanto nas árvores resistentes, frondosas, como nas árvores franzinas. Semelhante a elas, temos raízes fincadas no solo da nossa abrangência, onde estão as obrigações, valores e fraquezas. Ali nos sustentamos e sugamos os nutrientes físicos e emocionais, forças mantenedoras da continuidade. Quanto mais rico for nosso solo e nosso conceito, tanto mais forte será nossa árvore.

O tronco da árvore a sustenta contra ventos e tempestades. Assim como ela, nosso tronco nos coloca de pé, resiste às quedas, às doenças e aos percalços. Como ela, nosso tronco, forma e sustenta os galhos.

Os nossos galhos são nossos dependentes familiares, profissionais e materiais. Podem ser mais ou menos fortes de acordo com a qualidade dos tempos vividos. Conceito firmado, na formação da família, no valor econômico conseguido, na reputação pessoal e profissional, primando o mérito na comunidade.

Dos nossos galhos vem a ramagem contendo flores, frutos, sementes e folhas.

As folhas nas árvores refletem sua higidez se verdes ou secas e têm função de relação com o mundo. Nossas folhas mostram nossa aparência física e o nosso mundo de relação, onde aparecem as pessoas, os conhecidos, os amigos e os profissionais. Como na árvore, nossas folhas podem ser pessoas novas, velhas, sadias, doentes, bonitas, feias, boas, más. Na árvore as folhas são benéficas, passam, envelhecem, caem, viram adubo e fortificam o solo. Assim também as pessoas passam, as amizades acabam, os conhecidos e profissionais desaparecem, porém, sempre deixam o adubo de algum ensinamento. É boa a firmação do escritor Mark Twain: “A vida seria muito mais produtiva se pudéssemos nascer com a idade de oitenta anos e gradativamente nos aproximar dos dezoito”.

As flores enfeitam as árvores e embelezam a natureza. Nossas flores representam nossas belezas, qualidades e o festejo da formação dos frutos. Tanto mais flores, tanto mais frutos. Os frutos nos qualificam como produtores, são os resultados da participação efetiva dentro das deliberações tomadas, são os resultados das determinações das opções, são o quinhão de julgamentos.

Como na árvore, nossas sementes produzirão descendentes, filhos e netos, firmando nossa continuidade genética.

Nem toda árvore floresce e frutifica e nem por isso perde méritos. Vale aqui o pensamento de Henfil: “Na árvore, se não houver frutos valeu a beleza das flores; se não houver flores valeu a sombra das folhas, se não houver folhas valeu a intenção da semente”. Analogamente, tantas pessoas não florescem, não frutificam, não colhem as oportunidades, são dependentes, pendurados na sociedade e carentes; no entanto, elas têm muito valor porque se prestam em oferecimento aos que desejam servir e atender o mandamento de Deus.

A árvore que propicia sombra, ar fresco, beleza e frutos, um dia morrerá e ficará por tempo de lembrança com sua carcaça, até que a terra a absorva como alimento. Como as árvores, também morreremos e ficaremos por algum tempo na mente daqueles componentes de nossas abrangências, que são nossos filhos parentes e amigos.

Diferente do homem, a árvore sempre viverá na constância da sua espécie e não mudará. Assim diz o poeta Abu Shakur: “A árvore que produz um fruto amargo, se for alimentada com guloseimas e doces, não mudará sua natureza; produzirá sempre o mesmo fruto amargo, e nele não saboreará nenhuma doçura”. O homem não, desde o mais amargo, o mais rude, quando lhe oferecido a compreensão, a esperança e a oportunidade, pode se transformar numa pessoa boa e aceitável.

Árvore e o homem, uma analogia intrigante. O âmago fisiológico dos seres vivos, a importância da vida de relação e a dependência entre si, glorificam a natureza.

A árvore é imutável, tem tempo e ciclo obrigatório. O homem é mutável, tem arbítrio e com ações transforma os tempos. Ele pode nascer num chão pobre, porém, no exercício do esforço e acatando as boas chances, enriquece o solo e vira árvore frondosa.

Ainda, a árvore nasce, vive, morre e acaba. O corpo humano também, porém a magnânima diferença está na presença da alma junto aos homens, que é eterna e perpetuará num outro tempo muito mais frutuoso e abrangente.

Fonte> Portal do Rigon. 16/07/2017 
https://angelorigon.com.br/2017/07/16/uma-arvore-em-nos/

Dom Pedro II (Cachoeira de Versos)


A IDEIA CONSOLADORA

Vendo as ondas correr para o ocidente,
Corre mais do que elas a saudade,
Mas espero que a minha enfermidade
O mesmo me consinta brevemente.

Com saúde mais lustre dar à mente
É cousa que enobrece a humanidade;
Contudo agora o paga a amizade
Da pátria, e da família, cruelmente;

Mas consola-me a ideia, — que mais forte
Lhes voltarei para melhor amá-los,
Pois mais anos assim até a morte

Eu mostrarei que sempre quis ligá-los
Na feliz, e também na infeliz sorte
Para, amando-os, ainda consolá-los.
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A MEUS NETINHOS IMPRESSORES DE MEUS VERSOS

Versos feitos por mim na mocidade
O mérito só tem sentimento.
Eram, pra assim dizer, um instrumento
Mais que o prazer ecoando-me a saudade.

Pospondo a fantasia sempre à verdade
Melhor encontrei nesta o ornamento
E, no estudo apurando o sentimento,
Quanto tenho a saber disse-me a idade.

É isso o que vos quero eu ensinar,
Amando-vos qual pode um terno avô,
A quem para as suas cãs engrinaldar

Melhor só poderia o que eu vou
Em carícias tão vossas procurar,
Sentindo que de vós inda mais sou.
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À MORTE DO PRÍNCIPE D. PEDRO

Pode o artista pintar a imagem morta
Da mulher, por quem dera a própria vida.
À esposa que a ventura vê perdida
Casto e saudoso beijo inda conforta.

A imitar-lhe os exemplos nos exorta
O amigo na extrema despedida...
Mas dizer o que sente a alma partida
Do pai, a quem, oh Deus, tua espada corta.

A flor de seu futuro, o filho amado;
Quem o pode, Senhor, se mesmo o Teu
Só morrendo livrou-nos do pecado,

Se a terra à voz do Gólgota tremeu
E o sangue do Cordeiro Imaculado
Até o próprio céu enegreceu!
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A VIDA E O BARCO

Andar e mais andar é a vida a bordo;
Mal estudo, e apenas eu vou lendo;
A noite com a música entretendo;
Deito-me cedo, e mais cedo acordo.

Saudosíssimo a pátria eu recordo,
E, pra consolo versos lhe fazendo,
Desenho terras só aquela vendo,
E para não chorar os lábios mordo.

Enfim há de chegar, eu bem o sei,
Que o Brasil eu reveja jubiloso;
E, se outrora eu servi-lo só pensei,

Muito mais forte e muito mais zeloso,
Para ainda mais servi-lo, voltarei
'Té que nele encontre o último repouso.
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INGRATOS

Não maldigo o rigor da iníqua sorte,
Por mais atroz que fosse e sem piedade,
Arrancando-me o trono e a majestade,
Quando a dois passos só estou da morte.

Do jogo das paixões minha alma forte
Conhece bem a estulta variedade,
Que hoje nos dá contínua f'licidade
E amanhã nem — um bem que nos conforte.

Mas a dor que excrucia e que maltrata,
A dor cruel que o ânimo deplora,
Que fere o coração e pronto mata,

É ver na mão cuspir a extrema hora
A mesma boca aduladora e ingrata,
Que tantos beijos nela pôs — outrora.
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SEMPRE O BRASIL

Nunca noite dormi tão sossegado,
Quem nem mesmo sonhei com o meu Brasil,
Porém, vendo infinito mar d'anil,
Lembra-me a aurora dele nacarada.

Cada dia que passa não é nada,
E os que faltam parecem mais de mil.
Se o tempo que lá vivo é um ceitil*,
Aqui é para mim grande maçada*.

E a doença porém me consentir,
Sempre pensando nele, cuidarei
De tornar-me mais digno de o servir,

E, quando possa, logo voltarei;
Pois na terra só quero eu existir
Quando é para bem dele que eu o sei.
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Ceitil = quantia insignificante
Maçada = aborrecimento, enfado
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TERRA DO BRASIL

Espavorida agita-se a criança,
De noturnos fantasmas com receio,
Mas se abrigo lhe dá materno seio,
Fecha os doridos olhos e descansa.

Perdida é para mim toda a esperança
De volver ao Brasil; de lá me veio
Um pugilo de terra; e neste creio
Brando será meu sono e sem tardança...

Qual o infante a dormir em peito amigo,
Tristes sombras varrendo da memória,
ó doce Pátria, sonharei contigo!

E entre visões de paz, de luz, de glória,
Sereno aguardarei no meu jazigo
A justiça de Deus na voz da história!
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Fonte> http://www. sonetos.com/biografia.php-a=71.htm. (site desativado), acesso em 15.01.2016

Newton Sampaio (Noite quente, noite quieta, da cidade inútil)

Noite quente, noite boa, caminhando no silêncio, desaparecendo num céu forrado de estrelinhas piscantes, inumeráveis, longínquas.

Noite quente gostosa, na cidade sem personalidade, de casas fechadas, de ruas penumbrentas, sem vira-latas melancólicos nem boêmios incorrigíveis.

Noite quente, noite quieta, noite gostosa. Na cidade inútil, na cidade triste, na cidade decadente...

Juquita acorda assustado, perseguido pelos mesmos sonhos ruins.

Escuta o relógio, que é medroso e bate duas vezes, e o pai roncando num sono de felicidade profunda.

Fica de barriga pra cima. Mas não descansa. Porque despeja na consciência, sem parar, as imagens da Estela. Imagens fugidias, sujas, intensamente sujas.

Vira pro lado direito. É pior. A coisa aumenta.

Aperta os olhos pra chamar o sono. Aperta bem. Mas o sono não vem. O que vem é um barulhinho esquisito, indefinido. Presta atenção. O barulhinho aumenta, se distingue. É um estralejamento, a modo de graveto se queimando.

O medo toma conto do corpo. O corpo treme inteirinho. E os dentes fazem coro.

— Minha Nossa Senhora!

Deita-se de bruços. E reza baixinho:

— Padre nosso que estais no céu...

Nem chega ao “venha a nós o vosso reino”, porque o estralejamento fica forte de repente. Bota-se de pé. Foge pra sala. E sente um cheiro. Um cheiro de queimado.

Pelas frinchas da janela da sala percebe uma claridade que vem de fora. E treme. Treme apavorado.

Adelaide é que acorda. Fala meio inconsciente.

— Jesus!

Acende a luz. O filho se joga chorando no quarto grande.

— Menino!

— Ali! É ali!

Henrique desperta, estremunhado. E se espanta logo com a barulheira. Corre à janela amarfanhando a camisola meio encardida. E o rosto se lhe ilumina com o clarão medonho.

Fica estatelado. A cabeça se desgoverna, no pasmo imenso. Sobe um calor nos olhos. “Sente” que é preciso fazer qualquer coisa. Mas não consegue “pensar” nada.

Quando toma conta de si, a casa é um só reboliço, uma gritaria desenfreada. A casa e a vizinhança. Que a vizinhança também era uma única emoção e estava toda ali reunida.

Tenta-se desesperadamente qualquer salvação. Inútil.

Encontraria material excelente o fogo. Por isso o fogo fica lambendo tudo, vitorioso, impressionante.

Arde todinho o paiol. Por sorte ele se construíra isolado, na margem da grota. Se não, nunca que teria fim o desastre.

Clareada pela chama se extinguindo, alheia ao pandemônio sem altura, a figura de Henrique se recorta, trágica, no fundo da noite morna.

Camisolão amarrotado, cabelos desfeitos, fundas rugas se acentuando na cara descarnada, o velho caminha de um lado a outro, rondando, rondando a ruína de seus fardos, recolhendo, recolhendo a cinza de seu grande sonho inútil.

O riachinho do fundo da grota reflete uns últimos clarões perdidos. Mas o riachinho do fundo da grota não é muito certo. Porque riachinho confunde a luz do paiol com a luz das estrelas piscantes, inumeráveis, longínquas. Das estrelas que se multiplicam na noite quente, na noite longa da cidade inútil, da cidade triste…

(Publicado originalmente em O Dia. Curitiba, 22/07/1936.)

Fonte> Newton Sampaio. Ficções. Secretaria de Estado da Cultura: Biblioteca Pública do Paraná, 2014.

Recordando Velhas Canções (Sítio do Pica-pau Amarelo)


Composição: Gilberto Gil

Marmelada de banana, bananada de goiaba
Goiabada de marmelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo

Boneca de pano é gente, sabugo de milho é gente
O Sol nascente é tão belo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo

Rios de prata pirata, voo sideral na mata
Universo paralelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo

No país da fantasia, num estado de euforia
Cidade Polichinelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo

Sítio do Pica-Pau Amarelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo

Sítio do Pica-Pau Amarelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
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A Magia do Sítio do Pica-Pau Amarelo em Notas Musicais
A música 'Sítio do Pica-Pau Amarelo', interpretada por Gilberto Gil, é uma viagem lúdica ao universo criado por Monteiro Lobato, um dos mais importantes escritores da literatura infantil brasileira. A canção foi composta como tema de abertura da série de televisão homônima, que fez parte da infância de muitos brasileiros, adaptando as histórias do Sítio para a TV. A letra da música, repleta de elementos fantásticos e referências diretas ao Sítio, convida o ouvinte a entrar nesse mundo de imaginação e aventura.

A letra começa com uma brincadeira de palavras que remete às delícias encontradas no Sítio, como a 'marmelada de banana' e a 'goiabada de marmelo', evocando os sabores da infância e da culinária caseira. A música segue para afirmar que no Sítio, até mesmo objetos inanimados e elementos da natureza, como a 'boneca de pano' e o 'sabugo de milho', são dotados de vida e personalidade, uma característica marcante das histórias de Lobato, onde a magia torna tudo possível.

O refrão, repetido várias vezes, reforça o nome do Sítio, fixando-o na memória do ouvinte. A canção também menciona 'rios de prata pirata' e 'voo sideral na mata', sugerindo as aventuras que as personagens vivenciam, muitas vezes com elementos de fantasia e ficção científica. Gilberto Gil, conhecido por sua habilidade de misturar diferentes ritmos e estilos musicais, consegue capturar a essência lúdica e imaginativa do Sítio do Pica-Pau Amarelo, criando uma melodia que é ao mesmo tempo nostálgica e atemporal, assim como as histórias que inspiraram a canção.

6º Prêmio Literário AFEIGRAF 2024 (Prazo: 31 de maio)

O 6° Prêmio Literário AFEIGRAF 2024 tem por objetivo prestigiar a literatura brasileira e revelar novos talentos. É da expertise da AFEIGRAF - Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica, entidade patrocinadora, fornecedora de tecnologia para o mercado gráfico, promover através da comunicação gráfica, o conhecimento sustentável da cultura impressa.

ATENÇÃO: Antes de ENVIAR sua inscrição leia primeiro o regulamento. Erros no preenchimento serão de responsabilidade do Autor. Não demore no preenchimento do formulário. Por questão de segurança o sistema trava depois de 5 minutos. Nos itens BIOGRAFIA e POESIA, copie e cole. Não digite no espaço, não faça correções ou acertos no espaço do formulário. Copie e cole, apenas isso! Recomendamos deixar o material salvo no Bloco de Notas ou Word. Não se preocupe com fonte, tamanho de letra, diagramação ou espaços. 

REGULAMENTO

1) O tema é livre. Gênero POESIA. Inscrições: até 31 de maio de 2024. Poderão participar escritores brasileiros, residentes ou não no Brasil, maiores de 16 anos.

2) Cada AUTOR participante poderá enviar para o concurso apenas 1 (uma) POESIA, de sua autoria, inédita - não publicada em livro individual ou antologia, em língua portuguesa, o que não impede o uso de termos estrangeiros no texto.

3) Cada inscrição deverá ter apenas um AUTOR. Não serão aceitos trabalhos coletivos.

A inscrição deve ser feita no link https://www.scortecci.com.br/formulario.php?id=824 

4) O AUTOR participante responderá legal e individualmente por plágio, publicação não autorizada, calúnia, difamação e não autoria, isentando a AFEIGRAF e a SCORTECCI EDITORA de qualquer responsabilidade sobre o conteúdo da obra.

5) Serão selecionados pela Comissão Julgadora do prêmio 50 (cinquenta) trabalhos poéticos, a serem publicados em ANTOLOGIA, organizados em ordem alfabética, sem colocação.

6) Não haverá para os AUTORES participantes do prêmio taxa de inscrição, frete ou qualquer despesa de publicação da obra. Todas as despesas serão custeadas pelo patrocinador do prêmio, cabendo à Scortecci Editora, organizadora do concurso, a edição e impressão da antologia.

7) Não haverá cessão de Direitos Autorais, ou seja, os trabalhos continuarão pertencendo aos AUTORES. Cada AUTOR premiado receberá pelo correio, gratuitamente, no endereço da inscrição 5 (cinco) exemplares da obra. Poderá, caso queira, não obrigatório, adquirir mais exemplares da obra junto à editora com preço especial.

8) Dados técnicos da ANTOLOGIA: formato 14 x 20,7 cm, impressão digital, miolo preto e branco, papel Avena ou Pólen, capa 4 cores, papel cartão 250 gramas, com orelhas de 7 cm cada, laminação fosca, com ISBN, Ficha Catalográfica e logomarcas da AFEIGRAF, Scortecci Editora e Apoiadores, se houver.

9) Os AUTORES participantes residentes no exterior – fora do Brasil - deverão preencher a Ficha de Inscrição com um endereço no Brasil. NÃO serão enviados livros para o exterior.

10) A edição da ANTOLOGIA será de 500 (quinhentos) exemplares, sendo: 250 (duzentos e cinquenta) exemplares para os AUTORES premiados, 50 (cinquenta) exemplares para divulgação e promoção da obra na midia especializada e 200 (duzentos) exemplares para a AFEIGRAF, realizar ações de marketing, junto a seus fornecedores e clientes do mercado editorial e gráfico.

CRONOGRAMA

1) Inscrições: até 31 de maio de 2024, somente através deste formulário do site da Scortecci. 

2) Seleção dos trabalhos de 01 de junho a 30 de junho 2024; 

3) Resultados: até 15 de julho de 2024; 

4) Produção editorial e impressão: até 20 de agosto de 2024; 

5) Lançamento de 6 a 15 de setembro de 2024, no estande da Scortecci, durante a 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2024, no Distrito Anhembi.

Fonte> https://www.scortecci.com.br/formulario.php?id=824