terça-feira, 1 de setembro de 2009

Prêmio Jabuti



História

A história do Prêmio Jabuti começa por volta de 1957, em um período repleto de desafios para o mercado editorial, com recursos escassos e baixa articulação do segmento. Apesar das adversidades, não faltava entusiasmo aos dirigentes da Câmara Brasileira do Livro naquela época. As discussões foram comandadas pelo então presidente da entidade, Edgar Cavalheiro e pelo secretário Mário da Silva Brito – dois intelectuais e estudiosos da literatura brasileira – e outros membros da diretoria do biênio 1955-1957 interessados em premiar autores, editores, ilustradores, gráficos e livreiros que mais se destacassem a cada ano.

Essas discussões em torno de uma “láurea” ou “galardão”, como se dizia na época, ganharam forma na diretoria seguinte, de 1957-1959, presidida por Diaulas Riedel, a quem coube a confirmação da escolha da figura do jabuti para nomear o prêmio e a realização de concurso para a confecção da estatueta, vencido pelo escultor Bernardo Cid de Souza Pinto.

A primeira premiação ocorreu também na gestão do presidente Diaulas Riedel. No final do ano de 1959, em solenidade simples e despretensiosa realizada no auditório da antiga sede da CBL na avenida Ipiranga, foi feita a entrega do primeiro Prêmio Jabuti. Foram laureados autores como Jorge Amado, na categoria Romance, pela obra “Gabriela, Cravo e Canela”. A Saraiva ganhou o prêmio de Editor do Ano.

O nome

Mas por que um jabuti para nomear um prêmio do livro? A resposta, tem explicação no ambiente cultural e político da época, influenciado, sobretudo, pelo modernismo e nacionalismo, pela valorização da cultura popular brasileira, nas raízes indígenas e africanas, nas suas figuras míticas, símbolos seculares carregados de sabedoria e experiência de vida e legados de uma geração à outra. Sílvio Romero, Mário de Andrade, Monteiro Lobato e Luís da Câmara Cascudo, entre o final do século XIX e o início do século XX, foram pioneiros na pesquisa, no estudo e na divulgação dessa rica cultura popular.

E foi Monteiro Lobato, provavelmente, o mais prolífico na recriação literária das histórias desses personagens meio enigmáticos, meio reveladores e sempre sedutores do folclore nacional. Um desses personagens da literatura infantil de Lobato é, como se sabe, o jabuti. O pequeno quelônio, já familiar no imaginário das culturas indígenas tupi, ganhou vida e personalidade nas fabulações do autor das “Reinações de Narizinho”, como uma tartaruga vagarosa, mas obstinada e esperta, cheia de truques para vencer obstáculos, para enganar concorrentes mais bem dotados e chegar na frente ao fim da jornada. Com essas credenciais, ganhou também a simpatia e a preferência dos dirigentes da CBL. Eles o elegeram para inspirar e patrocinar um prêmio para homenagear e promover o livro.

Jabuti repaginado

Ao longo dos seus 50 anos o Jabuti passou por transformações. No início, a cerimônia de entrega do Prêmio era feita na antiga sede da entidade, na avenida Ipiranga, depois passou a ser realizada durante as Bienais do Livro. Mas o Jabuti ganhou vida própria, e os diretores da CBL sentiram a necessidade de criar um evento proporcional à credibilidade que o Prêmio ganhou junto ao mercado editorial e à própria sociedade. Em 2004, ocorreu a primeira grande cerimônia de entrega das estatuetas, realizada no Memorial da América Latina. Nos últimos três anos, essa grande festa do livro do Brasil ganhou um dos espaços mais nobres da capital paulista – a Sala São Paulo.

O Jabuti foi se transformando aos poucos. No Regimento Interno do Prêmio, criado em 1959, constam apenas sete categorias de premiação: Literatura, Capa e Ilustração, Editor do Ano, Gráfico do Ano, Livreiro do Ano e Personalidade Literária. Atualmente, são contempladas todas as esferas envolvidas na criação e produção de um livro, em um total de 21 categorias, passando pela tradução, ilustração, capa e projeto gráfico, além das categorias tradicionais como Romance, Contos e Crônicas, Poesia, Reportagem, Biografia e Livro Infantil. Por sua abrangência, o Jabuti é considerado o maior e mais completo prêmio do livro no Brasil.

Outra iniciativa que trouxe ainda mais glamour ao Prêmio foi a criação das categorias Livro do Ano de Ficção, em 1991, e Livro do Ano de Não-Ficção, dois anos depois, em 1993. Esses prêmios são revelados somente na noite da entrega das estatuetas e são o ponto alto do evento, em um momento de grande expectativa por todos os agentes do mercado editorial.

Fatos curiosos

O livro de 50 anos do Jabuti traz ainda outras curiosidades. Em 2004, por exemplo, ano que registrou o maior número de obras inscritas (2.374), o vencedor do Livro do Ano de Ficção foi “Budapeste”, de Chico Buarque. A obra, no entanto, ganhou Menção Honrosa (3o lugar) na categoria Romance. “Houve um silêncio na platéia”, conta José Luiz Goldfarb, curador do Prêmio Jabuti. No dia seguinte, a mídia impressa também abriu espaço nas suas páginas para questionar o episódio. Como um livro que ficou em terceiro lugar na sua categoria poderia levar o prêmio de Melhor Livro do Ano? “O que ocorreu, na verdade, é que os vencedores das 20 categorias são escolhidos somente pelos jurados e os Livros do Ano recebem também os votos do mercado editorial, sendo que o grande vencedor não necessariamente é o 1. colocado de uma categoria”, explica.

Polêmicas à parte, o fato é que o Jabuti tornou-se, nas palavras de Rosely Boschini, presidente da CBL, um “patrimônio nacional”. “Com obstinação e argúcia, à maneira do seu inspirador, o Prêmio Jabuti avançou sem esmorecer, ganhou agilidade e encarou uma longa jornada. Avançou, ganhou densidade e respeito, conquistou o reconhecimento de todos os que, no Brasil, produzem informação, conhecimento e arte, de todos os que escrevem, publicam e leem livros. Tornou-se, ele próprio, um personagem vivo da cultura brasileira contemporânea”, destaca Rosely Boschini. Na maior festa do livro no Brasil, ganhar ou não o Prêmio, já não faz diferença. O importante é participar.

Fonte:
http://www.cbl.org.br/jabuti/telas/historia/

51. Prêmio Jabuti de Literatura (Finalistas)



A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou os finalistas das 21 categorias do 51º Prêmio Jabuti, o maior concurso literário do País. Além de estatuetas, os primeiros colocados receberão R$ 3 mil - os ganhadores de "Tradução de obra literária Francês-Português", em homenagem ao ano da França no Brasil, receberá como prêmio R$ 6 mil. Já para os vencedores dos melhores livros, o prêmio em dinheiro é de R$ 30 mil.

De acordo com a assessoria de imprensa da CBL, o júri - sob curadoria, já há 19 anos, de José Luiz Goldfarb - foi formado por profissionais indicados pelo mercado editorial e escolhidos por uma comissão do prêmio por meio de sorteio. De acordo com a CBL, a segunda fase do julgamento ocorrerá em 29 de setembro, quando serão revelados o primeiro, segundo e terceiro colocados em cada uma das categorias. No entanto, somente em cerimônia no dia 4 de novembro é que serão anunciados os melhores livros do ano de ficção e não-ficção. A lista completa dos indicados estão no site da CBL.

Confira os finalistas das principais categorias:

Romance
1.º Flores Azuis (Cia. das Letras), de Carola Saavedra
2.º Cordilheira (Cia. das Letras), de Daniel Galera
3.º Órfãos do Eldorado (Cia. das Letras), de Milton Hatoum
4.º Galileia (Objetiva), de Ronaldo Correia de Brito
5.º Satolep (Cosac Naify), de Vitor Ramil
6.º Manual da Paixão Solitária (Cia. das Letras), de Moacyr Scliar
7.º A Parede no Escuro (Record), de Altair Martins
8.º O Livro dos Nomes (Cia. das Letras), de Maria Esther Maciel
9.º Um Livro em Fuga (Record), de Edgard Telles Ribeiro
10.º Heranças (Rocco), de Silviano Santiago

Contos e Crônicas

1.º Canalha! - Crônicas (Editora Bertrand Brasil), de Fabricio Carpinejar
2.º 101 Crônicas - Ungáua! (Publifolha), de Ruy Castro
3.º Ó Editora (Iluminuras), de Nuno Alvares Pessoa de Almeida Ramos
4.º Rasif (Record), de Marcelino Freire, e Ostra Feliz Não Faz Pérola (Planeta), de Rubem Alves
5.º Os Comes e Bebes nos Velórios das Gerais e Outras Histórias (Auana), de Déa Rodrigues da Cunha Rocha
6.º Ping Pong - Chinês Por Um Mês: As Aventuras de Um Jornalista Brasileiro Pela China Olímpica (Manuela Editorial - Arte Paubrasil), de Felipe Machado
7.º Crônicas e Outros Escritos de Tarsila do Amaral (Unicamp), de Laura Taddei Brandini (Org.)
8.º Antologia Pessoal (Record), de Eric Nepomuceno
9.º Cheiro de Terra - Contos Fazendeiros (Scortecci), de Lucília Junqueira de Almeida Prado, e O Silêncio dos Amantes (Record), de Lya Luft
10.º Vatapaenses Vasos Comunicantes (Gm Minister), de Sergio de Almeida Brun

Poesia

1.º Dois em Um (Iluminuras), deAlice Ruiz
2.º Chocolate Amargo (Brasiliense), de Renata Pallotini
3.º Antigos e Soltos: Poemas e Prosas da Pasta Rosa (Instituto Moreira Salles Instituto Moreira Salles)
4.º Cinemateca (Cia. das Letras), de Eucanaã Ferraz
5.º A Letra da Ley (Annablume), de Glauco Mattoso
6.º Homem Ao Termo - Poesia Reunida [1949-2005] (Editora da UFMG), de Affonso Ávila, e Outros Barulhos (Reynaldo Bessa), de Reynaldo Bessa
7.º Geometria da Paixão (Anome Livros), de Dagmar de Oliveira Braga
8.º Os Corpos e Os Dias (Cultura), de Laura Erber
9.º Ferreira Gullar: Poesia Completa, Teatro e Prosa (Nova Fronteira), de Ferreira Gullar, e Réquiem (Contra Capa), de Lêdo Ivo
10.º Uma Hora Por Dia (7letras), de Maria Helena Azevedo

Biografia

1.º José Olympio, O Editor e Sua Casa (G.M.T. Editores), de José Mario Pereira
2.º O Sol do Brasil (Cia. das Letras), de Lilia Moritz Schwarcz
3.º Anna: A Voz da Rússia Vida e Obra de Anna Akhmátova (Algol), de Lauro Machado Coelho
4.º O Santo Sujo: A Vida de Jayme Ovalle (Cosac Naify), de Humberto Werneck
5.º Caio Prado Júnior (Boitempo), de Editorial Lincoln Secco
6.º Domingos Sodré, Um Sacerdote Africano (Cia. das Letras), de João José Reis
7.º Cruz e Sousa - Dante Negro do Brasil (Pallas), de Uelinton Farias Alves
8.º Cancioneiro Chico Buarque (Jobim Music), de Elianne Canetti Jobim
9.º Traição (Cia. das Letras), de Ronaldo Vainfas
10.º Viver Sua Música: Com Stravinsky em Meus Ouvidos, Rumo À Avenida Nevskiy (Editora da USP), de Gilberto Mendes

Reportagem

1.º O Olho da Rua: Uma Repórter em Busca da Literatura da Vida Real (Globo), de Eliane Brum
2.º O Sequestro dos Uruguaios - Uma Reportagem dos Tempos da Ditadura (L&PM Editores), de Luiz Cláudio Cunha
3.º O Livro Amarelo do Terminal (Cosac Naify), de Vanessa Barbara
4.º Narrativas de Um Correspondente de Rua (Pós-Escrito - do Instituto Cultural de Jornalistas do Paraná), de Mauri König
5.º Rim Por Rim (Record), de Julio Ludemir
6.º Sem Vestígios (Geração Editorial Ltda), de Tais Morais
7.º No Calor da Hora: Música e Cultura nos Anos de Chumbo (Algol), de João Marcos Coelho
8.º Casadas com o Crime (Letras do Brasil), de Josmar Jozino
9.º Suicídio - O Futuro Interrompido (Geração Editorial), de Paula Fontenelle
10.º 1968 - O Que Fizemos de Nós (Planeta), de Zuenir Ventura

Tradução

1.º Satíricon (Cosac Naify), de Cláudio Aquati
2.º A Morte de Empédocles / Friedrich Hölderlin (Iluminuras), de Marise Moassaba Curioni
3.º 40 Novelas de Pirandello (Cia. das Letras), de Maurício Santana Dias
4.º Moby Dick (Cosac Naify), de Irene Hirsch e Alexandre Barbosa de Souza
5.º Porta do Sol (Distribuidora Record de Serviços de Imprensa S.A.), de Safa A-C Jubran
6.º Poemata: Poemas em Latim e em Grego (Tessitura), de Erick Ramalho
7.º Os Irmãos Karamázov - 2 Vols. (34), de Paulo Bezerra
8.º Plotino, Enéada Iii. 8 [30]: Sobre a Natureza, A Contemplação e o Uno (Editora da Unicamp), de José Carlos Baracat Júnior
9.º O Diabo Mesquinho (Kalinka), de Moissei Mountian
10.º Contos Completos (Cosac Naify), de Leonardo Fróes

Teoria e Crítica Literária

1.º Monteiro Lobato: Livro a Livro (Editora da Unesp), de Lajolo Marisa e Ceccantini, João Luís
2.º Pensamento e "Lirismo Puro" na Poesia de Cecília Meireles (Editora da USP), de Leila V. B. Gouvêa
3.º Literatura da Urgência Lima Barreto no Domínio da Loucura (Annablume), de Luciana Hidalgo
4.º Graciliano Ramos - Um Escritor Personagem (Autêntica), de Maria Izabel Brunacci
5.º Machado de Assis: Ensaios da Crítica Contemporânea (Editora da Unesp), de Guidin, Marcia Ligia - Granja, Lúcia - Ricieri, Francine Weiss (Orgs.)
6.º Contos de Machado de Assis: Relicários e Raisonnés (Associação Jesuita de Educação e Assistência Social), de Mauro Rosso
7.º Do Teatro: Machado de Assis (Perspectiva), de João Robeto Faria (Org.)
8.º Que Poesia É Essa? Poesia Marginal: Sujeitos Instáveis, Estética Desajustada (Editora da Universidade Federal de Goiás), de Teresa Cabañas
9.º A Segunda Vida de Brás Cubas (Rocco), de Patrick Pessoa
10.º A Gargalhada de Ulisses: A Catarse na Comédia (Perspectiva) de Cleise Furtado Mendes

Infantil

1.º Sete Histórias Para Contar (Moderna), de Adriana Falcão
2.º Comilança (DCL), de Fernando Vilela
3.º No Risco do Caracol (Autêntica), de Maria Valéria Rezende e Marlette Menezes
4.º Era Outra Vez Um Gato Xadrez (Record), de Leticia Wierzchowski
5.º Minhas Contas (Cosac Naify), de Luiz Antonio
6.º A História de Biruta (Cia. das Letras), de Alberto Martins
7.º Zoo (Nova Fronteira), de João Guimarães Rosa
8.º E Um Rinoceronte Dobrado (Projeto), de Hermes Bernardi Jr
9.º A Invenção do Mundo Pelo Deus-Curumim (34), de Braulio Tavares
10.º Alma de Rio (Cortez), de Ellen Pestili

Juvenil

1.º O Fazedor de Velhos (Cosac Naify), de Rodrigo Lacerda
2.º A Distância das Coisas (Edições SM - Grupo SM), de Flávio Carneiro
3.º Cidade dos Deitados (Cosac Naify), de Heloisa Prieto
4.º Montanha-Russa (Cosac Naify), de Fernando Bonassi, e Surfando na Marquise (Cosac Naify), de Paulo Bloise
5.º 1808 - Edição Juvenil (Planeta), de Laurentino Gomes
6.º Brincos de Ouro e Sentimentos (Pingentes Biruta), de Luiz Antonio Aguiar
7.º Figurinha Carimbada (Girafinha), de Márcio Araújo
8.º Chuva de Letras (Scipione), de Luis Alberto Brandão
9.º Meu Pai Não Mora Mais Aqui (Biruta), de Caio Riter
10.º Conversa de Passarinhos (Iluminuras), de Alice Ruiz S / Maria Valéria Vasconcelos Rezende

Fonte:
Douglas Lara.
http://www.sorocaba.com.br/acontece

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Humberto de Campos (Senadores "Barbeiros")



Zacarias de Gois e Vasconcelos era orgulhosíssimo e fazia questão de, quando falava, ser ouvido atentamente por toda a casa. Um dia, achava-se ele na tribuna, quando notou que dois velhos colegas, o Barão do Rio-Grande e o Barão de Pirapama, que eram profundamente surdos, conversavam em voz alta, para se entenderem sobre navalhas afiadas. Zacarias parou.

E como a interrupção causasse estranheza:

- Estou esperando que os Barões de Pirapama e do Rio-Grande acabem de se barbear!

Fontes:
- Taunay - Reminiscências - vol. I. In CAMPOS, Humberto de. Brasil Anedótico.
- Imagem = http://aturminhado6d.blogspot.com

Roza de Oliveira (Poetas do Paraná)



A PALMEIRA

Na escalada da Montanha
a palmeira ameaçada
por estranho vendaval
entrelaçou-se a um Carvalho
que contente lhe ofertou
segurança paternal

Embora tão diferente
dentro da vegetação...
unida é bem mais feliz
do que todas as demais
que vivem na solidão.

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INSTANTÂNEO

Sempre que me inauguro
em teu sorriso
sinto tocar de leve
o Paraíso

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METAMORFOSE

Dentre as setas
com que me feres
eu forjarei a Agulha
com que bordarei a tela
da minha noite escura.
Nela tecerei
a Estrela que nos guia
com mãos de ternura
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RELÓGIO DE SOL

Relógio de sol
Eu sou.
Nuvens e trevas
Rejeitando vou…
Só registro as horas
Em que o sol brilhou
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MAGIA

Sempre que me inauguro
Em teu sorriso
Sinto tocar de leve o paraíso!
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PRIMAVERA

Todo ser tem seu tempo de expressão.
Baila a ave se a vida é movimento,
E canta quando a vida é uma canção,
Seja na alegria ou no tormento.

A primavera é um festival de vida.
Da planta sai poesia colorida:
Poesia-flor que transborda docemente
O prazer de ser fruto e ser semente.

Cada flor tem seu verso e sua rima
Nas florestas, nas praças e nas casas,
Do amor é poesia cristalina!

E na expressão que vitaliza esse planeta
Se, de repente as flores criam asas…
Não é verso-fantasma! – é borboleta!
===============

CASA ONÍRICA

Bem no pico dos meus sonhos
Construí minha morada
Sem paredes, sem telhados…
Sem limites nos seus lados.

Bem que o telhado varia:
Varia…conforme o dia:
Há telhado de gaivotas…
De estrelas…de andorinhas.

Minha cama – é uma nuvem.
Minha mesa – a lua cheia.
O vento – é o meu cavalo!
Sou turista do infinito!…
––––––––––––
Fontes:
– Andrea Motta. http://simultaneidades.blogspot.com/
- Antologia dos Acadêmicos - Edição comemorativa dos 60 anos da Academia de Letras José de Alencar. SP: Scortecci, 2001.

Roza de Oliveira (1941)


Roza de Oliveira, nasceu em Monte Alegre, distrito de Santo Antônio de Pádua, no Rio de Janeiro a 26 de agosto de 1941, Filha de Sebastião Bembém de Oliveira (de saudosa memória) e Dona Elazir Azevedo de Oliveira.

Morou em Paranavaí dos 7 aos 38 anos, onde concluiu seus estudos no curso de Letras e lá exerceu o magistério. Professora desde os 15 anos de idade. Já atuou no primeiro, segundo e terceiro graus em Paranavaí, Londrina e Curitiba. Tem mestrado em literatura brasileira. Mora em Curitiba desde 1979. Docente do Departamento de Letras da Universidade Tuiuti do Paraná. Casada com o maestro Júlio Enrique Gomez, participa do projeto poético musical “Lançando a rede na Lua”

Roza de Oliveira é eximia declamadora, fez palestras e conferências em entidades de várias cidades do Estado do Paraná. Recebeu várias homenagens, diplomas, medalhas, troféus e menções honrosas referentes aos serviços prestados e participações de concursos literários.

A escritora desenvolve, ainda, a Oficina Permanente de Poesia, na Biblioteca Pública do Paraná,

Formação Escolar:
Letras Franco-Portuguesas pela faculdade de filosofia de Paranavaí.
Mestrado em Letras-Literatura Brasileira - pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Membro de:
- Academia Paranaense da Poesia, da qual é presidente.
- Centro de Letras do Paraná.
- Academia Feminina de Letras do Paraná. Cadeira 32.
- Centro Paranaense Feminino de Cultura.
- Academia de Letras José de Alencar, Cadeira 17.
- União Brasileira de Trovadores (UBT).
- Círculo de Estudos Bandeirantes (PUC).

Livros Publicados:

POESIAS:
- Escalada, 1979.
- Halley Cruzado & Cia - Poesia do Dia-a-Dia, 1986.
- S.O.S. Vida, Verde, Paz, no Pesadelo da Violência, 1990.
- Poemas de Amor, 1993.
- Minhas Trovas de Humor e Retrucando Minhas Trovas de Humor, 1993.
- Paródias Musicais, Poemas e Trovas para as Celebrações Escolares, 1992
- Caracolando - Poesias, 1997.

PROSA INFANTO-JUVENIL:
- Passeio Cósmico, 1989.
- A Menina que Queria Voar, 1990.
- O Cavalinho de Guilherme, 1993.

ENSAIO CRÍTICO:
- As Imagens do Ar nos Poemas de Tasso da Silveira - Publicação da Secretaria de Estado da Educação - 2001

PARTICIPAÇÕES EM ANTOLOGIAS:
- Seara Nova - Contos e Poesias, 1978.
- Sesquicentenário da Poesia Paranaense,1985

- Caderno Pedagógico da Assintec - Associação Interconfessional de Curitiba, 1994.
- O Lúdico na Trova, 1995.
- Mulheres Escrevem - Centro Paranaense Feminino de Cultura, 1997.
- Antologia dos Acadêmicos - Edição comemorativa dos 60 anos da Academia de Letras José de Alencar, 2001
- Semeadura da Paz - Publicação do Clube Soroptismista Internacional, 2000.

Fontes:
– Agência de Notícias do Estado do Paraná. http://www.aenoticias.pr.gov.br/modules/news/article.php?storyid=9359
– Andrea Motta. http://simultaneidades.blogspot.com/

- Antologia dos Acadêmicos - Edição comemorativa dos 60 anos da Academia de Letras José de Alencar. SP: Scortecci, 2001.

Rachid Boudjedra (1941)



Rachid Boudjedra nasceu em 1941 em Aïn-Beïda, Argélia. Sua obra ocupa importante espaço na literatura produzida após a guerra de libertação de seu país (1954-1962). Escreveu sempre em francês, mas atualmente se dedica também à produção em árabe. Desde seu primeiro romance, La Répudiation (1969), Boudjedra volta seu olhar para as contradições da Argélia independente — nação em que ainda é notável o embate entre a modernidade e o respeito à tradição.

Preocupação constante em seu trabalho são as condições do imigrante magrebino na Europa, especialmente na França, como ocorre no presente Topografia ideal para uma agressão caracterizada. Fortemente influenciado pelo nouveau roman francês, ganhou notoriedade por sua escrita sofisticada.

Além de romancista, Rachid Boudjedra é professor, poeta, ensaísta, autor de teatro e cinema, tendo assinado o roteiro do notável Crônica dos anos de brasa (Palma de Ouro em Cannes, 1975), dirigido por Mohammed Lakhdar Amina. Ministrou aulas em diversas universidades do mundo árabe e europeu. Em 1987, uma fatwa islâmica com sentença de morte foi emitida contra o escritor, por considerarem que sua obra representa uma afronta aos fundamentos do Islã. Entre suas obras mais recentes, constam La Fascination(2000), Les Funérailles (2002) e L’Hôtel Saint Georges (2007).

Fonte:
http://www.estacaoliberdade.com.br/autores/boudjedra.htm

Flávia Nascimento, Professora da UFPB Concorre ao Prêmio Jabuti de Literatura



Flávia Nascimento, doutora em Literatura Francesa pela Universidade de Paris, está entre as 10 finalistas do Prêmio de Literatura, na categoria da Tradução.

A professora adjunta da Universidade Federal da Paraíba (DLEM/PPGL), pesquisadora do CNPq e tradutora literária e de humanidades, Flávia Nascimento, é uma das dez finalistas do Prêmio Jabuti de Literatura, concorrendo na categoria ‘Tradução de Obra Literária Francês-Português’ com o trabalho “Topografia ideal para uma agressão caracterizada”, publicado pela Editora Estação Liberdade Ltda.

Em entrevista à Agência de Notícias da UFPB, a doutora em Literatura Francesa pela Universidade de Paris falou sobre seu trabalho e a importância do prêmio a que está concorrendo.

ENTREVISTA:

Agência de Notícias – Qual a importância no mundo literário do prêmio Jabuti?

Flávia Nascimento – O prêmio Jabuti é o prêmio literário mais relevante do país. Mas sua importância deve ser entendida mais propriamente no âmbito do mundo editorial brasileiro, e não apenas no do mundo literário. Isso porque o Jabuti não contempla somente textos literários (romance, conto, poesia), mas também outras categorias textuais importantes, entre as quais “tradução”, “biografia”, “ciências humanas”, e etc. Ao todo, são vinte categorias, que premiam, inclusive, aspectos artísticos do processo de fabricação do objeto estético a que chamamos livro; assim, por exemplo, as categorias “projeto gráfico” e “ilustração de livro infantil ou juvenil”. O prêmio é anual. Todos os anos, há uma premiação para a melhor tradução de língua estrangeira. Agora, em 2009, foi criada excepcionalmente a categoria “melhor tradução francês-português” (21ª categoria), no âmbito das comemorações do ano da França no Brasil. Meu trabalho está concorrendo como finalista nesta última categoria.
O Jabuti, que está em sua 51ª edição, foi criado por iniciativa da CBL (Câmara Brasileira do Livro). A escolha do pequeno quelônio para simbolizar a premiação ocorreu num contexto de valorização da cultura popular brasileira, na esteira do pensamento de Sílvio Romero, Mário de Andrade, Câmara Cascudo e Monteiro Lobato (um dos personagens de Lobato é precisamente um jabuti).

Agência de Notícias – De que trata o seu trabalho?

Flávia Nascimento - Topografia ideal para uma agressão caracterizada (1ª edição francesa: 1975), que traduzi para a editora paulista Estação Liberdade, é de autoria do escritor argelino de expressão francesa Rachid Boudjedra (nascido em 1941), um dos mais importantes, hoje, de seu país (Boudjedra escreve também em árabe). Essa é a primeira tradução de uma obra sua em língua portuguesa. Nesse texto, ele narra as desventuras de um herói anônimo – um imigrante argelino – pelos corredores do metropolitano parisiense, labirinto urbano subterrâneo em que ele se perde por algumas horas e do qual não sairá vivo. A intriga é minimalista, como se vê, mas seu poder de impacto sobre o leitor é desconcertante, graças à sofisticada arte do narrador de Boudjedra. O tema do imigrante pobre em busca de melhores condições de vida, do imigrante vitimado pelo ódio racista, é universal, e já originou obras em línguas diversas. Creio que ele encontra um eco longínquo, por exemplo, tanto em certos versos de João Cabral de Melo Neto quanto na letra da canção “Construção”, de Chico Buarque. A atualidade desse tema é desesperadoramente real: quer sejam eles nordestinos ou “hermanos” em São Paulo, indianos em Londres, haitianos em Nova Iorque, turcos em Berlim, angolanos em Lisboa ou argelinos em Paris, nosso mundo está repleto de migrantes e imigrantes em busca de trabalho. Escrevi para minha tradução um posfácio que intitulei precisamente “Morte e vida magrebina”, lembrando-me dos terríveis versos de João Cabral em “Morte e vida severina”.

Agência de Notícias – Qual a classificação de sua obra nessa disputa, até agora?

Flávia Nascimento - Meu trabalho ficou entre os dez finalistas, depois de ter concorrido com dezenas de outras traduções de obras literárias originalmente escritas em francês. Ao todo, nas 21 categorias, foram mais de 2.000 inscrições (uma média de quase 100 inscritos para cada uma). A próxima etapa, agora, é a escolha dos três primeiros colocados. Sinto-me profissionalmente muito gratificada por já estar entre as dez melhores traduções do francês para o português selecionadas pelo júri do Jabuti.

Agência de Notícias - Quando sairá o resultado final do concurso?

Flávia Nascimento – Os nomes dos três vencedores serão anunciados em São Paulo, no final de setembro.

Fonte:
Douglas Lara (http://www.sorocaba.com.br/acontece)

Convite na I Bienal do Livro de Curitiba

Fonte: museu de imagem e som

4a. Coletânea do Espaço Literário “Sorocult”



A capa dele continua seguindo o mesmo padrão dos livros anteriores, porém agora vem com alguns diferenciais devido ao fato do site Sorocult ter mudado de visual desde o início deste ano. As capas são iguais porque os livros fazem parte de uma coleção

Ele passou por duas revisões ortográficas ao invés de uma só, seguindo assim padrões mais modernos de revisão. Uma delas foi feita pela também co-autora no livro, Angela Cristina Santos de Jesus, que já faz a revisão dos livros dos Sorocultinhos. A outra está sendo feita pela revisora da Ottoni editora, com ambos os trabalhos se completando, dando assim ainda mais qualidade para o livro.

Uma Leitura Crítica da parte teórica, que estará no final do livro, feita pela também co-autora no livro, Angela Maria de Godoy Theodorovickz. Um livro muito bom que trará excelentes textos e belíssimas poesias. Um livro completo em vários sentidos.

O prefácio do livro foi feito pelo Secretário da Cultura de Sorocaba, Anderson Santos,. Ele escreveu um excelente texto, agregando desta forma, ainda mais valor ao livro.

O lançamento do livro será na 3ª Expo Literária de Sorocaba que acontecerá de 21 a 24 de outubro, na Biblioteca Municipal de Sorocaba. O lançamento será no último dia do evento, sábado, dia 24, provavelmente em torno das 14h.

Co-autores
Amadeu de Carvalho Junior---Pilar do Sul)
Angela Cristina Santos de Jesus---(Sorocaba) – (participa com 2 cotas no livro)
Angela Maria de Godoy Theodorovicz---(São Paulo)
Carmen Silveira de Abreu ---( Sorocaba)
Cláudia Salck---( Sorocaba)
Daniela Larissa Madureira Salcedo ---(Sorocaba)
Débora Valio Corrêa Fidêncio---(Pilar do Sul)
Dorothy Jansson Moretti ---( Sorocaba)
Fabiana Aparecida dos Anjos Souza ---(Sorocaba)
Fábio Souza Santos---(Votorantin)
Gonçalves Viana ---( Sorocaba)
Isabela Maria Madureira Salcedo ---(Sorocaba)
Jair Pereira da Silva---(Pilar do Sul)
Jairo Valio (Sorocaba)---(Sorocaba)
Joaquim Evónio ---(Portugal) – (participa com 2 cotas no livro)
Josefa Maria Portela ---(Sorocaba)
Leandro Galhardi Paez---(São Caetano do Sul)
Lourdinha Ribeiro Blagitz ---(Sorocaba)
Luis Fernando Costa Daher ---(Sorocaba)
Maria Antonia Canavezzi Scarpa ---(Sorocaba) - (participa com 3 cotas no livro)
Maria Antonieta Pincerato---(Salto de Pirapora)
Maria Thereza Moreira Pereira (Sorocaba)
Mariana Domitila Padovani Martins (Sorocaba)
Marianice Straub Terra Barth---(São Paulo)
Natali Cristiane dos Santos Silva ---(Sorocaba)
Neusa Padovani Martins ---(Sorocaba)
Nícolas Estevan Padovani Martins ---(Sorocaba)
Paula Regina Bissoli Nattis---(Itu)
Pedro Milan---(Itu)
Tereza Cristina Galvão Cesar ---(Sorocaba)
Therezinha Aparecida Válio Corrêa---(Pilar do Sul)
Tífani Postali ---(Sorocaba)
Valter de Jesus Martins ---(Sorocaba)
Vânia Moreira Diniz---(Brasília)
Vilma Padovani Borsari---(Itu)
Wagner Ferreira ---(Sorocaba)

Fonte:
Douglas Lara (http://www.sorocaba.com.br/acontece)

3ª Expo Literária de Sorocaba



Como será a Expo Literária: haverá uma tenda gigante para 600 pessoas destinada às apresentações dos escritores convidados (grandes escritores da atualidade) e os escritores sorocabanos.

Cada escritor sorocabano poderá se inscrever, para palestrar, declamar poesias e para bater papo com os visitantes (o que ocorrerá na tenda gigante). O Sorocult terá alguns horários pré-definidos para atender todos seus escritores em atividades diferenciadas. Gostaríamos de receber sugestões e pedidos de vocês para podermos acertar nossa agenda.

Todos que são do Sorocult participarão automaticamente do evento, em espaço que será montado nele e também assistindo as palestras que forem oferecidas pelo evento, mediante a retirada de convite antecipadamente.

Quem desejar fazer algum tipo de apresentação na Expo poderá se inscrever previamente através de uma ficha de inscrição que se encontra à disposição de todos em Divulgação no site www.sorocult.com. É só copiar a ficha, imprimir, preencher e entregá-la na Secretária da Cultura ou na Biblioteca Municipal em Sorocaba.

A data limite para inscrição é dia 31 de agosto, mas a data será prorrogada. De qualquer forma, se tiverem interesse em participar com alguma atividade individual, preencham a ficha e entreguem. Os colegas de fora de Sorocaba poderão enviar a ficha preenchida via e-mail para : taniakalil@yahoo.com.br .

Maiores informações pelo fone (15) 3238-1955 com Tânia Kalil. Caso marquem alguma apresentação, avisem para ser colocada na programação também. Mas, observem: só participa palestrando, declamando e outros, quem quiser. Quanto aos livros a serem vendidos na Expo, junto há uma ficha própria para eles. O nº de títulos que consta lá também será mudado.

Se´rá lançado também na Expo a “5ª Coletânea dos Sorocultinhos - Profissões e trabalho” que faz parte do PLRS (Projeto Leitura Responsável Sorocult) e é feito para ser doado para crianças carentes das entidades assistenciais de Sorocaba e região.

Fonte:
Doulas Lara (http://www.sorocaba.com.br/acontece)