Parece que o homem é um ser destinado à dor e ao sofrimento. Não há vida sem sofrimento. Compreender isso é um passo no sentido de criarmos meios para minimizar o
destino humano. Somos jogados no mundo. A nossa primeira experiência é de desamparo. E é a partir desta experiência subjetiva que devemos nos superar e nos responsabilizar pelo nosso caminhar sobre a terra. O poeta pede mais compreensão para a dor e o sofrimento subjetivos.
Por que é que todo mundo
acha-se o mais sofredor,
se o sofrimento é profundo
e ninguém afere a dor?
Marcos Medeiros - RN
Quem me dera alguém pudesse
entender meu sentimento:
seria a trova uma prece
para o fim do sofrimento.
Neiva Fernandes - RJ
Não se mede facilmente
um sofrimento profundo,
porquanto o drama da gente
é sempre o maior do mundo!
Eduardo A. O. Toledo - MG
Para esse sofrimento subjetivo, eis um bom conselho:
Acenda a luz da esperança
ante a angústia de um momento.
Com revolta não se alcança
o cessar de um sofrimento.
Maria Antonieta B. Dutra - RN
Certamente não é possível fugir desse desamparo primordial, do nosso sofrimento subjetivo, mas ao menos devemos nos esforçar para evitar o sofrimento perpetrado pela ambição, pela desonestidade e pelas injustiças sociais,
Neste mundo, os desonestos
recebem palmas e flores
e o trabalhador, os restos,
o sofrimento e as dores.
Gonzaga da Silva - RN
Encenados, ao relento,
vejo com muita emoção
os "atos" de sofrimento
nos teatros do sertão!
Ademar Macedo - RN
Embora devamos ser proativos frente ao sofrimento causado pela maldade humana, o trovador tem razão quando expressa a triste realidade de um mundo cada vez mais cruel.
Num mundo sem soluções,
nestes tempos inclementes,
não vivem populações...
existem sobreviventes!
Sebas Sundfeld - SP
Fonte:
Luiz Gonzaga da Silva (org.). Trova e Cidadania. Natal/RN, abril de 2019.
Livro enviado pelo trovador.
Luiz Gonzaga da Silva (org.). Trova e Cidadania. Natal/RN, abril de 2019.
Livro enviado pelo trovador.
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