sábado, 25 de maio de 2024

Como Escrever uma História Curta e Engraçada – 4, final


Revisando a história

1. Deixe o conto de lado por um tempo, antes de revisá-lo.

A pior coisa que um autor pode fazer é seguir imediatamente para a revisão após terminar de escrever um conto. Os escritores precisam de algum tempo longe do projeto para que a obra não esteja tão fresca em suas mentes e (idealmente) para que não estejam tão emocionalmente ligados a cada detalhe do enredo.

Após terminar de escrever, espere por pelo menos uma ou duas semanas antes de revisar a história. Se possível, tente esperar por um mês para poder criar uma distância significativa entre o enredo e você.

Considere pedir a um familiar ou amigo de confiança para ler o conto. Peça para que ele seja honesto e crítico, e enfatize que deseja saber tudo o que não está funcionando bem no enredo e por quê.

Ler a história com novos olhos vai ajudá-lo a encontrar erros que talvez tenha deixado passar.

Quando a trama está fresca na sua cabeça, é fácil preencher as lacunas com tudo o que você sabe sem perceber que certas informações foram omitidas no texto. Além disso, será mais fácil eliminar elementos da história se você esperar por algum tempo antes de revisar o conto. Talvez o autor esteja apaixonado por uma cena mas, depois de esperar por algumas semanas, perceba que ela não é tão relevante quanto ele acreditava.

2. Lembre-se do que desejava realizar no início do projeto.

Qual o ponto central do conto?
Você tentou destacar alguma situação social real? 
Tentou abordar algum aspecto da natureza humana? 
Tentou retirar humor de situações e experiências pessoais?

Independentemente das suas intenções, lembre-se delas antes de seguir com o processo de revisão.

Mantendo as intenções originais em mente, você saberá o que esperava fazer com a história e conseguirá avaliar se atingiu ou não esse objetivo.

Considere se o tom da trama corresponde às suas intenções e aos eventos gerais do conto.

3. Esclareça quaisquer elementos confusos.

Esse é um motivo importante para deixar a história de lado por um certo tempo antes de revisá-la. Quando acaba de escrever um conto, o autor tem uma probabilidade menor de encontrar qualquer elemento que possa confundir o leitor, no entanto, você poderá encontrar seus erros caso se dê tempo suficiente.

A confusão pode surgir do conteúdo da história (ou da falta dele), ou resultar de uma transição ausente ou mal executada. As transições devem conectar uma cena à cena seguinte, o capítulo anterior com o próximo e assim por diante.

Uma boa transição encerra a cena anterior e guia suavemente o leitor para a cena seguinte.

Um exemplo de uma transição entre duas cenas poderia ser algo nas linhas de: "Ele a observou em silêncio durante toda a noite, até que ela desapareceu na escuridão. Na manhã seguinte, ele continuou olhando para o horizonte, mas sabia que ela já estava a meio caminho de casa".

Peça para um amigo revisar o conto e tentar encontrar qualquer detalhe confuso ou que não faça sentido.

4. Edite a história para corrigir os erros.

A edição deve ser considerada um passo separado da revisão. Rever o conto envolve reescrever certas partes e eliminar elementos que não funcionem bem. A edição, por outro lado, envolve principalmente a correção dos erros de ortografia e gramática.

Tente encontrar erros de ortografia, gramática ou sintaxe, orações muito longas ou fragmentadas, erros de pontuação e linhas de diálogo muito fracas.

Use o corretor ortográfico do computador ou peça para um amigo com bastante talento para edição dar uma olhada no seu conto.

Tente ler a história em voz alta. Às vezes, pode ser mais fácil ouvir um erro quando o falamos em voz alta do que quando apenas o lemos em silêncio.

DICAS

Não desista! Caso esteja com dificuldade, faça uma pausa e comece novamente.

Não utilize palavras pouco comuns, para que não quebre a comicidade. Palavras difíceis ou não utilizadas cotidianamente podem fazer o leitor quebrar a cabeça para entende-las, tornando o conto cansativo, fazendo com que ele perca interesse no conto. Você tem que prender o leitor no conto para que ele leia até o fim. 

Lembre-se de que os contos nunca são perfeitos logo de cara. O trabalho de um escritor envolve a desconstrução e aperfeiçoamento de suas obras.

Peça para um amigo próximo, em quem você confie e cujas opiniões valorize, ler o conto. Pergunte quais partes ele acha que funcionam bem e quais partes precisam de revisão.

Nunca roube o trabalho de outra pessoa, incluindo piadas e trechos escritos.

Fonte> wikihow 

sexta-feira, 24 de maio de 2024

Vanice Zimerman (Tela de versos) 36

 

Newton Sampaio (Trem de subúrbio)

Calixto interrompe a discussão, enterra o chapéu na cabeça, cai no mundo. 

Esbarra nos homens que passam.

O bonde apinhado também esbarra nele. Por um triz teria os pés esmagados.

Procura um cigarro. No bolso não há cigarros.

Procura o relógio. O relógio mostra o ponteiro pequeno bem em cima do número 3. Chega à estaçãozinha. Só o tempo de entrar e o trem sair.

O maquinário rodando lhe dá o gosto longínquo de desaparecimento, de evasão.

Evasão... Longo tempo lhe dança no cérebro, o termo. Evasão... Fugir da vida...

Mas a vida florescia em tudo, feito milagre permanente. Florescia na paisagem se mexendo sem parar. E no cheiro da máquina vomitando fumaça. E na promiscuidade do vagão, — do vagão cheio de gente se abanando, de cores se exibindo, de perfumes baratos se misturando como os donos.

Ao lado, volumosa ruiva tem os quadris maltratados pela cinta apertadíssima. Perto da ruiva, um velhote percorre as letras de um vago pasquim suburbano. O velhote lê. Mas não fala.

Quem fala toda a vida é aquele rapaz de bigode lustroso. Transmite, ao companheiro, imaginárias peripécias do último jogo de futebol.

O companheiro guarda um interesse imenso na história. Não é como a moça de boina azul que não dispensa atenção a nada.

Ela é bonita, está no segundo banco, e olha, e olha.

No mundo existem milhares de moças — de boininha azul ou sem boina — que fazem a mesma coisa. Que têm esse jeito triste, distante. Que espiam silenciosamente. Com vontade de segurar nas mãos aquilo que corre do lado de lá das janelas. Mas as janelas têm vidraças que separam o corpo das moças dos apelos que correm e se sucedem.

É cheia de vidraças, a vida das moças. Por isso há moças de boina espiando, tristinhas. Espiando com olhos parecidos com os de Calixto. 

Os olhos de Calixto estão vermelhos e molhados. Por causa de uma faísca impertinente. A faísca obriga-o a esfregar as pálpebras, muitas vezes.

Esfrega, esfrega. A ruiva pensa que o rapaz havia chorado. Será que as matronas gordas pensam coisas exatas? Gravíssimo é o problema, cidadãos!

Apesar do problema, o garoto louro do primeiro banco continua chupando o seu caramelo. E se sujando também. Até o fim. Depois, a mãe limpa o rostinho dele. Como agradecimento, o garoto começa a fazer travessuras. Salta no corredor. O trem dá uma sacudidela violenta, e o teria fatalmente derrubado se a moça de boina não o tivesse amparado em tempo.

Cresce um rebuliço. A mãe fica muito pálida, o rapaz de bigode lustroso acha graça, o velhote interrompe a leitura. E a senhorita guarda o menino. Passa-lhe a mão na cabecinha.

— Como se chama?

— Roaldo.

— Quantos anos tem?

A mãe intervém.

— Já fez três. Foi no último agosto.

— Crescidinho, não?

— E ladino! — completa o orgulho materno.

O cabelo do menino tem a cor do sol. Desse sol que atravessa a vidraça e a deixa intacta. Mas a senhorita do segundo banco não tem mais esses pensamentos. Porque uma criança loura quase sempre resolve o silêncio das moças de boina...

Calixto, infelizmente, não se lembra disso. Continua a meditar em torno da discussão com a noiva. Enquanto o trenzinho corre, corre. 

Vomitando fumaça como um demônio.

Fonte> Newton Sampaio. Ficções. Secretaria de Estado da Cultura: Biblioteca Pública do Paraná, 2014.

Abbie Phillips Walker (Os animais falantes)

Hulda e Nathan tinham ouvido histórias sobre uma floresta maravilhosa onde os animais podiam falar, mas descartaram isso como mera fantasia. Isto é, até que um dia eles se viram vagando pela floresta. Nathan, cativado por um esquilo, o perseguiu, com Hulda logo atrás. Quase pegando o esquilo várias vezes, eles de repente perceberam que haviam se aventurado em uma parte desconhecida da floresta.

“Devemos voltar”, sugeriu Hulda, “pois a escuridão está se aproximando e podemos nos perder.” No entanto, em vez de refazer seus passos e encontrar o caminho que levava para fora da floresta, eles pareciam se aprofundar nela. Logo o anoitecer chegou e a ansiedade de Hulda se manifestou em lágrimas.

“Não tenha medo,” Nathan a confortou. “Esta noite, a lua vai brilhar intensamente e estou confiante de que encontraremos o caminho de volta.”

“Temo que estejamos perdidos,” Hulda lamentou enquanto Nathan a guiava para um assento debaixo de uma grande árvore. De repente, um brilho chamou a atenção deles e, ao olharem para cima, notaram uma luz fraca filtrada por uma pequena janela na lateral da árvore. Uma voz acenou: “Vocês estão perdidos, crianças?”

Uma coruja emergiu da janela e Nathan perguntou: “Você pode nos guiar para fora da floresta?”

“É muito longe para viajar esta noite,” a coruja respondeu. “Venham para dentro, e eu lhes darei o jantar.”

“Eu sei onde estamos,” Nathan exclamou. “Estamos na floresta dos animais falantes.”

A porta se abriu e eles entraram em uma cozinha arrumada. Dona Coruja, enfeitada com um grande avental branco e gorro combinando, preparava o jantar.

“Por favor, sentem-se à mesa,” ela ofereceu. Tigelas e colheres já estavam colocadas, e Dona Coruja as encheu de mingau e leite. Sua gentileza logo deixou Hulda e Nathan à vontade. Assim que terminaram a refeição, a Sra. Coruja perguntou: “Vocês gostariam de ver meus bebês?”

“De fato,” Hulda respondeu ansiosamente. A Sra. Coruja os levou até o quarto, onde três corujinhas dormiam profundamente em uma cama aconchegante.

“Eles são os pássaros mais bonitos de toda a floresta”, proclamou a orgulhosa mãe.

“Não tenho dúvidas,” Hulda concordou, “especialmente quando seus olhos estão abertos.”

Na manhã seguinte, depois que a Sra. Coruja serviu o café da manhã, Hulda expressou a necessidade de partir. Eles se despediram da Sra. Coruja e de seus bebês, reconhecendo com gratidão sua hospitalidade.

“Lá vem o Sr. Bruin”, alertou a Sra. Coruja. “Ele vai guiá-los para fora da floresta. Não se preocupem,” ela assegurou às crianças ao notar suas expressões alarmadas. “Nenhum mal acontece a ninguém nesta floresta de animais falantes. Bom dia, Sr. Bruin,” ela cumprimentou o urso pardo. “Essas crianças estão perdidas. Você vai mostrar a saída a elas?”

“Certamente”, respondeu Bruin. “Elas podem me acompanhar. Vou fazer uma longa caminhada e gostaria da companhia.”

Hulda e Nathan caminharam ao lado de Bruin, que provou ser amável e envolvente, dissipando rapidamente seus medos.

“Bom dia, Sr. Bruin”, um gaio azul gritou de sua varanda. “Onde você está indo?”

Bruin explicou o destino deles e o gaio azul os convidou a entrar. “Talvez as crianças gostem de conhecer meus bebês”, ela sugeriu.

“Ficaríamos encantados”, respondeu Hulda.

A casa do gaio azul aninhada dentro de uma grande árvore, com varandas em todos os lados. Enquanto Bruin permaneceu no andar de baixo, Hulda e Nathan seguiram a Sra. Gaio Azul escada acima.

“Eles não são adoráveis?” ela exclamou, revelando três pequenos gaios azuis aninhados em um berço. “São os pássaros mais bonitos de toda a floresta.”

Hulda e Nathan concordaram de todo o coração, achando as garotas absolutamente encantadoras. Depois de se despedir da Sra. Gaio Azul, elas se juntaram a Bruin. “Eu moro ali”, indicou Bruin, apontando para uma rocha que se assemelhava peculiarmente a uma casa. “Minha esposa ficará descontente se eu não apresentar vocês a ela.”

“Teremos o maior prazer em visitá-la”, respondeu Hulda, e logo chegaram à porta da residência de Bruin. A Sra. Bruin, de boné e avental, deu-lhes as boas-vindas com um sorriso caloroso, exalando um ar carinhoso.

“Entrem,” ela convidou. “Vou preparar o almoço e apresentá-los às crianças. Vocês certamente vão se apaixonar por eles,” ela acrescentou enquanto ela e Bruin buscavam seus filhos. Em questão de minutos, eles voltaram, cada um carregando um ursinho pardo debaixo do braço. Colocados em cadeiras altas, os filhotes jogavam leite com as colheres de brincadeira, como crianças malcomportadas que Hulda e Nathan observaram.

Depois do almoço, eles se despediram da Sra. Bruin e de seus filhotes, assegurando-se de elogiar o charme inegável dos bebês. Continuando a viagem, caminharam uma distância considerável sem encontrar ninguém até que se cruzaram com um esquilo e um coelho.

“Por favor, juntem-se a nós para o chá,” o coelho gentilmente convidou. “E vocês precisam ver meus bebês.”

“E depois, vocês devem ver os meus”, acrescentou o esquilo.

Eles primeiro visitaram o coelho, cuja charmosa casa branca ostentava persianas verdes vibrantes, cercadas por vegetais florescentes. A sra. Coelho conduziu-os a uma aconchegante sala de estar. Enquanto saboreavam o chá, uma babá entrou com duas cestas, colocando-as no chão. A Sra. Coelho descobriu amorosamente as cestas, revelando seus preciosos coelhinhos.

“Garanto a vocês”, ela declarou com orgulho, “que essas são as criaturas mais encantadoras da floresta.” Hulda concordou sinceramente, admirando sua aparência delicada.

Em seguida, eles cruzaram a rua para a casa da Sra. Esquilo, onde seus bebês brincavam no quintal. A Sra. Esquilo explicou: “Deixei-os correr livremente para que vocês possam apreciar sua graciosidade. Eles são os bebês mais adoráveis da floresta.”

“Eu acredito que você esteja certa,” Hulda concordou. “Eles são incrivelmente astutos.”

Finalmente, quando se aproximaram do caminho que saía da floresta, Bruin informou-os de que não poderia ir mais longe. “Entrar nesse caminho faz com que qualquer animal falante perca a capacidade de falar”, revelou.

“Estamos profundamente gratos”, expressou Nathan. “Tivemos uma experiência verdadeiramente cativante.”

“Por favor, voltem”, Bruin estendeu seu convite. “Sempre recebemos visitantes.” Com essas palavras de despedida, Bruin desapareceu na floresta, logo desaparecendo de vista.

“Nunca mais quero comer mingau com leite”, exclamou Hulda. “Eles devem subsistir com isso. Você viu como aquelas mães eram vaidosas? É bastante estranho quando eles perguntam se seus bebês são atraentes.”

“Você concordou com cada mãe”, observou Nathan, “mesmo com a coruja, cujos filhotes eram os mais feios que já vi.”

“Você diz a uma mãe que seu bebê não é bonito?” questionou Hulda.

“Não,” Nathan admitiu, “acho que não.”

“Bem, é o mesmo com animais e pássaros”, concluiu Hulda.

Apesar de inúmeras tentativas no futuro, Hulda e Nathan não conseguiram encontrar o caminho que levava de volta à floresta de animais falantes. No entanto, eles mantêm a esperança, sabendo que ela existe, e sonham em redescobri-la algum dia.

Fonte> Abbie Phillips Walker (EUA, 1867 - 1951). Contos para crianças. 
Disponível em Domínio Público.

Recordando Velhas Canções (The House Of The Rising Sun = A Casa do Sol Nascente)


 Composição: Alan Price

Há uma casa em Nova Orleans
There is a house in New Orleans
Eles a chamam de Sol Nascente
They call the Rising Sun
E tem sido a ruína de muitos garotos pobres
And it's been the ruin of many a poor boy
E, Deus, sei que sou um deles
And God, I know I'm one

Minha mãe era costureira
My mother was a tailor
Ela costurou meu novo jeans azul
She sewed my new blue jeans
Meu pai era um apostador
My father was a gamblin' man
Em Nova Orleans
Down in New Orleans

Agora, a única coisa que um apostador precisa
Now the only thing a gambler needs
É uma mala e um porta-malas
Is a suitcase and a trunk
E o único momento em que se sente satisfeito
And the only time he'll be satisfied
É quando está completamente bêbado
Is when he's all drunk

Oh, mãe, diga aos seus filhos
Oh, mother, tell your children
Para não fazerem o que eu fiz
Not to do what I have done
Desperdiçar a vida com pecados e tristeza profunda
Spend your lives in sin and misery
Na Casa do Sol Nascente
In the House of the Rising Sun

Bem, estou com um pé na plataforma
Well, I got one foot on the platform
E o outro pé no trem
The other foot on the train
Estou voltando para Nova Orleans
I'm goin' back to New Orleans
Para usar aquele grilhão
To wear that ball and chain

Bem, há uma casa em Nova Orleans
Well, there is a house in New Orleans
Eles a chamam de Sol Nascente
They call the Rising Sun
E tem sido a ruína de muitos garotos pobres
And it's been the ruin of many a poor boy
E, Deus, sei que sou um deles
And God, I know I'm one
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = =  = 

A Melancolia e o Alerta em 'The House Of The Rising Sun'
A canção 'The House Of The Rising Sun', interpretada pela banda britânica The Animals, é um clássico do folk rock que se destaca por sua melodia sombria e letra carregada de arrependimento e advertência. A música fala sobre uma casa em Nova Orleans, conhecida como Rising Sun, que teria sido a ruína de muitos jovens pobres, incluindo o narrador da história. A narrativa é construída em torno da figura de um homem que reconhece os erros de sua vida, marcada pelo jogo e pela bebida, e que lamenta o caminho que escolheu seguir.

A letra da música apresenta uma forte carga emocional, onde o narrador reflete sobre as escolhas de sua vida. A referência à mãe, que era costureira, e ao pai, um jogador, sugere um contraste entre o trabalho honesto e a vida de vícios. A casa do sol nascente, ou 'House of the Rising Sun', é frequentemente interpretada como um bordel ou um bar, lugares associados ao pecado e à perdição na época em que a música foi popularizada. A música serve como um aviso para que outros não sigam o mesmo caminho de 'pecado e miséria'.

A canção, com sua melodia envolvente e acordes de guitarra marcantes, tornou-se um ícone da década de 1960 e é considerada uma das maiores gravações de todos os tempos. A interpretação de Eric Burdon, vocalista dos The Animals, é carregada de emoção, transmitindo a sensação de arrependimento e desolação que a letra sugere. 'The House Of The Rising Sun' é uma música que transcende gerações, mantendo-se relevante pela sua poderosa mensagem de cautela contra os perigos de uma vida desregrada.

Como Escrever uma História Curta e Engraçada – 3


Escrevendo o conto

1. Defina os elementos da história logo no início.

Em toda as histórias, o leitor deverá compreender quais personagens estão envolvidas e onde o enredo se desenvolve, além de ter uma certa ideia do assunto tratado pela trama. Isso também vale para os contos engraçados, mas com a adição do elemento humorístico.

Não deixe os leitores tentando adivinhar alguma coisa por muito tempo ou eles poderão desistir do conto.

O início de qualquer conto deve definir o cenário e apresentar pelo menos uma personagem.

Descreva onde a trama se passa, mas tente tornar a descrição relevante. Encontre meios de extrair tensão ou humor do ambiente, tanto quanto for possível.

Considere como e quando os elementos humorísticos da história se desenvolveram e tente sugerir uma dica do que vai acontecer logo no início do conto.

Lembre-se de que o início do conto deve apresentar alguma coisa, quer seja um elemento de tensão, uma fonte de humor ou algo que será vital para a história mais adiante.

2. Torne as coisas complicadas e engraçadas no meio do conto.

Esse é o ponto em que as coisas começam a se complicar dentro da história. Em um conto de humor, o meio da trama também propicia uma quantidade razoável de comédia ou o forte estabelecimento de um elemento engraçado que ainda esteja por vir.

Provavelmente, a parte intermediária do conto será também a mais longa. Faça as palavras valerem a pena, tornando as coisas interessantes para uma ou mais personagens nesse momento.

A tensão deverá complicar as vidas dos protagonistas e formar o arco básico do enredo.

Ela costuma surgir de situações de conflito, geralmente entre o protagonista e alguma outra pessoa, ele mesmo, a natureza, a tecnologia, a sociedade, Deus ou deuses.

O autor pode incorporar um elemento humorístico derivado da tensão, ou optar por inclui-lo como uma espécie de alívio cômico, que acompanhará a tensão para não deixar o texto sério demais.

3. Encerre a história com um final curto.

Você não terá muitas linhas para criar um encerramento longo e extenso se estiver escrevendo um conto. As coisas precisam se resolver em tempo hábil e o humor deve surgir com força nesse momento (principalmente se a seção intermediária foi usada para desenvolver o elemento humorístico).

A tensão precisa se resolver rapidamente, e o humor pode surgir a partir desse desenlace ou simplesmente acompanhá-lo. 

Tente criar um final conciso.

Lembre-se de que, enquanto estiver trabalhando na criação de um conto humorístico, talvez você precise reduzir alguns elementos até chegar à essência de cada um deles.

O final deverá ter cerca de um parágrafo e o leitor precisará encontrar um certo alívio e senso de humor na frase de encerramento.

4. Desenvolva um diálogo realista.

Agora que criou personagens plausíveis, você precisa fazer com que elas se comuniquem de forma realista. Em um texto de qualidade, os leitores conseguem ouvir o diálogo e não pensam consigo mesmos, "Esta é uma obra de ficção".

Pense na forma como as pessoas falam umas com as outras. Leia os diálogos do texto em voz alta e se pergunte: "As pessoas realmente falam esse tipo de coisa?".

Um bom diálogo vai empurrar a narrativa para a frente. Evite ser redundante ou afirmar coisas óbvias.

Os diálogos de qualidade evidenciam muito bem a personalidade de cada personagem (incluindo a forma como ela interage e trata as outras pessoas).

Não encha as etiquetas de diálogo (as ações que acompanham as linhas faladas) com detalhes. Por exemplo, em vez de dizer: "O que devemos fazer?", perguntou, olhando nervosamente e compulsivamente para o chão, tomando o cuidado de não olhar nos olhos dela, tente algo mais simples como: "O que devemos fazer?", ele perguntou sem tirar os olhos do chão.

5. Cubra o assunto completamente e em poucas linhas.

Esse é um dos aspectos mais difíceis da criação de contos.

Vendo de fora, a criação de um formato literário mais longo (como um livro) pode parecer mais difícil, mas um bom conto precisa cumprir as mesmas tarefas de um livro dentro de um espaço muito menor.

Todos os elementos precisam se combinar de maneira eficaz no final e, além disso, seu conto precisa de elementos de humor. 

Talvez você tenha grandes ideias para a trama da história, mas é importante lembrar que, quando escrevemos um conto, nosso espaço é limitado.

Não deixe de explorar ou cumprir os elementos da ideia central. A história deverá analisar plenamente o tema ou as ideias apresentadas ao final do conto.

Você poderá eliminar elementos e palavras não essenciais para reduzir a história.

A ideia terá sido totalmente explorada quando você tiver dito (direta ou indiretamente) tudo o precisa dizer a respeito dela. 

Por exemplo, um autor precisará de muito espaço para cobrir adequadamente a complexidade das relações humanas. No entanto, você poderia capturar um momento entre duas pessoas e escrever sobre algum aspecto da amizade (como perdoar os amigos por fazerem ou dizerem coisas ofensivas) dentro de um conto.

6. Concentre-se no essencial quando estiver escrevendo.

Escrever um conto de humor poderá ser difícil para um autor que não esteja familiarizado com a criação de obras mais curtas. Não importa se você quer resumir um texto longo ou expandir um enredo breve, concentre-se nos elementos mais importantes da história.

Algumas pessoas preferem criar histórias mais longas e então reduzi-las até um conto, já que isso garante uma trama completa.

Outros escritores preferem começar com um enredo curto e expandi-lo conforme necessário.

Essa técnica facilita a criação de textos curtos e poupa o escritor do estresse de precisar decidir o que cortar na versão final.

Não existe nenhuma receita certa ou errada para a criação de um conto de humor, portanto, faça o que funcionar melhor no seu caso.

Seja qual for a sua abordagem, assegure-se de que a trama esteja completa, as ideias e os personagens bem desenvolvidos e que o humor seja entregue de forma satisfatória.

continua… Revisando a história

Fonte> wikihow 

quinta-feira, 23 de maio de 2024

José Feldman (Analecto de Trivões) 29

 

Antonio Brás Constante (Por que eles preferem os carros e elas a casa?)

Por que os homens gostam tanto de carros, enquanto as mulheres preferem o conforto de um lar? Muitos dizem que isto acontece devido à maneira como ambos (homem e mulher) são geralmente criados. Enquanto a casa é uma espécie de porto seguro para elas, o carro fornece toda liberdade de que eles precisam, e ainda pode sempre ser trocado por outro modelo mais moderno. De preferência novo. Virgem.

O automóvel é o companheiro de aventuras e desventuras do sexo masculino. O homem sente-se como um cowboy do asfalto. Já a casa é o castelo onde vive a rainha do lar. Sendo em muitos casos, também sua masmorra. Uma caixinha de joias onde o marido guarda sua preciosa amada, como se ela fosse um objeto de porcelana. Uma porcelana frágil que lava, passa, varre, cozinha etc.

A casa é um bebezão para a mulher, um gigantesco bebê que deve ser arrumado, limpo e decorado. É sua obra-prima, um mosaico artístico em forma de lar. Uma grande parte das coisas que estão ali, foram presentes recebidos ou peças arrumadas por ela. Os eletrodomésticos, a posição dos móveis, quadros, alimentos, panos de chão, material de limpeza, etcetera e tal. A casa é uma extensão de seu ser, onde o marido é um organismo estranho, que deve ser suportado (porque em alguns raros momentos consegue ser útil, como, por exemplo, para cuidar do pátio e ajudar na recolocação dos móveis mais pesados, ou para pendurar as cortinas). Porém, ele tem que entender que o seu cantinho deve se limitar ao sofá da sala, e de preferência sem colocar os pés na mesinha de centro.

Para o homem, o carro é um tipo de máquina dos sonhos, cheia de curvas, bastando inserir a chave e pronto, ela já estará prontinha para acompanha-lo aonde ele for, fazendo tudo que mandar, sem necessidade de discutir a relação ou perguntando a ele se está gorda. Quando passeia com sua máquina sobre rodas, muitos ficam olhando-o cheios de inveja, acompanhando com os olhos vocês passarem, deixando-o cheio de orgulho de sua maravilha mecânica.

Claro que as mulheres tem atributos que um carro não dispõe. Porém, se ao menos elas fossem tão simples de lidar como um automóvel, o mundo se transformaria em uma auto-estrada sem engarrafamentos e sem pardais. Onde a vida do homem seria algo bem mais fácil e feliz.

Para uma boa parte das mulheres o homem ideal deveria ser como um liquidificador, que agiria no nível de eficiência (e potência) que elas quisessem, estando sempre pronto e limpinho na hora que elas precisassem, e quando não ele não fosse mais necessário bastaria desligá-lo e guardá-lo, sem maiores transtornos, e sem necessidade de ouvir roncos, ou recolher suas roupas espalhadas pelo chão, entre outras tantas “falhas” masculinas.

Talvez no futuro os homens possam ser trocados por práticos “robôs serviçais”, e as mulheres sejam substituídas por delirantes veículos, com acessórios para suprir todas (eu disse TODAS) as necessidades do sexo masculino. Tudo feito de forma fria e eficiente. A partir desse momento, talvez ambos enfim descubram o quanto eram felizes e não sabiam, quando partilhavam de suas imperfeições com as suas caras metades, que seriam taxadas de obsoletas em um futurístico e solitário mundo moderno.

Fonte: Recanto das Letras – 31.08.2008
https://www.recantodasletras.com.br/humor/1155407

Estante de Livros (“A morte de Arthur”, de Sir Thomas Malory)

Hic iacet Arthurus, rex quondam rexque futurus
; Aqui jaz Arthur, rei que foi, rei que será. Com essa frase gravada em seu túmulo, terminava o reinado de Arthur Pendragon, enquanto prenunciava seu futuro retorno como monarca da ilha britânica. Porém, para compreender a grandiosidade de sua lenda, não é só necessário contar sua história, mas também as aventuras de Sir Lancelot, Sir Tristão e dos vários outros cavaleiros da Távola Redonda.

Lançado em 1485, Sir Thomas Malory, com a intenção de criar um livro com início, meio e fim da lenda Arthuriana, utilizou as várias histórias avulsas disponíveis na época e criou uma obra única e completa do portador de Excalibur. A obra de Malory está baseada em livros anteriores de temática arturiana de várias origens, ainda que as fontes exatas sejam objeto de debate. Entre as obras que forneceram material para a Morte estão o Ciclo do Lancelot-Graal e o Tristão em Prosa, ambas obras francesas do século XIII, e os poemas Morte de Arthur Aliterativo e o Morte de Artur em Estrofes, obras em inglês médio datadas do século XIV ou início do século XV. Em relação às fontes, Malory frequentemente reordenou os acontecimentos da narrativa, inclusive eliminando episódios. A coerência narrativa entre os vários livros da Morte é muitas vezes precária, o que deu margem a que estudiosos como Eugène Vinaver questionaram a unidade da obra.

Este livro traz uma das mais famosas e influentes obras das sagas Arthurianas para uma atual e moderna experiência, dando nova vida ao eterno Rei da Inglaterra.

RESUMO

A Morte de Arthur pode ser dividida nas seguintes partes:

O conto do Rei Arthur
A primeira parte apresenta Merlin e descreve como o mago planeja a concepção e nascimento de Arthur, filho de Uter Pendragon e Igraine. Arthur é criado por D. Heitor e eventualmente retira a Espada na Pedra, o que lhe dá o direito de ser rei da Inglaterra. Com Merlin como conselheiro, o rei Arthur ganha várias batalhas, casa-se com Guinevere e organiza a Távola Redonda com seus cavaleiros em Camalot.

O conto do Rei Arthur e o Imperador Lúcio
Mensageiros do imperador romano Lúcio exigem que Arthur pague tributo a Roma como vassalo. O rei recusa, invocando antigas histórias sobre uma conquista de Roma por guerreiros britânicos. Sem acordo, o exército do rei e o do imperador se preparam para a guerra. No continente, Arthur pessoalmente combate e mata um gigante que aterrorizava o povo no Monte São Miguel, na França. Mais tarde o exército do rei ganha o combate com as tropas de Lúcio, e Arthur é coroado Imperador.

O conto de Sir Lancelot do Lago
Essa parte apresenta Lancelot do Lago como o cavaleiro mais virtuoso da corte de Artur. Participa de muitas aventuras: é feito prisioneiro por Morgana, sai vitorioso num torneio em nome do rei Bagdemagus e mata em combate o traiçoeiro D. Turquine, que mantinha vários cavaleiros prisioneiros. Nesse conto também é introduzido o tema do amor proibido entre Lancelot e a rainha Guinevere, ainda que o cavaleiro sempre o negue. A desconfiança despertada pela traição termina levando à caída do reino de Arthur.

O conto de Dom Gareth
O jovem D. Gareth, irmão de Sir Gauvain, chega à corte do rei Artur como um "Bel inconnu" ("Belo desconhecido"), sem nome nem passado. Após salvar a dama Lyonesse e derrotar vários guerreiros (incluído o Cavaleiro Negro) é reconhecido como um digno cavaleiro da corte.

O livro de Dom Tristão
Essa seção é inspirada no amor trágico de Tristão e Isolda e tem como fonte principal a obra francesa Tristão em Prosa, do século XIII. Assim, a ênfase está no adultério que comete Isolda (Iseult) com Tristão, uma vez que a rainha está casada com o rei Marc da Cornualha. Outros personagens importantes dessa parte são os cavaleiros Sir Palamedes e Sir Dinadan.

O conto do Santo Graal
Essa parte do livro é inspirada na Demanda do Santo Graal do Ciclo do Lancelot-Graal, obra francesa do século XIII. O Santo Graal aparece milagrosamente na corte do rei Arthur, e vários cavaleiros se dispõem a buscá-lo. Participam entre outros Gauwain, Lancelot, Percival, Boors e Galahad, filho de Lancelot. Entre as muitas aventuras no caminho, os cavaleiros frequentemente encontram donzelas e eremitas que lhes pedem favores ou lhes dão conselhos. No final, os cavaleiros que conseguem o Graal são Boors, Percival e Galahad, sendo este, o mais virtuoso de todos, termina indo ao Céu diretamente, levado por anjos.

O livro de Dom Lancelot e da rainha Guinevere
O tema do amor proibido de Lancelote e Guinevere é retomado, e os amantes despertam cada vez mais suspeitas da corte. Meleagant, apaixonado por Guinevere, rapta a rainha e a leva para seu castelo. Lancelot vem ao socorro dela e, ao perder seu cavalo, entra no castelo numa carreta, retornando ao tema de Lancelot, o Cavaleiro da Carreta, de Chrétien de Troyes (século XII). Em combate, Lancelot acaba matando Meleagant.

A morte de Arthur
Sir Mordred e Sir Agravain revelam o adultério de Lancelot e Guinevere. Lancelot mata Agravain e escapa, e a rainha é condenada a morrer na fogueira pelo rei Arthur. Lancelot e seus companheiros resgatam-na, e na ação morrem Gareth e Gaheris, sobrinhos do rei. Arthur declara guerra contra Lancelot, e passa com seu exército à França. Mordred, filho incestuoso de Arthur e Morgawse, usurpa o trono do rei, e Arthur resolve retornar à Grã-Bretanha. Gawain, ferido, escreve uma carta a Lancelot, pedindo-lhe que venha à ilha ajudar o rei. Na Batalha de Camlann, Arthur e Mordred ferem mortalmente um ao outro. Antes de morrer, Arthur dá sua espada, Excalibur, para que que Sir Bedivere jogue num lago. Ao lançar a espada, vê surgir das águas o braço da Dama do Lago, que recolhe a espada e volta a submergir. Ao retornar ao rei, Bedivere ajuda Arthur a entrar numa embarcação com várias damas (inclusive Morgana), que levam o rei à ilha de Avalon.

Fontes:
https://www.amazon.com.br/Morte-Arthur-%C3%9Anico-Thomas-Malory/dp/650015293X
https://pt.wikipedia.org/wiki/Le_Morte_d%27Arthur

Recordando Velhas Canções (Viagem)


Compositor: Taiguara

Vai, 
abandona a morte em vida em que hoje estás
Há um lugar onde essa angústia se desfaz
E o veneno e a solidão mudam de cor
Há ainda o amor

Vai, 
recupera a paz perdida e as ilusões
Não espera vir a vida às tuas mãos
Faz em fera a flor ferida e vai lutar
Pro amor voltar

Vai, 
faz de um corpo de mulher estrada e sol
Te faz amante, faz teu peito errante
Acreditar que amanheceu

Vai, 
corpo inteiro mergulhar no teu amor
E esse momento vai ser teu momento
O mundo inteiro vai ser teu, teu, teu
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = =  = = = = = = = = = = 

A Jornada de Renovação em 'Viagem' de Taiguara
A música 'Viagem' de Taiguara é uma poderosa expressão de esperança e renovação. Através de sua letra, o artista convida o ouvinte a deixar para trás um estado de desesperança e inércia, simbolizado pela 'morte em vida', e a buscar um novo começo onde 'a angústia se desfaz'. A canção sugere uma transformação interna, onde o veneno e a solidão são substituídos por cores mais vivas, indicando uma mudança de perspectiva sobre a vida.

O refrão da música é um chamado para a ação. Taiguara incentiva a recuperação da paz e das ilusões perdidas, não como um presente que a vida oferece, mas como uma conquista ativa. A metáfora 'faz em fera a flor ferida' evoca a ideia de que mesmo algo danificado pode ser revigorado e transformado em algo feroz e belo através da luta e do esforço pessoal.

A canção também aborda a temática do amor e da intimidade como caminhos para a redescoberta e a cura. O artista usa a imagem de 'um corpo de mulher' como símbolo de jornada e renovação, onde o amor físico e emocional serve como veículo para acreditar em novos começos. 'Viagem' é, portanto, um convite para mergulhar profundamente no amor e na vida, abraçando plenamente o potencial de cada momento como único e transformador.

Como Escrever uma História Curta e Engraçada – 2

INCORPORANDO O HUMOR

1. Tire humor de todos os lugares.

Reunir todas as coisas que o autor considere engraçadas em diferentes aspectos da vida poderá ser útil na hora de planejar os aspectos humorísticos do conto.

Poderia ser algo pessoal, político ou cultural — qualquer coisa que você ache engraçada. Faça anotações sobre a história (a trama em si), a situação (o tema do conto — por exemplo, a dinâmica da amizade), e por que ela é divertida.

Mantenha um caderno com ideias e inspirações. Anote as coisas engraçadas que vir ou ouvir ou quaisquer ideias que vierem à mente.

Não tenha medo de usar elementos humorísticos da sua própria vida e das vidas de amigos.

O conto não precisa ser 100% autobiográfico, mas incorporar elementos de situações constrangedoras ou engraçadas da vida real poderá conferir mais personalidade à obra.

Mantenha-se em dia com os eventos atuais. Talvez a história não fale sobre as notícias do mundo ou as fofocas de celebridades, mas você poderá conseguir inspiração ou até mesmo retirar elementos do enredo a partir de eventos reais e culturalmente relevantes.

2. Tenha as próprias crenças e opiniões.

A comédia requer um certo nível de honestidade por parte do comediante, e o mesmo vale para a literatura, portanto, seja honesto consigo mesmo como escritor de contos cômicos. 

Antes de sentar para escrever, você deverá ter um senso definido das coisas que pensa ou acredita sobre o mundo, assim as observações humorísticas e a escrita em geral partirão do seu próprio elemento.

Você não contaria uma piada política para alguns amigos sem antes assumir alguma posição a respeito do assunto, então por que tentar ser imparcial no humor escrito?

Não use um humor tão agressivo a ponto de alienar as pessoas que não concordem com você, mas tenha consciência do seu posicionamento em determinadas questões para poder encontrar humor situacional nelas.

3. Busque inspiração.

Isso poderá ser útil se você estiver com dificuldade para criar um conto engraçado. Ela poderá surgir de diversas formas, mas a melhor maneira de encontrar inspiração para um projeto desse tipo é a imersão em outras histórias engraçadas (tanto escritas quanto visuais).

Leia histórias de humor. 

Você poderá encontrá-las na internet, na biblioteca ou em uma livraria local.

Assista a comédias e programas de televisão engraçados. Embora estejam em um formato diferente, essas obras ainda poderão propiciar inspiração.

Quando assistir ou ler coisas que ache engraçadas, tente analisar o humor do autor. Considere por que você acha certas coisas engraçadas e as técnicas que o autor ou roteirista pode ter usado para criar os elementos humorísticos do texto, procurando meios de adaptar esse estilo a sua própria escrita.

4. Aprenda a criar uma piada.

Caso pretenda incorporar piadas reais no texto, familiarize-se com a técnica usada pelos comediantes. Elas não são obrigatórias, mas você precisará elaborá-las muito bem se quiser inclui-las no conto.

Uma piada deve ser inequivocamente engraçado e não deve exigir que o leitor quebre a cabeça para conseguir entendê-la, e a piada ideal provoca o riso antes mesmo que o leitor termine de lê-la.

Caso pretenda incluir um clímax na piada, lembre-se de colocá-lo no final. Caso contrário, os leitores poderão se confundir e não vão entender onde está a parte engraçada.

Tente criar uma lista com duas coisas que combinem bastante e depois acrescentar um terceiro item que não tenha nenhuma relação aparente com os outros dois. Essa técnica é conhecida como regra de três.

O humor partirá do terceiro elemento da lista, porque essa coisa não combina com as outras ou porque ela destaca algum tipo de verdade.

Por exemplo, você poderia escrever algo como: "Meu médico acha que estou enlouquecendo. Ele me recomendou tomar mais ar fresco, praticar mais exercícios físicos e parar de telefoná-lo às três da manhã perguntando o que está errado comigo".

5. Use o humor com moderação.

Essa sugestão pode parecer estranha para uma história engraçada, mas o humor em excesso pode arruinar um conto. Você não quer empurrar a comédia pela garganta abaixo dos leitores, o texto deve ser engraçado sem se parecer com um ataque de piadas.

Lembre-se de que um conto engraçado ainda precisa de um enredo funcional com personagens e diálogos realistas. Uma história engraçada não poderá ser apenas uma sequência eterna de piadas.

Permita que o humor surja a partir dos cenários, personagens e situações, ou de alguma combinação entre eles. Caso tente forçar muitos elementos cômicos no conto (até mesmo em uma história engraçada), a escrita poderá soar brega e artificial.

continua… Escrevendo o conto

Fonte> wikihow 

quarta-feira, 22 de maio de 2024

A. A. de Assis (Jardim de Trovas) 46

 

Silmar Bohrer (Croniquinha) 112

A vida. O que é a vida? 

A palavra vida tem um significado amplo, mas no conceito original da latina " vita " é o estado de atividade que temos entre o nascimento e a morte . Sentido básico. 

Tenho dito sempre que a vida é um cadinho de vivências que se entrecruzam, se somam, se sensibilizam, se emocionam, sofrem, riem nos melhores momentos, choram em instantes cruciais - um pequeno amontoado de vivências. 

A não-vida nos traumatiza, nos abala, nos deixa doloridos, inertes, sem fala - como acontece comigo. Em momentos de tragédias ou catástrofes nos abalamos, estremecemos, oscilamos até nos pensamentos. Como está acontecendo com o drama vivido pelos irmãos do sul, privados dos seus lares, muitos sem alimentos, sem roupas, sem descanso, sem um aconchego... amparo. 

Mas o homem, tantas vezes desumano, é humanitário por natureza. Mobiliza-se a nação para ajudar os desamparados. Em trabalho e bens materiais. Esforços sem medidas, sem hora, sem limites. Porque já dizia o humanitário Érico que "a vida começa todos os dias". 

E esse querido Veríssimo, se entre nós estivesse, certamente refletiria as próprias palavras: "Surpreender o homem no ATO DE VIVER é uma das coisas mais fantásticas que existe". 

Certamente, Veríssimo, verdadeiro ! 

Fonte: Texto enviado pelo autor