Ao homem, na sua essência,
diante a sua fraqueza,
deu-lhe Deus, com sapiência,
por amparo a fortaleza!
- - - - - –
Ao ver a morte estampada,
na face de uma criança,
vê-se, ali, riste, ceifada,
para sempre uma esperança.
- - - - - –
Até mesmo o passarinho,
deixa a seca, a região,
para formar novo ninho,
onde houver fartura em grão
- - - - - -
Cansado, depois da lida,
no campo, ao anoitecer,
nos dá uma lição de vida,
o pobre aprendendo a ler.
- - - - - –
Com frases que vem do peito,
meu coração se declara
ao verso mais que perfeito:
— A trova, esta joia rara!
- - - - - -
Como que por acalanto,
descerra a noite o seu véu.
Cobre a terra, com seu manto,
expondo estrelas no céu!
- - - - - –
Desista, irmão dessa guerra,
abrace a paz benfazeja,
pois, a vida, enfim se encerra,
onde o combate sobeja.
- - - - - –
Desisti das minhas lutas,
nos sufrágios, com cautelas,
vou votar nas prostitutas,
me cansei, dos filhos delas...
- - - - - –
Deus com sua sapiência,
rima pra Mãe não criou,
preservando, em sua essência,
a pureza ao seu louvor.
- - - - - –
Eis a serra majestosa!
Na natureza, um painel...
— Imponente, imperiosa,
altiva, buscando o céu!
- - - - - –
Ela vem com seu achaque,
nossa paz ela degreda,
a sogra é que nem conhaque:
— Aos poucos ela embebeda!
- - - - - –
Em noite de lua cheia,
envolto a tanto esplendor,
um poeta galhardeia,
versando trovas de amor.
- - - - - –
É uma alegria, incontida,
o nascer do filho amado,
que pelo amor, fez-se vida,
no seio mater, gerado.
- - - - - -
Gaivota! Um doce voar.
Com tua excelsa beleza,
quando pairas, frente ao mar,
és eterna realeza!
- - - - - -
Não podia acontecer!
Do verbo, qual seu conceito?
Diz Juquinha, sem temer:
— Preservativo imperfeito!
- - - - - –
Na roça, o suor do rosto,
mostra todo o ardor da lida.
e nesse cansaço, exposto:
— Uma esperança de vida!
- - - - - –
No plenilúnio, na noite,
do aconchego dos seus ninhos,
vem a lua como açoite,
aclarar os passarinhos!
- - - - - –
No voo, a linda craúna,
com graça e simplicidade,
entoa, por sobre a duna,
seu canto de liberdade.
- - - - - –
O bombeiro, seu Clemente,
no boteco faz seu jogo.
Lá se apaga na aguardente,
combatendo o próprio fogo!
- - - - - –
O fogo traz, seus horrores,
queimada, é devastação,
onde havia vida e cores,
há tristeza e solidão.
- - - - - -
O jardim perdeu as cores,
todo o belo feneceu;
as rosas, sem seus olores,
tal qual o destino meu...
- - - - - -
Para que tenhamos paz,
devemo-nos dar as mãos,
Na vida, nunca é demais,
o afago amigo, um irmão!
- - - - - -
Pelos caminhos da lida,
quantos castelos ergui...
— E esses sonhos, pela vida,
com trabalho os consegui!
Por ser um real tormento,
indefinível ao pintor
e um sublime sentimento:
– A saudade não tem cor!
- - - - - –
Por volúpia ou por feitiço,
todo amor se faz mister,
no encantamento e no viço,
dos braços de uma mulher.
- - - - - –
Quando a lua prateada,
resplandece na amplidão,
faz da trova uma morada,
em forma de inspiração.
- - - - - –
Quando a queimada ameaça
a vida, sem complacência,
a mata, pela fumaça,
vai aos céus pedir clemência.
- - - - - –
Quantas vezes, eu criança,
teus versos, Pai, eu ouvia;
hoje eu guardo a tua herança:
— O régio dom da poesia.
- - - - - –
Relógio que sempre atrasa
e um homem que não garanta,
de nada servem pra casa,
nenhum dos dois, adianta!
- - - - - –
Se a vida, traz cicatrizes
por algo, que nos aporte,
pelos meus dias felizes,
agradeço a Deus, a sorte,
- - - - - –
Se os bons ventos são bem vindos,
por trazer-nos, sempre o bem,
que levem após, advindos,
os nossos males também...
- - - - - –
Só a idade evidencia,
os anos da nossa essência,
nos dando a sabedoria,
consolidando a existência.
- - - - - –
Tendo a trova, como canto,
o poeta, em oração,
põe em versos, todo encanto,
da mais sublime expressão!
- - - - - –
Tens meiguice e sedução,
tens, oh! Mãe, tanta bondade,
és de Deus a criação,
que concebe a humanidade.
- - - - - –
Uma nasce pra titia,
outra varre os assoalhos.
Mulher feia e ventania,
só servem pra quebra-galhos.
Fonte:
Fabiano de Cristo Magalhães Wanderley. Versos Di Versos. Natal/RN, 2014.
diante a sua fraqueza,
deu-lhe Deus, com sapiência,
por amparo a fortaleza!
- - - - - –
Ao ver a morte estampada,
na face de uma criança,
vê-se, ali, riste, ceifada,
para sempre uma esperança.
- - - - - –
Até mesmo o passarinho,
deixa a seca, a região,
para formar novo ninho,
onde houver fartura em grão
- - - - - -
Cansado, depois da lida,
no campo, ao anoitecer,
nos dá uma lição de vida,
o pobre aprendendo a ler.
- - - - - –
Com frases que vem do peito,
meu coração se declara
ao verso mais que perfeito:
— A trova, esta joia rara!
- - - - - -
Como que por acalanto,
descerra a noite o seu véu.
Cobre a terra, com seu manto,
expondo estrelas no céu!
- - - - - –
Desista, irmão dessa guerra,
abrace a paz benfazeja,
pois, a vida, enfim se encerra,
onde o combate sobeja.
- - - - - –
Desisti das minhas lutas,
nos sufrágios, com cautelas,
vou votar nas prostitutas,
me cansei, dos filhos delas...
- - - - - –
Deus com sua sapiência,
rima pra Mãe não criou,
preservando, em sua essência,
a pureza ao seu louvor.
- - - - - –
Eis a serra majestosa!
Na natureza, um painel...
— Imponente, imperiosa,
altiva, buscando o céu!
- - - - - –
Ela vem com seu achaque,
nossa paz ela degreda,
a sogra é que nem conhaque:
— Aos poucos ela embebeda!
- - - - - –
Em noite de lua cheia,
envolto a tanto esplendor,
um poeta galhardeia,
versando trovas de amor.
- - - - - –
É uma alegria, incontida,
o nascer do filho amado,
que pelo amor, fez-se vida,
no seio mater, gerado.
- - - - - -
Gaivota! Um doce voar.
Com tua excelsa beleza,
quando pairas, frente ao mar,
és eterna realeza!
- - - - - -
Não podia acontecer!
Do verbo, qual seu conceito?
Diz Juquinha, sem temer:
— Preservativo imperfeito!
- - - - - –
Na roça, o suor do rosto,
mostra todo o ardor da lida.
e nesse cansaço, exposto:
— Uma esperança de vida!
- - - - - –
No plenilúnio, na noite,
do aconchego dos seus ninhos,
vem a lua como açoite,
aclarar os passarinhos!
- - - - - –
No voo, a linda craúna,
com graça e simplicidade,
entoa, por sobre a duna,
seu canto de liberdade.
- - - - - –
O bombeiro, seu Clemente,
no boteco faz seu jogo.
Lá se apaga na aguardente,
combatendo o próprio fogo!
- - - - - –
O fogo traz, seus horrores,
queimada, é devastação,
onde havia vida e cores,
há tristeza e solidão.
- - - - - -
O jardim perdeu as cores,
todo o belo feneceu;
as rosas, sem seus olores,
tal qual o destino meu...
- - - - - -
Para que tenhamos paz,
devemo-nos dar as mãos,
Na vida, nunca é demais,
o afago amigo, um irmão!
- - - - - -
Pelos caminhos da lida,
quantos castelos ergui...
— E esses sonhos, pela vida,
com trabalho os consegui!
Por ser um real tormento,
indefinível ao pintor
e um sublime sentimento:
– A saudade não tem cor!
- - - - - –
Por volúpia ou por feitiço,
todo amor se faz mister,
no encantamento e no viço,
dos braços de uma mulher.
- - - - - –
Quando a lua prateada,
resplandece na amplidão,
faz da trova uma morada,
em forma de inspiração.
- - - - - –
Quando a queimada ameaça
a vida, sem complacência,
a mata, pela fumaça,
vai aos céus pedir clemência.
- - - - - –
Quantas vezes, eu criança,
teus versos, Pai, eu ouvia;
hoje eu guardo a tua herança:
— O régio dom da poesia.
- - - - - –
Relógio que sempre atrasa
e um homem que não garanta,
de nada servem pra casa,
nenhum dos dois, adianta!
- - - - - –
Se a vida, traz cicatrizes
por algo, que nos aporte,
pelos meus dias felizes,
agradeço a Deus, a sorte,
- - - - - –
Se os bons ventos são bem vindos,
por trazer-nos, sempre o bem,
que levem após, advindos,
os nossos males também...
- - - - - –
Só a idade evidencia,
os anos da nossa essência,
nos dando a sabedoria,
consolidando a existência.
- - - - - –
Tendo a trova, como canto,
o poeta, em oração,
põe em versos, todo encanto,
da mais sublime expressão!
- - - - - –
Tens meiguice e sedução,
tens, oh! Mãe, tanta bondade,
és de Deus a criação,
que concebe a humanidade.
- - - - - –
Uma nasce pra titia,
outra varre os assoalhos.
Mulher feia e ventania,
só servem pra quebra-galhos.
Fonte:
Fabiano de Cristo Magalhães Wanderley. Versos Di Versos. Natal/RN, 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário