sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Trovas sobre o Gaúcho


Irmão do sul, que em teu pago
crioulo tens a existência,
o Minuano é afago
e a pampa é a tua querência.
ANGELINA PEREIRA LEITE
Santos/SP


Na mágoa da tua ausência,
vou bebendo solidão,
rememorando a querência
no verde do chimarrão!
BEATRIZ DE CASTRO 
Porto Alegre/RS


Mate-amargo! Chimarrão!
Tu, que um sangue verde estampas,
és a própria tradição
dos verdes campos dos pampas!
DELCY CANALLES 
Porto Alegre/RS

Apeie, peão, se abanque,
venha tomar chimarrão!
Amarre o pingo ao palanque:
- Aqui, ninguém é patrão!
DORALICE GOMES DA ROSA 
Porto Alegre/RS


Chimarrão, tem mais sabor
quando a bomba prateada
volta trazendo o calor
dos lábios da minha amada!
DORALICE GOMES DA ROSA 
Porto Alegre/RS


Querência... O encanto profundo
dos dias calmos, risonhos...
- Um pedacinho de mundo
no mundo azul dos meus sonhos.
ELISABETH N. PASCHOAL
Taubaté/SP


Marcando suas fronteiras,
as bandeiras eram trapos;
e os sonhos, eram bandeiras,
na querência dos Farrapos!
IZO GOLDMAN
Porto Alegre/RS, 1932 – 2013, São Paulo/SP


Potro chucro a galopar,
pela vida eu ando ao léu,
campereando meu lugar
na querência lá do céu.
IZO GOLDMAN
Porto Alegre/RS, 1932 – 2013, São Paulo/SP


É na comunhão singela
da cuia do chimarrão,
que nosso pago nivela
o campeiro e seu patrão!
LACY JOSÉ RAYMUNDI 
Garibaldi/RS


Campos distantes do pago
e cantos de liberdade,
são as lembranças que afago
no chimarrão da saudade!
LYDIA LAUER 
Caxias do Sul/RS, ???? – 2004


No pago, noite serena
e um chimarrão bem cevado.
Ao pé de mim, a morena.
Lua cheia do outro lado...
LYDIA LAUER 
Caxias do Sul/RS, ???? – 2004

Eu, bagual sarapantado,
da querência removido,
pela saudade boleado
pareço um potro abatido...
LUIZ OTÁVIO
Rio de Janeiro/RJ, 1916 – 1977, Santos/SP


Qual pingaço abichornado,
embretado no caminho,
eu, da querência apartado,
lentamente me definho...
LUIZ OTÁVIO
Rio de Janeiro/RJ, 1916 – 1977, Santos/SP


Minha querência, meus pagos,
na minha imaginação,
o céu nasceu nos teus lagos,
e a paz floriu no teu chão...
MANITA
Niterói/RJ, 1922 - 2011


Como dói a tua ausência,
- nuvem negra em céu azul -
meu amor, minha querência...
coxilhas verdes do sul!
PAULINO ROLIM DE MOURA
São Paulo/SP


Esquece esta vida andeja,
vem tomar um chimarrão,
é cedo, a manhã boceja,
na longa esteira do chão!
WILMA MELLO CAVALHEIRO 
Pelotas/RS

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