quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Alex Giostri



Alex é paranaense. Mudou-se muito cedo para São Paulo, cresceu na cidade, viveu por doze anos no Rio de Janeiro (1996-2008) e voltou à cidade, onde vive até hoje.

Começou a ler muito cedo. Com seis anos já tinha uma pequena biblioteca dentro do guarda-roupa.

Na adolescência, envolveu-se com muitas drogas e pequenos delitos, o que o levou à prisão já aos dezoito anos. O início de uma sofrida jornada de envolvimento com a criminalidade e com a justiça.

Sua vida se transformou num inferno, com idas e vindas da prisão, praticamente por três anos. Compreendeu que suas atitudes estavam lhe fazendo mal e constatou que o sistema carcerário não poderia em nada contribuir para o seu aprimoramento social, emocional etc.

Em 1996, inconformado com sua situação, Alex participou de uma fuga coletiva do presídio onde se encontrava. Mudou-se para o Rio de Janeiro e buscou auxílio psicanalítico, voltou a estudar, redescobriu os livros, a arte, a literatura e, lentamente, foi substituindo a dor e a agonia por uma vida de serenidade e esperança.

Formou-se em Cinema, algumas pós-graduações, inúmeros cursos profissionalizantes e ingressou profissionalmente no mundo das palavras.

Foi colaborador de jornais impressos como Jornal do Brasil e Tribuna da Imprensa, trabalhou como diretor de filmes publicitários. Dirigiu duas campanhas políticas para televisão, uma para um candidato a Governador e outra para um candidato a Prefeito, 2002 e 2004 respectivamente.

Idealizou e coordenou o Projeto Novo Autor (2004) - projeto de fomentação dramatúrgica que apresentou autores, atores e diretores teatrais para a sociedade carioca. O projeto teve mais de trezentos textos teatrais inscritos, todos lidos e analisados por Alex.

Entre 2004 e 2006, Alex iniciou a carreira docente com seus cursos de extensão e de aprimoramento profissional em algumas Universidades. Os cursos de Roteiro pra Cinema e TV e Criação Literária chamaram a atenção de muita gente pela competência e agilidade.

No mesmo período, Alex passou a pesquisar o mercado editorial, o que resultou no seu próprio selo editorial Giostri Editor. Com o início do marca, logo ampliou os trabalhos e apresentou ao mercado o RAG Editor e o selo infantil Giostrinho, os três selos da Giostri Editora Ltda. www.giostrieditora.com.br

Com cinco livros publicados até o ano de 2008, dois deles utilizados como bibliografia básica em várias Universidades nacionais. Um de seus títulos já ganhou versão em espanhol “Del pensamiento para el papel”, e em breve sairá em francês, “De la pensée pour le papier”.

Em 2007, o livro publicado foi de contos “Meninos”, um sucesso de venda. O que o transformará em breve na versão em inglês “Boys”.

Em 2008, o foco foi para o universo das relações. Alex publicou “Afeto, Amor e Fantasia”, um livro voltado às pessoas interessadas em saber mais sobre o universo das relações. O selo utilizado foi o RAG Editor, selo que faz parte da empresa e que será dessa obra em diante o oficial das obras do autor.

Na dramaturgia, Alex tem uma obra teatral com quatorze textos autorais e duas adaptações de obras literárias. Alex é premiado nacionalmente num concurso de dramaturgia em 2005 com um de seus textos autorais. Para 2009 esperam-se duas montagens com textos seus. Uma a adaptação da obra Perdas e Ganhos, de Lya Luft, outra um monólogo sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo. Ambas com estréia prevista para a cidade de São Paulo.

No cinema, como roteirista, Alex tem roteiros de curta-metragem em captação de recursos, uma sinopse de longa-metragem e inúmeras idéias. Atualmente está estruturando o longa-metragem “Na vida, de novo”, inspirado em sua própria vida.

A questão das prisões e as pendências judiciais entraram na reta final em 2005. Alex foi recapturado pela polícia no final do ano de 2005 por conta de uma denúncia anônima. A prisão foi feita na cidade do Rio de Janeiro e durou cinco dias.

O desfecho, enfim, foi em 2007, quando um Promotor de Justiça de São Paulo pediu novamente a prisão do escritor, não levando em consideração o prazo das prescrições das penas, nem o fato de Alex ter se reconstruído.

Não se levou em consideração que por mais de 12 anos Alex deu a volta por cima, tornou-se um homem produtivo para a sociedade, atuou por conta própria em algumas ONGS, empresas, Secretarias de Cultura e Educação.

O pedido do Promotor rendeu ao autor mais dois meses e meio de prisão, findando definitivamente suas pendências judiciais causadas por uma formação complicada e uma juventude inconseqüente e dolorosa. Alex não possui mais nenhuma restrição com a Justiça e não há nenhum processo criminal contra ele em lugar algum do país.

A vida o fez preocupado com a educação, com as referências familiares, com questões como: o sistema carcerário, a saúde pública, a cultura popular, a educação e, principalmente, com o ser humano e seu olhar equivocadamente demagógico e um tanto hipócrita.

Premiado nacionalmente com texto teatral QUASE
1º Concurso Nacional de Dramaturgia de Curitiba – PR, em 2005.

Obra Teatral

O autor possui alguns textos teatrais, sendo um deles premiado nacionalmente. O interesse pela linguagem teatral é antigo na vida de Alex. Tanto que no ano de 2003 idealizou um projeto de leitura dramatizada na cidade do Rio de Janeiro.

O projeto, na época, tinha por princípio apresentar à sociedade novos autores, atores e diretores teatrais através de leituras na Livraria Letras e Expressões de Ipanema. Chamou-se Projeto Novo Autor e foi financiado pelo próprio autor.

A minha idéia era fomentar o teatro apresentando a nova geração; eu sou a favor da reciclagem. Há muitas rodas de novos talentos espalhadas pelas cidades e pela própria cidade do Rio de Janeiro, no entanto, há uma grande parcela de artistas totalmente desamparados e sem perspectivas. São pessoas que têm o que dizer, mas não a quem dizer. E isso é terrível. O projeto nasceu primeiramente disso. Depois também pelo meu interesse em saber o que e quem escreve teatro na cidade. Mas o meu interesse era além. Era não, é. Tenho curiosidade em conhecer as pessoas que fazem teatro no país, nas cidades pequenas, nos municípios afastados, enfim... Li muito texto de novos autores entre 2002 e 2005. Uns quinhentos pelo menos. Muitos muito ruins e alguns fantásticos. Os ruins podem ficar bons e os fantásticos precisam aparecer. Precisamos de novos autores teatrais e de pessoas que pensem teatro no país. É uma urgência.”.

Fontes:
http://www.escritoresdosul.com.br/
http://www.alexgiostri.com.br/

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