Dos
meus medos faço canção
embalando
meus sonhos em desatino.
Desvairada
num anseio turbulento
de
quem se despede da razão
Envolta
persisto e desisto
insegura
me entrego aos desvios
do
vazio que minh' alma teme
meus
dias são passados distantes
Versos
sem rimas que se apagam
Folhas
secas caindo a fremir
Atroz
aparente disfarçada audaz
arsenal
revestida conclamo concisa
Mar
a ser atravessado
sem
barco nem remo
Necessidade
de transpor
lanço-me
neste fluxo
Incerteza
é direção
niilismo
insistente
desordenada
renego
este
meu perecimento
Canção
que me decompõe
harmonia
espacejada sem ritmo
procriada
dos meus medos
transformados
mau grado e solidão.
Olho
no olho
encaro
meu ego sem receio
sou
de mim mesma esteio
Dos
meus medos, faço canção.
Ser
poeta é estar no palco da vida
representando
com suas silenciosas palavras
a
cena mais forte de um ato
que
consegue mesmo sem falas
penetrar
em mentes diversas
criando
sonhos, gerando esperanças,
plantando
sorrisos sentimentos libertados
transformando
vidas, emocionando os que
desconhecem
mas
que por ser este o POETA de raiz
com
sapiência e vivencia transporta
para
a platéia, as letras que bailam
deixando
no ar o bálsamo envolvente
mágicas
que tecem almas,
E
como alguém a levitar,
o
POETA se transporta
estando
em toda parte em todo canto
com
suas mudas palavras
repletas
do saber, do sentir e do fazer,
oferta
com
suas bailarinas incansáveis
ahhhh.....
essas letras intermináveis
que
chegam para muitos como
abraços,
acalantos, aconchegos, afagos
despertando
sentimentos
estimulando
momentos, distribuindo
calor.
Porque
para fazer poemas,
poesias,
trovas e versos
é
necessário ser POETA...
é
necessário SER AMOR…
Fechei
os olhos... sonhei acordada
Com
voragem me despi da razão
E
em torno do meu eu recatada
Libertei!
Fiz-me reconstrução.
Aterrei
um amor passado
Liberei
a vida atilada
lacuna
de um vazio apossado
amarra
entregue....mutilada
Folhetinesco
romance apagado
Um
pasquim que já foi editado
Fez-se
vida em ano dourado
Foi
me o tempo refém do passado
Aflorei
na mais pura emoção
E
em confidencias sem atritos
Levei
meus medos a redução
Sendo
o que fui... sem conflitos.
Reeditei
minha história de vida
Miscível
alegria e dor
Cenário
de luz reluzida
Esplanada...hoje
sou só amor
De
um sonho fiz realidade
Viagem
que sigo na estrada
Meu
caminho só é Felicidade
Fechei
os olhos... sonhei acordada!
"Sou
tudo aquilo que um coração pede
por
indução, a perfilar sentimentos.
Sem
o desvio do probo que me norteia,
torno
por vezes redutível à razão.
Por
crer, que o inviável é mera justificativa
do
"não tentar", contesto!
Abnegada,
não julgo o que desconheço e,
até
que se apresente o reverso, considero
crível,
os relatos e fatos a mim revelados.
Apiedando-me
dos excluídos, não temo a luta e,
relevando
os que tendem a profligar, sigo adiante.
Não
nego que tenho imperfeições e repudio a injúria,
No
entanto, por ser eu, tudo aquilo que meu
coração
pede, me esquivo dos ínfimos
e
de peito aberto, só quero transbordar Amor".
Quantas
vezes te procurei...
vaguei
pelos vales, atravessei os rios
me
fiz águia, condor, gaivota
nas
noites frias queria teu calor teu sorriso.
Em
cada dor, chorei o choro mais triste
meu
lamento não foi o bastante
nem
minhas lágrimas molharam seu chão.
A
estrada que percorri era uma
e
a busca incansável parecia em vão.
Dias
passando, noites em murmúrios
lábios
cerrados e a voz?
Aos
poucos se calando...
coração
parando, olhares que buscavam
nada
mais enxergaram
Quanto
mais busquei mais me distanciei
quanto
mais te quis mais me perdi
quanto
mais tentei, mais sei que errei
quanto
mais acreditei, mais me magoei.
Hoje
sei que nada encontrei…