sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Ione Russo (Carona)

Eles se queriam muito. Naquele fim de semana resolveram sair para viajar, aproveitando para comemorar a data do nascimento dela.

Não tinham destino. O que importava era estarem juntos; logo, qualquer lugar servia.

Quando Miguel lhe disse que queria passar numa igreja, ela estranhou, pois isso não costumava ser um hábito do casal, embora tivessem formação católica.

Foram rindo e conversando, estrada afora, e, quando viram, tinham saído do Estado.

Ele insistia na tal igreja; queria agradecer a Deus por tanta felicidade e rezar pelo aniversário dela.

Já em Santa Catarina, almoçaram e seguiram viagem. Quando anoitecesse parariam para dormir. Enveredaram por uma cidade que se chama Gaspar, onde avistaram suntuosa escada que os levava a um santuário.

Naquele instante, o padre realizava um casamento e perguntava se o noivo aceitava a noiva como sua mulher, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, e coisa e tal.

Aproveitando a situação, Miguel foi logo dizendo que sim, que aceitava Maria como sua mulher; ato contínuo, o padre também fez a pergunta à noiva. Miguel apertou o braço dela, repetindo a mesma interrogação.

- Sim, respondeu ela, rindo da brincadeira.

Ele tirou uma caixinha do bolso e uma aliança linda foi colocada em seu dedo.

Também lhe foi entregue outro anel para ser posto no dedo dele. Maria não entendia como a surpresa se misturava com a coincidência, e ele explicava que não havia planejado tanto, mas que a sorte tinha ajudado.

Entre abraços e beijos, concretizaram o que já vinham pensando há muito tempo.

Maria e Miguel sempre contam que se casaram de carona.

Fontes: 
Alda Paulina Borges et al. Contos contemporâneos. (Oficina de Criação Literária Alcy Cheuiche). Porto Alegre/RS: AGE, 2016.
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing 

Vereda da Poesia = 182


Trova de
OLYMPIO COUTINHO
Belo Horizonte/MG

Olhando o escorregador,
palco da infância sem pressa,
filosofa o trovador:
- "Os anos passam depressa..."
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Poema do Folclore Brasileiro de
JOSÉ FELDMAN
Campo Mourão/PR

Cobra Grande

Nas águas profundas um mito se manifesta,
Cobra Grande, guardiã dos rios a bradar,
com escamas reluzentes, um poder na floresta,
nos contos do povo sua lenda a ecoar.

Dizem que em seu ventre há um tesouro brilhante,
mas cuidado, viajante, ao lhe desafiar,
pois sua fúria é vasta, e a fome bastante,
aquele que ignora o seu reino, sem respeitar.

No espelho da água seu olhar a brilhar,
protege a natureza, o lar preservando,
e em cada sussurro, um aviso a soar,
que no seio das matas, há vida pulsando.

Cobra Grande, a sombra, um eterno mistério,
entre lendas e medos, um poder etéreo.
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Trova de
PAULO WALBACH PRESTES
Curitiba/PR, 1945 – 2021

Sou pura saudade quando,
vejo na fotografia,
a minha mãe me abraçando
na mais total alegria!
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Soneto de
EUCLIDES DA CUNHA
Cantagalo/RJ, 1866 – 1909, Rio de Janeiro/RJ

Amor algébrico

Acabo de estudar — da ciência fria e vã,
O gelo, o gelo atroz me gela ainda a mente,
Acabo de arrancar a fronte minha ardente
Das páginas cruéis de um livro de Bertrand.

Bem triste e bem cruel decerto foi o ente
Que este Saara atroz — sem aura, sem manhã,
A Álgebra criou — a mente, a alma mais sã
Nela vacila e cai, sem um sonho virente.

Acabo de estudar e pálido, cansado,
Dumas dez equações os véus hei arrancado,
Estou cheio de spleen, cheio de tédio e giz.

É tempo, é tempo pois de, trêmulo e amoroso,
Ir dela descansar no seio venturoso
E achar do seu olhar o luminoso X.
= = = = = = 

Trova de
NEMÉSIO PRATA
Fortaleza/CE

Tem Poeta nesta terra
que seus versos dão prazer
de lê-los, pois ele encerra
numa Trova o seu dizer!
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Soneto de
THALMA TAVARES
São Simão/SP

Pecados

Eu tenho pecados, e muitos, não nego.
Só Deus é quem sabe das culpas que expio,
dos erros, das faltas que eu triste carrego,
que o sono me roubam, por noites a fio.

Porque aos teus braços me atiro, me entrego,
minha alma anda triste qual planta no estio.
Mas Deus é culpado, se não me fez cego
à rara beleza do teu corpo esguio.

Não sei de pecados, mais doces, mais quentes
que a luz de teus olhos, teus lábios ardentes,
que enchem minha alma de sol e calor.

Mas tenho certeza que os nossos pecados,
por muitos que sejam, já estão perdoados,
pois não é pecado pecar por amor.
= = = = = = = = = 

Trova de
PROFESSOR GARCIA
Caicó/ RN

Como quem faz uma prece,
braços erguidos se abrindo,
a borboleta parece
um anjo da paz dormindo!
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Soneto de
MANUEL BANDEIRA
Recife/PE (1886 – 1968) Rio de Janeiro/RJ

Peregrinação

    Quando olhada de face, era um abril.
    Quando olhada de lado, era um agosto.
    Duas mulheres numa: tinha o rosto
    Gordo de frente, magro de perfil.

    Fazia as sobrancelhas como um til;
    A boca, como um o (quase). Isto posto,
    Não vou dizer o quanto a amei. Nem gosto
    De me lembrar, que são tristezas mil.

    Eis senão quando um dia... Mas, caluda!
    Não me vai bem fazer uma canção
    Desesperada, como fez Neruda.

    Amor total e falho... Puro e impuro...
    Amor de velho adolescente... E tão
    Sabendo a cinza e a pêssego maduro...
= = = = = = 

Trova de 
ADEMAR MACEDO
Santana do Matos/ RN, 1951 – 2013, Natal/ RN

A “solidão” me parece,
ser um conforto sem fim…
quando um grande amor me esquece;
“Ela” se lembra de mim.
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Soneto de 
ANTÔNIO OLIVEIRA PENA
Volta Redonda/RJ

Em dias de um abril

Andar contente, em dias de um abril,
pelas campinas verdes recendendo;
olhar-lhes as flores e as ir colhendo,
debaixo deste claro céu de anil...

Beber da água fresca de um cantil;
provar frutos silvestres, revivendo
a infância mágica; e ir percorrendo
caminhos que se perdem, pueril.

Descansar de um arbusto à sombra amena;
sentir no vento o cheiro da açucena;
e assim ficar, despreocupado, em paz —

enquanto brilha, arde o sol, a pino,
e alegre canta o riacho cristalino
à sombra destas matas tropicais!
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Trova de
IZO GOLDMAN
Porto Alegre/ RS, 1932 – 2013, São Paulo/ SP

Assim que começa o dia,
envolto em profundo enlevo,
sinto o cheiro da poesia
em cada verso que escrevo.
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Hino de
ANGICOS/RN

Salve Angicos cidade pioneira
Cujos nomes de heróis se proclamou
O teu solo regado com o sangue
Dos teus filhos que aqui os procriou.

(bis)
Angicanos predestinados
Coração e alma varonil
Conquistaste a glória
Cantarás vitória
Sempre de pé pelo Brasil.

Angicanos soldados centro norte
Artilheiros cidade cidadãos
Para nós o teu nome
É uma bandeira
A bandeira da nossa redenção
Deus bem quis que marcada tu ficastes
Grandes nomes ilustres no Brasil
Caminhai e cantai com alegria
Aos teus filhos que aqui te consagrou
Juventude forte e varonil.

(bis)
Angicanos predestinados
Coração e alma varonil
Conquistaste a glória
Cantarás vitória
Sempre de pé pelo Brasil.

Agricultores, operários e doutores
Batalharam com coragem e amor
Nós que queremos neste dia exaltar
Todos eles que lutaram com fervor.

(bis)
Angicanos predestinados
Coração e alma varonil
Conquistaste a glória
Cantarás vitória
Sempre de pé pelo Brasil.
= = = = = = 

Trova Premiada de
RITA MARCIANO MOURÃO 
Ribeirão Preto/ SP

Com ousadia me olhaste,
ousada eu correspondi.
Com loucura me abraçaste
e o resto eu juro, nem vi!
= = = = = = 

Soneto de 
HEGEL PONTES
Juiz de Fora/MG (1932 – 2012)

Duas chamas

Qual monge recolhido em sua cela,
Rezando a derradeira Ave-Maria,
Estava só e apenas uma vela
Velava a minha noite de agonia.

Eu contemplava a ardente sentinela
Que em vigília também se consumia,
E percebia uma oração singela,
No declínio da chama fugidia…

… Agora é madrugada e, por um fio,
Duas chamas de vida em decadência
Vacilam e se apagam no vazio.

E apenas uma, ao fim da claridade,
Caindo no vazio da existência,
Ressurge no esplendor da eternidade.
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Trova de
ANTONIETA BORGES ALVES
São Paulo/SP

- Renda? Imposto? - Está brincando!
Sou pobre, sou trovador...
Eu faço, de quando em quando,
só declaração de amor!
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Figueiredo Pimentel* (A velha feiticeira)

Tendo adoecido gravemente o lavrador Bernardo, foi preciso que alguém fosse à cidade procurar um remédio receitado pelo médico. Na única botica da vila não havia aquela droga, difícil e cara, que só se encontrava nas mais importantes drogarias.

Bernardo morava afastado da vila, e longe, muito longe da capital. Para se ir até lá, era mister atravessar extensa floresta, onde costumavam reunir-se vários salteadores, e povoada de animais ferozes.

Vendo que só o tal medicamento poderia salvar o pobre velho, seu filho Heitor, que tinha apenas quinze anos, resolveu buscá-lo.

Era cedo, escuro ainda, quando saiu de casa, em companhia do seu cachorro Leão – um animal fiel e dedicado.

Caminhou o dia inteiro, sem parar. Ia anoitecendo, mas ainda o dia não morrera de todo, quando avistou no meio da floresta uma pequena choupana. Resolvido a passar a noite aí, bateu à porta. Abriu-se uma janela, aparecendo uma velhinha, feia e magra, devendo ter mais de oitenta anos.

Pediu-lhe hospitalidade, e ela mandou-o entrar, recomendando primeiro:

— Amarre o seu cachorro, moço, que parece um animal muito bravo, e eu tenho medo de cães.

— Nada receie, minha velha, respondeu Heitor, porque Leão me obedece cegamente, e só ataca a quem me quiser fazer mal.

— Pode ser que seja verdade, replicou a velha, mas é que eu já fui mordida uma vez, e não o quero ser segunda. Amarre-o, senão ficará de fora.

— Mas é que eu também não tenho com que amarrá-lo.

— Isso não seja a dúvida. Basta que lhe passe ao pescoço um fio de cabelo meu...

A velhinha arrancou um fio branco, e deu-o ao moço, que se riu daquela corda de nova espécie.

Quando viu o cão amarrado, a dona da choupana mais que depressa atirou-se sobre Heitor. Ninguém diria ao ver aquela criatura já prestes a morrer, que tinha tanta força como qualquer ferreiro.

O mancebo, meio admirado, tentou lutar com ela, e sentindo-se fraquejar, chamou o auxílio do cachorro, bradando:

— Avança! Avança, meu Leão!...

— Engrossa bem, meu cabelão!... gritou a velha.

O fio de cabelo que prendia o animal engrossou àquelas palavras, tornando-se pesada e forte corrente de ferro.

Tendo subjugado Heitor, a feiticeira amarrou-o solidamente, encerrando-o num quarto a fim de engordá-lo e comê-lo mais tarde.
***

Passados três dias, vendo que Heitor não regressava, Lauro, seu irmão, segundo filho do velho Bernardo, planejou ir em busca do remédio, e ao mesmo tempo procurar saber o que sucedera ao outro.

Saiu de casa, levando por companheiro único um valente cachorro que possuía, e ao qual denominara Capitão.

Seguindo o mesmo trajeto de Heitor, foi parar na mesma choupana, onde a velhinha o recebeu como recebera o primeiro, recomendando que amarrasse o cão com o fio de cabelo.

Lauro, vendo-se ameaçado por ela, chamou em seu auxílio o fiel companheiro, que por mais de uma vez experimentara:

— Avança! avança! Capitão...

Do mesmo modo que procedera quando prendeu Heitor, a megera berrou:

— Engrossa, engrossa, cabelão!...

O pobre animal, ligado por uma corrente grossa, não pode desta vez socorrer seu amo.

A velha feiticeira prendeu Lauro num quartinho escuro, até que chegasse a sua vez de ser comido.
***

Só restava no sítio do bom e digno Bernardo sua mulher e seu terceiro filho Raul.

Não obstante ter somente onze anos, Raul era um menino animado e ousado. Quis ir buscar o medicamento receitado, que devia salvar o velho, e procurar os irmãos, e foi.

Pela madrugada saiu de casa, despediu-se de seus pais, e partiu resolutamente. Também ele chegou à cabana da velhinha, e pediu pousada naquela noite.

Ao ouvir a recomendação para prender o cachorro que levava, disse consigo mesmo:

— Para que quer esta mulher ver o meu fiel Plutão amarrado? Um fio de cabelo não é corda, e se ela na verdade tem tanto medo dos cães, como diz, dar-me-ia outra corda. Aqui há algum mistério.

Fingiu, todavia, que amarrava o animal, mas apenas pousou o cabelo no pescoço, sem dar nó.

A feiticeira, julgando o cão preso, segurou Raul pelo braço, e disse:

— Tu ainda és muito pequeno para eu estar com cerimônias. Vamos para o quarto escuro, até que chegue a vez de te comer ensopado.

— Não, minha velhinha, disse-lhe Raul, dando-lhe um sopapo.

A bruxa correu para pegá-lo, e o menino gritou:

— Avança! avança! Bom Plutão!

— Engrossa bem, meu cabelão!... bradou a velha.

 O cabelo transformou-se em uma corrente, mas como não se achava amarrado, caiu no chão.

O fiel cachorro de um salto atirou-se ao pescoço da velhinha, e estraçalhou-a.

Raul percorreu a cabana, e encontrou seus irmãos, bem como muitos outros viajantes, que haviam caído sob as garras da miserável feiticeira.

Soltou toda a gente, e ateou fogo à choupana.

Os presos, agradecidos, deram-lhe dinheiro, e os três irmãos tiveram tempo de ir à cidade e comprar a droga que salvou o velho Bernardo.
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*Alberto Figueiredo Pimentel nasceu e morreu em Macaé/RJ, 1869 — 1914 foi além de poeta, contista, cronista, autor de literatura infantil e tradutor. Manteve por muitos anos, desde 1907, uma seção chamada Binóculo na Gazeta de Notícias. Publicou novelas, poesia, histórias infantis e contos. Um de seus grandes êxitos foi o romance O Aborto, estudo naturalista, publicado em 1893, e por mais de um século completamente esgotado. Como poeta, participou da primeira geração simbolista chegando a se corresponder com os franceses. Era amigo de Aluísio Azevedo, com quem trocou cartas, enquanto o autor de O Cortiço estava fora do país como diplomata. Poeta, romancista, escritor de literatura infantil, ganhou destaque e se perpetuou nos compêndios da literatura brasileira. A coluna Binóculo, assinada pelo autor na Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro, de 1907 até 1914, obteve grande sucesso entre leitores e leitoras, ditando moda, o que faz de Figueiredo Pimentel o primeiro cronista social da capital. Era ele quem tratava das novidades da moda, do bom gosto, do chique em voga em Paris e que deveria ser aqui aclimatado. Obras: Fototipias, poesia, 1893; Histórias da avozinha, conto - somente em 1952; Histórias da Carochinha; Livro mau, poesia, 1895; O aborto, 1893; O terror dos maridos, romance e novela, 1897; Suicida, romance e novela, 1895; Um canalha, romance e novela, 1895.

Fontes:
Alberto Figueiredo Pimentel. Histórias da Avozinha. Publicado em 1896.
Biografia =https://pt.wikipedia.org/wiki/Figueiredo_Pimentel
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José Feldman (Biografia atualizada)

  

José Feldman nasceu na cidade de São Paulo, no dia 27 de setembro de 1954. Aos 6 anos de idade aprendeu a jogar xadrez com seu pai. Desde os 10 anos mostra aptidão para a escrita, ao escrever pequenos contos baseados em personagens de história em quadrinhos. Com cerca de 13 anos de idade, escreve as suas primeiras poesias. Na época já lia muitos livros e revistas.


Primeiros livros foram a coleção de Monteiro Lobato dada por seu pai. Com cerca de 15 anos de idade participou de concursos de poesia sem sucesso. Desde 1973, com uma fome enorme de conhecimento, realizou vários cursos, como Filosofia no Instituto Palas Athena, Italiano na Associação de Cultura Afro-Brasileira, Inglês no Instituto Roosevelt e Instituto Norte Americano, Leitura Dinâmica e Desinibição e Criatividade, no Instituto Dynamics Cymel, Arte Dramática no Instituto Macunaíma, Filosofia no Centro de Estudos Filosóficos Pró-Vida, além de diversas palestras e encontros de literatura.

Em 1975, devido a enfermidade de seu pai, auxilia-o na direção de clube de xadrez no Instituto Cultural Israelita Brasileiro (ICIB), assumindo definitivamente a diretoria em 1978, sendo reeleito sucessivamente até o ano de 1996. Neste período, foi também auxiliar de diretoria, arbitro e professor de xadrez no Xadrez Clube Sorocaba e no Clube de Regatas Tietê. Foi jogador no 3. tabuleiro pelo ICIB em Torneios interclubes a nível regional e nacional e 1. Tabuleiro pelo Xadrez Club Sorocaba na Categoria Especial.

Também, no ICIB, pertenceu a diretoria cultural, promovendo diversos eventos musicais, além da Oficina de Trovas, ministrada pelo grande trovador Izo Goldman, e revelando talentos musicais dos jogadores do departamento de xadrez. Neste período começa a dar maior ênfase também à literatura, ao fazer, na Casa Mário de Andrade (Oficina da Palavra) o curso de Poesia Viva, com a poetisa Eunice Arruda, curso de literatura com Mario Amato, Ficção Cientifica na literatura e no cinema com o escritor de renome internacional, André G. Carneiro, além da Oficina de Trovas com Izo Goldman.

No xadrez, como organizador, diretor, arbitro, granjeou a admiração e o respeito de grandes jogadores, o que o fez elevar o clube da 3ª categoria para a categoria especial. Criou também um boletim enxadrístico denominado “J’Adoube” (eu arrumo), direcionado a todos os níveis de jogadores, com partidas, notícias, estudos, piadas enxadrísticas, etc., e com tempo obteve a adesão de colaboradores com desenhos artísticos, poemas, etc. (na época não havia computador, era tudo na máquina de escrever e mimeógrafo).

Entregue de corpo e alma à literatura, continuou tentando ainda concursos de poesia na Livraria Freitas Bastos e Scortecci, mas ainda sem sucesso. Com as trovas, obteve pela primeira vez uma menção honrosa no Concurso de Cruz Alta (RS).

Casou-se em 1995 com a poetisa escritora e tradutora paranaense Alba Krishna Topan, a qual conhecera no curso de Ficção Científica, na Casa Mario de Andrade. Foi em 1999 para Curitiba, onde ficou longe da literatura e do xadrez. Não conseguindo se adaptar ao clima, mudou-se para a cidade de Ubiratã, a cerca de 70 km de Cascavel (PR).

Em Ubiratã, começou a se firmar ao ser eleito em 2001 como vice presidente da diretoria provisória, da Associação dos Literatos de Ubiratã (ALIUBI), tendo contato com poetas da região.

Em 2003, começou a se dedicar ao estudo de Administração de Empresas, realizando cursos no SEBRAE, SENAI, Universidade de Viçosa e vários outros, tendo sido diplomado em dezenas de cursos na área administrativa e participado de palestras até os dias atuais.

Registrou-se como Delegado da Delegacia de Ubiratã, pela União Brasileira de Trovadores do Paraná, auxiliando na elaboração do Boletim Paraná em Trovas com a presidente da UBT Paraná Vânia Ennes, o secretário Nei Garcez e o grande trovador A. A. de Assis.

Participou de concursos de contos em Portugal e França. Também participou de torneios de xadrez regionais, sagrando-se campeão, terceiro e segundo lugares, respectivamente, em 3 torneios em três anos consecutivos.

Criou o Blog Pavilhão Literário Cultural Singrando Horizontes (http://singrandohorizontes.blogspot.com/) seguindo os mesmos moldes do boletim, com muito mais conteúdo, postados diariamente, iniciado ao final de dezembro de 2007.

Com isto, começou a ficar mais conhecido devido a sua divulgação dos escritores, sendo convidado no mês de junho de 2008 a efetuar uma palestra na Academia de Letras de Maringá, onde discursou sobre o Panorama da Literatura no Brasil. Muitos escritores começaram a enviar seus textos e livros para apreciação crítica. 

Em novembro de 2008, a convite do escritor Sorocabano Douglas Lara, passou a ser membro da ONE (Ordem Nacional dos Escritores), recebendo juntamente com sua esposa, o medalhão das mãos do presidente da ONE, José Verdasca, em 2008, em Sorocaba.

Nas palavras de Vãnia Maria Souza Ennes, presidente da UBT Estadual do Paraná: "É com grata emoção que a diretoria da UBT Estadual do Paraná vem acompanhando seu magnífico trabalho, há mais de 1 ano. Dia após dia, Feldman, você se supera na arte de produzir, criar e disseminar a cultura poética e literária no âmbito nacional e internacional. Cada vez mais, podemos observar a sua sensibilidade que está exposta, claramente, no Pavilhão Literário Cultural Singrando Horizontes, desde dezembro de 2007 a março de 2009 e que muito orgulha o nosso Paraná. É um belíssimo desempenho cultural!!! A oportunidade de poder apreciar seu site, ler, reler, participar, aprender com ele, são atitudes que nos induzem seguir adiante e, nos fazem muito bem. Portanto, receba nossos mais calorosos aplausos com as saudações trovadorescas."

O Professor Garcia, de Caicó/RN diz: A União Brasileira de Trovadores desde sua criação, em meados de 1960, tem atraído centenas, diria mesmo, milhares de valorosos adeptos ao movimento que na minha míope visão, continua crescente e em plena ascensão. José Feldman é mais uma dessas descobertas e que além de ser um apaixonado pela trova, presta a todos nós um imenso trabalho, na divulgação de todos os gêneros poéticos do Brasil, através de suas cobiçadas páginas virtuais, que as envia para o maior número de trovadores por todos os recantos. Bem mais do que louvável, o trabalho profícuo do poeta, trovador e escritor Feldman. Tive o prazer de conhecer José Feldman em Curitiba há alguns anos, e me surpreendi com seu espírito bonachão de poeta. Sente-se em suas belas Trovas, que neste corpo tão grande, pulsa um coração piedoso de criança, que ama o seu próximo, e devota um carinho especial também pelos seus animais de estimação, cães, gatos, etc. prova de sua tamanha generosidade.”

Em 2011 radicou-se definitivamente em Maringá/PR, com sua esposa Alba Krishna, 7 gatos e 2 cadelas. Em 2016 integrou a Delegacia de Arapongas, pela UBT, tendo André Ricardo Rogério como delegado.

Foi Consultor Educacional atuando junto a alunos e professores de cursos de bacharelado, mestrado e doutorado de diversas universidades do Paraná e São Paulo.

Em 2015, a convite do Conde Carlos Ventura passou a pertencer como Imortal Correspondente na Academia de Letras Brasil-Suiça, cadeira n. 145, escolhendo o patrono: Mário Quintana. Ocasião em que foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural Euclides da Cunha desta academia.

Em 2017, a convite do presidente Luís Antonio Cardoso, da Academia Rotary de Letras, Artes e Cultura (ARLAC) de Taubaté/SP, tornou-se Acadêmico Correspondente no Grau de Oficial (1. Grau), quando lhe foi conferido também o Prêmio "Mahatma Gandhi" de Liderança pela Paz, da Academia Rotary de Letras, Artes e Cultura de Taubaté/SP

A. A. de Assis, de Maringá/PR diz:
Há uma palavra moderninha – bookaholic, que na verdade nem é tão moderninha assim, porém me pareceu com jeito de chique e vem aqui a calhar. Foi a melhor maneira que achei para definir o escritor, pesquisador e animador cultural José Feldman, paulistano radicado há alguns anos em Maringá. Bookaholic é a pessoa excessivamente apaixonada por livros. Em português, um sinônimo próximo seria bibliófilo. Feldman é assim: gosta de cães e gatos, mas sua paixão enormemente maior é pelos livros. Lê tudo, em todos os momentos disponíveis. E quase tudo que lê ele transcreve em seus vários blogues, para alegria de milhares de leitores. Ele é o maior divulgador de textos alheios via internet. O maior propagador da arte literária no país.

Em 2021, o presidente Luiz Antonio Cardoso, da Academia Internacional da União Cultural, o empossa como acadêmico.
 
Ainda neste ano funda a Confraria Brasileira de Letras junto com um artista plástico de Curitiba, que falece neste mesmo ano, uma academia virtual, assumindo então a Presidência desta entidade.

Participou da Comissão Julgadora de diversos Concursos de Trovas e de Poesias.

Reside na cidade de Maringá/PR, desde 2010.

Nas palavras de Carolina Ramos, de Santos/SP: 
”Quando se tem um ideal na vida, tudo parece mais fácil de ser realizado. Só assim, é possível explicar a capacidade ímpar de José Feldman em levar avante a tarefa espontânea à qual, há tanto tempo, se entrega, na missão auto imposta de espalhar Trovas, poesias e textos de seus amigos e irmãos de jornada, por este Brasil afora. É isto o que Feldman faz, passando por cima de seus próprios problemas e cansaços, fazendo, do bondoso coração, um ninho de afetos que a todos acolhe com fraternal carinho, estendendo ainda sua ternura aos cães e gatos que lhe servem de companhia através da vida. 

Em audaciosa imagem, José Feldman é uma espécie de “gralha azul” que, em vez de semear pinhões, semeia letras e versos, reflorestando o Brasil com esse viço poético que desperta a sensibilidade - em tempos atuais, sob constante ameaça de ser sufocada pelo árido e pesado concreto do dia-a-dia. 

Sensível, sofrido, faz ele de sua vida um barco que enfrenta tempestades e mares revoltos, com o estoicismo de poucos, e, sem esmorecer, digita, altas horas, as páginas que cria, repletas de obra alheia e, nas quais, quem menos aparece é seu próprio nome. 

Difícil enumerar, sem pecado de omissão, os inúmeros blogs e jornais virtuais por ele criados e alimentados com dedicação digna de ressalto. Entre eles: - Pavilhão Literário Singrando Horizontes, O Voo da Gralha Azul, Coleção Memória Viva, Paraná Poético, Cavalgada de Trovas do Paraná, Almanaque Paraná, Trova Brasil, Chuva de Versos, etc. 

Feldman esmera-se, agora, em ampliar ainda mais sua obra divulgadora, reativando o que chamou de Florilégio de Trovas, que dá cobertura às várias Seções da UBT, divulgando Trovas e fotos de seus associados. Só isto bastaria para justificar um carinhoso e expressivo reconhecimento desta entidade trovadoresca.

Afetivo e impulsivo, por vezes, Feldman não hesita em dar um passo atrás para desfazer mal entendidos, ciente de que, o caminhar por esta vida, não nos isenta de tropeços que uma amizade sincera não possa suplantar. Este é José Feldman, cujo coração fraterno bate mais forte pelos que o cercam, do que, na verdade, em proveito próprio.” 

Algumas Premiações Literárias:

Poesias:

- III Prêmio Literário Gonzaga de Carvalho. ALTO (Academia de Letras de Teófilo Otoni). 10. Lugar. 2018.
- IV Prêmio Literário Gonzaga de Carvalho. ALTO (Academia de Letras de Teófilo Otoni). 12. lugar. 2019.
- 30. Concurso Internacional de Poesias, Contos e Crônicas da ALPAS (Academia Internacional de Artes, Letras e Ciências "A Palavra do Século XXI"). 2019.
- Concurso Literário Virtual da ALAP, Academia de Letras e Artes de Paranapuã/RJ. 1. lugar. 2020.

Trovas:

IV Jogos Florais de Cruz Alta/RS. Trova destaque. 1992.
XVI Jogos Florais de Santos. Menção Especial. 2014.
XXVII Jogos Florais de Bandeirantes/PR. vencedor com 2 trovas. 2014.
Concurso de Trovas de Taubaté. 1. Lugar e Menção honrosa. 2015.
XI Jogos Florais de Cantagalo/RJ. 12. lugar. 2015.
I Concurso Nacional de Trovas de Itapema/SC. 1. e 7. lugar. 2015.
XVIII Jogos Florais de Curitiba. 3. e 11. lugar. 2015.
Concurso de Trovas da UBT Natal/RN. 1. Lugar. 2015.
LVI Jogos Florais de Nova Friburgo/RJ. Humor. Menção Honrosa. 2015.
XXVIII Jogos Florais de Ribeirão Preto. Humor. 1. Lugar. 2015.
Concurso de Trovas Orlando Woczikosky (Curitiba). 13. lugar. 2016.
XX Concurso de Trovas do CTS/UBT Caicó/RN. 11. lugar. 2021.
XXI Jogos Florais de Curitiba/PR. 10. lugar. 2021.
I Concurso de Trovas Três Fronteiras, da UBT Foz de Iguaçu/PR. 5. e 9. Lugar.
LXIII Jogos Florais de Nova Friburgo/RJ. Menção especial. 2022.

Entidades as quais pertence:

- Confraria Brasileira de Letras (CBL) Cadeira n. 1 - Patrono: André Carneiro - Presidente Nacional.
- Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG (ALTO) - Acadêmico correspondente
- Academia Rotary de Letras, Artes e Cultura (ARLAC) de Taubaté/SP - Acadêmico Correspondente no Grau de Oficial (1. Grau)
– Academia Internacional da União Cultural
- Poetas Del Mundo - Cônsul de Maringá desde 2011.
- Movimento União Cultural - Conselheiro Internacional
- Academia Virtual Brasileira de Trovadores
- Confraria Luso-Brasileira de Trovadores
- União Brasileira dos Trovadores/Delegacia de Campo Mourão/PR - desde 2021.
- União Brasileira dos Trovadores/Delegacia de Arapongas/PR - delegado de 2016 a 2019.
- União Brasileira dos Trovadores/Delegacia de Ubiratã/PR - delegado de 2001 a 2010.
- Associação dos Literatos de Ubiratã (ALIUBI) (vice-presidente 2001 - 2003).
- Academia de Letras Brasil-Suiça . Cadeira n. 145 - Patrono: Mário Quintana
- Ordem Nacional dos Escritores (ONE).
- União Hispanomundial de Escritores (UHE).
- Casa do Poeta Lampião de Gaz, de São Paulo.
- Sociedade Mundial dos Poetas.
- Ordem dos Cavaleiros Templários (OCT).
- Ordem Sagrada do Templo e do Graal (OSTG).
- Antiga e Mistíca Ordem Rosae Crucis (AMORC).
- Pró-Vida, Integração Cósmica.

Honrarias:

- Medalha de Mérito Cultural "Euclides da Cunha" da Academia de Letras Brasil-Suiça, em Berna/Suiça. 2015;
- Comenda por Mérito Cultural da Academia Pan Americana de Letras e Artes. 2016;
- Medalha de Mérito Cultural da Academia Brasileira de Trovas. 2016;
- Medalha de Mérito Cultural "Heitor Stockler de França", da União Brasileira dos Trovadores/Estado do Paraná. 2016;
- Prêmio "Mahatma Gandhi" de Liderança pela Paz, da Academia Rotary de Letras, Artes e Cultura de Taubaté/SP. 2017;
- Prêmio "Monteiro Lobato" do Movimento União Cultural. 2018.

E-books que organizou:

- Almanaque O Voo da Gralha Azul (16 números)
- Boletim Literário Singrando Horizontes (13 números)
- Almanaque Chuva de Versos (475 números)
- Almanaque Paraná (12 números)
- Trova Brasil (18 números)
- O Encanto das Trovas Estaduais (15 números)
- O Encanto das Trovas Seções (3 números)
- Florilégio de Trovas (31 números)
- Folhetim Literário Desiderata (10 números)
- Doce Aconchego das Trovas (3 números)

Ebooks de sua autoria:
- Labirintos da vida.
- Peripécias de um jornalista de fofocas & outras histórias.
Dissecando a magia dos textos: Contos e Crônicas.
50 Trovadores e suas Trovas em preto e branco.
- Devaneios poéticos.
- Canteiro de trovas.

Publicações Impressas

- Canteiro de Trovas. 2018.
- Coleção Terra e Céu. Trovas de José Feldman e de Izo Goldman+. 2016.

Participação em Livros Impressos:

Prefácio:

- Dinair Leite. 11 Rostos: antologia poética. 2015.

Trovas:
- Vânia Maria Souza Ennes. Paraná em Trovas. (trova e fortuna crítica). 2008.
- Carolina Ramos (org.). União Brasileira dos Trovadores. A Trova. Raízes e florescimento. (trova e Mencionado no livro). 2013.
- Vânia Maria Souza Ennes. Manjar de Trovas (trova e fortuna crítica). 2015
- Domitilla Borges Beltrame (org.) UBT. Meus irmãos, os trovadores vol. 2 (2 trovas). 2016.

Poesias:
- Revista Literária da Academia de Letras de Teófilo Otoni, Café com Letras (poesia). 2013.
- Edição comemorativa de 35 anos do Movimento Poético em São Paulo (poesia). 2016.
- Coletânea dos Poetas de Maringá - IV. (poesia). 2016.
- Luciano Dídimo (org.). 100 sonetos de 100 poetas. 2019.
- XV Coletânea de Poesias da ALIUBI (poesia). 2019.
- Sandra Veroneze (org.). Poetas pela paz (poesia). 2020.

Possui o blog http://singrandohorizontes.blogspot.com.br em atividades desde 2007, com cerca de 20.000 artigos e uma média de 7 mil leitores/mês, e mais de 3.500.000 leitores.

Contatos, colaborações pelo email: gralha1954@gmail.com 

Aparecido Raimundo de Souza (Tudo embolado, junto e misturado)


 O HÉLIO BICUDO nessa sexta-feira, precisou cobrir a Mariza, a secretária e assistente da doutora Antonella, psiquiatra, que necessitou faltar em vista de sua filhinha de seis anos ser levada ao médico com certa urgência.  Na recepção, logo de cara chegou o Fidalgo Barata, que tinha certa urgência em pedir um favor meio às carreiras à Mariza ou se fosse possível, para a médica em pessoa. Porém, ao entrar e ver o rapaz, ficou meio desanimado. Apesar disso, tentou a sorte. Talvez o mancebo resolveria seu problema.

“Bom dia. A doutora pelo visto, não está na clínica?"

“Infelizmentenãoemquepossoajudar?"  (Infelizmente não em que posso ajudar?)

“E a senhorita Mariza?"

“Nessemomentoemqueosenhorperguntaemhoráriodealmoçoacaboudesairesóvoltarádentrodeumahora..." *1 

Hélio Bicudo tinha um problema sério na hora de se expressar. Por conta desse entrave, a sua voz criava problemas. Ele não sabia pausar as palavras e pior, ao se dirigir a alguém, fosse falando ou respondendo, o quadro se tornava um verdadeiro fiasco.

“Eu queria ver com a senhorita Mariza, se ela conseguiria me enviar via e-mail os resultados de meus exames feitos. E também o receituário que a doutora me receitou. Ela me deu o WhatsApp e também o e-mail, mas eu fiz a gentileza de enfiar em algum lugar que não lembro onde. O prezado poderia me passar por gentileza?"

Hélio Bicudo sorriu e balançou a cabeça afirmativamente.

“Perfeitamentecomoésuagraça?" (Perfeitamente como é sua graça?)

“Fidalgo...  Fidalgo Barata..."

Helio repetiu compassadamente.

“Claroaquioclientedadoutoratemcartabranca.qualquerpedidoéumaordem.lávaiantonellavalentinacomdoiselescristinadaconceiçãotudojuntoarrobapsiquiatrapontocompontobrlembrandoaoamigoqueaconceiçãoseescreveconceicaoousejasemacobrinhadependuradanacedilhaeoacentocircunflexoemribadoa." *2

“Poderia, por gentileza, falar tudo de novo?" 

“Certamenteaquioclientedadoutoratemcartabrancaqualquerpeddoéumaordemlávaiantonellavalentinacomdoiselescristinadaconceiçãotudojuntoarroubapsiquiatrapontocompontoblembrandoaoamigoqueaconceiçãoseescreveconceicaoousejasemacobrinhadependuradanacedilhaeoacentocircunflexoemribadoa." *3

“Como é que é? O amigo embolou tudo."

Helio Bicudo repetiu mais seis vezes, contudo, em nenhuma delas o Barata conseguiu se fazer entender. 

Soltando fogo pelas ventas, literalmente louco da vida, por pouco não mandou o cara plantar batatas. Achou melhor dar meia volta e cair fora. Foi o que realmente fez.
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NOTAS
*1= Nesse momento em que o senhor pergunta em horário de almoço acabou de sair e só voltará dentro de uma hora...

*2= Claro aqui o cliente da doutora tem carta branca. Qualquer pedido é uma ordem. Lá vai antonella valentina com dois eles cristina da conceição tudo junto arroba psiquiatra ponto com ponto br lembrando ao amigo que a conceição se escreve conceicao ou seja sem a cobrinha dependurada na cedilha e o acento circunflexo em riba do a.

*3= Certamente aqui o cliente da doutora tem carta branca. Qualquer pedido é uma ordem. Lá vai antonella valentina com dois eles cristina da conceição tudo junto arroba psiquiatra ponto com ponto br lembrando ao amigo que a conceição se escreve conceicao ou seja sem a cobrinha dependurada na cedilha e o acento circunflexo em riba do a.
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Aparecido Raimundo de Souza, natural de Andirá/PR, 1953. Aos doze anos, deu vida ao livro “O menino de Andirá,” onde contava a sua vida desde os primórdios de seu nascimento, o qual nunca chegou a ser publicado. Em Osasco, foi responsável, de 1973 a 1981, pela coluna Social no jornal “Municípios em Marcha” (hoje “Diário de Osasco”). Neste jornal, além de sua coluna social, escrevia também crônicas, embora seu foco fosse viver e trazer à público as efervescências apenas em prol da sociedade local. Aos vinte anos, ingressou na Faculdade de Direito de Itu, formando-se bacharel em direito. Após este curso, matriculou-se na Faculdade da Fundação Cásper Líbero, diplomando-se em jornalismo. Colaborou como cronista, para diversos jornais do Rio de Janeiro e Minas Gerais, como A Gazeta do Rio de Janeiro, A Tribuna de Vitória e Jornal A Gazeta, entre outras.  Hoje, é free lancer da Revista ”QUEM” (da Rede Globo de Televisão), onde se dedica a publicar diariamente fofocas.  Escreve crônicas sobre os mais diversos temas as quintas-feiras para o jornal “O Dia, no Rio de Janeiro.” Acadêmico da Confraria Brasileira de Letras. Reside atualmente em Vila Velha/ES.

Fonte: Texto enviado pelo autor. 
Imagem criada por Jfeldman com Microsoft Bing 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Edy Soares* (Fragata da Poesia) 68

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* Edy Soares (Edmardo Lourenço Rodrigues), nasceu na cidade de Ibatiba/ES, em 1964. Filho de pais agricultores. Viveu nos Estados Unidos entre 1991 e 2006. Regressando ao Brasil dedicou-se, além do seu trabalho de rotina, ao seu acervo de poemas e composições de canções. Classificado em vários concursos literários, nacionais e internacionais, de Sonetos, trovas e outros gêneros, identifica-se principalmente como sonetista clássico e trovador. Participação em várias feiras literárias e na Bienal Capixaba do Livro. Empresário no ramo hoteleiro, com o Fragata Hotel, em Guarapari/ES. Reside em Vila Velha/ES. Membro fundador da Academia Brasileira de Sonetistas (ABRASSO), Academia Pan-Americana de Letras e Artes (APALA), Academia Ibatibense de Letras e Artes, Confraria Brasileira de Letras, entre outros. Livros publicados: “Poemas Canções e Sonetos”, “Flores no Deserto”,  “Sonetos Sonantes”, co-autor do livro “Três em Trovas”.