TEMA: VENTO - L/F
VENCEDORAS POR ORDEM ALFABÉTICA
Não há erro ou exagero,
vento, uivando, sem guarida,
é o grito de desespero
da natureza agredida
ALMERINDA F. LIPORADE- Rio de Janeiro
Anos contados de espera,
nem assim você voltou,
tanta saudade quimera
que o vento já dispersou!
DIRCE MONTECHIARI – Nova Friburgo
Senhor da calma e tormento,
do tempo bom, do que chove,
é pelas asas do vento,
que a natureza se move!
EDERSON CARDOSO DE LIMA – Niterói
Não importa eu me algemar
às grades dos sentimentos...
Quem ama aprende a voar
na liberdade dos ventos!
EDMAR JAPIASSÚ MAIA – Rio de Janeiro
Quando o vento, aos meus ouvidos,
sopra as palmas do coqueiro,
pareço ouvir os gemidos
das dores do mundo inteiro.
RENATO ALVES – Rio de Janeiro
MENÇÃO HONROSA
Te amo tanto, ninguém nega,
e o vento me causa ciúme
pois ele sempre carrega
junto dele o teu perfume.
CARLOS AUGUSTO SOUTO DE ALENCAR – Campos dos Goytacazes
Enquanto meu pensamento
recorda a felicidade,
lá fora a canção do vento
embala a minha saudade.
JOÃO COSTA – Saquarema
Você foi brisa envolvente,
pelo bem que me fazia...
Hoje, ao partir de repente,
mais que vento, é ventania!
JOÃO FREIRE FILHO – Rio de Janeiro
Que dera que os pensamentos
pudessem ser, de verdade,
sempre livres como os ventos,
arejando a humanidade.
SANDRO PEREIRA REBEL – Niterói
O vento, com peraltice,
leva folhas pelo espaço.
Que bom se um dia o sentisse
levando as preces que faço...
RUTH FARÁH NASCIF – Cantagalo
MENÇÃO ESPECIAL
A saudade é como o vento.
Não sabemos de onde vem.
Sopra em nosso pensamento
quando lembramos de alguém.
ABÍLIO KAC – Rio de Janeiro
Parece que a mão do VENTO
empurra os passos da hora
e apressa o triste momento
em que a gente vai embora...
HEMOCLYDES S. FRANCO - Rio de Janeiro
Repare na voz do vento,
tem um som especial,
expressa seu sentimento:
vai, da brisa, ao vendaval!!!
ALBA HELENA CORRÊA – Niterói
Quem passa a vida ao relento
e se entrega ao deus dará
joga a própria vida ao vento,
não sabe o fim que terá!
THEREZINHA TAVARES – Nova Friburgo
Na febre do meu tormento
cresce mais o meu ciúme,
quando imagino que o vento
leva aos outros teu perfume.
GILVAN CARNEIRO DA SILVA – São Gonçalo
TEMA: PULGA – HUMORÍSTICA
VENCEDORAS
Esnobe e em tom de bravata,
diz a pulga, dessa vez,
que mudou do vira-lata
pra morar num pequinês!
EDMAR JAPIASSÚ MAIA – Rio de Janeiro
À pulguinha apaixonada,
promete o pulgão infame
amor eterno e morada
em cachorro de madame.
JOÃO COSTA – Saquarema
Se a pulga valesse tanto
no mercado monetário,
meu amigo, eu te garanto
meu cão era milionário.
JOÃO MOREIRA MONTEIRO – Bom Jardim
Um chimpanzé – que se julga
¨expert¨ em bichos – garante
já ter visto muita pulga
encarando um elefante!!!
MARIA MADALENA FERREIRA – Magé
O “pulgo” ficou cismando
quando viu, pelo caminho,
sua pulga passeando
no cachorro do vizinho...
RENATO ALVES – Rio de Janeiro
MENÇÃO HONROSA
Casamento foi desfeito,
da pulga com o pulgão.
brigas e muito despeito...
até mudaram de cão!
DIRCE MONTECHIARI – Nova Friburgo
A pulga é sempre um perigo!
Causa furor, eu bem sei...
no paletó de um mendigo,
ou na cueca de um rei...
GILVAN CARNEIRO DA SILVA – São Gonçalo
A pulga e o “pulgo” a brigar...
Foi enorme a confusão!
A pulga deixou o lar
e... foi morar noutro cão!
RENATO ALVES – Rio de Janeiro
Num desespero danado,
pelo quarto deita e rola.
Um coça-coça engraçado:
-Com pulga na camisola...
DIAMANTINO FERREIRA – Campos dos Goytacazes
A pulga ficou doente,
com o sangue aferventado,
ao morder cachorro quente,
ficou com beiço empolado...
AILSON CARDSO DE OLIVEIRA - Magé
MENÇÃO ESPECIAL
Diz, a pulga, saltitante:
Vou pegar a condução,
Chego, à festa, num instante,
Vou, de carona, num cão!!!
ALBA HELENA CORRÊA - Niterói
Com a pulga atrás da orelha
e muito desconfiada...
a minha sogra, uma”abelha”,
me deu uma forte picada!
CARLOS ALBERTO DE CARVALHO – São Gonçalo
Pôs o cachorro no chão
depois saiu rebolando...
Não podia por a mão
onde a pulga estava andando
GILVAN CARNEIRO DA SILVA – S. Gonçalo
-Ufa, escapei por um triz!
Disse a pulga apavorada:
-Por que esse cão infeliz,
se coça tanto por nada?
JESSÉ NASCIMENTO- Angra dos Reis
Indo ao baile lá na roça,
me senti meio doidão:
ora as pulgas da palhoça,
ora o efeito do quentão!
RUTH FARAH NASCIF – Cantagalo
Fonte:
Roberto Pinheiro Acruche
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