quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Olga Agulhon (Na Safra da Vida, a Magia das Cores)


Cronica Vencedora do Concurso Nacional de Crônicas do 3º Jogos Florais de Caxias do Sul (RS) - 2011

No espelho não mais encontro aquela jovem que um dia foi a noiva de branco a se olhar uma última vez antes de se entregar... Um último retoque nos negros fios encaracolados; uma última ajeitada na grinalda de flores de laranjeira... e pronto! Tão linda imagem... perfeita! Estava ali a encarnação da esperança!

Tudo perfeito, afinal, naquele dia. Em cadeiras caprichosamente arrumadas sob a sombra do parreiral em cachos, amigos e familiares em sincera torcida... Quase toda a italianada da colônia...

As uvas pendiam roxas e perfumadas, indicando fartura e bons presságios ao alcance das mãos.

O noivo, de pé, no altar, com brilho de gel nos cabelos, vestia, com certeza, o seu melhor traje. Aguardava, aflito, a donzela que tomaria por esposa como quem espera, finalmente, começar a viver... Cheio de sonhos no olhar!

Não vi, ao caminhar em sua direção, nada além daqueles olhos de anil e promessas... Olhos que guardariam aquele momento para sempre em sua retina... Olhos que me diziam: - Venha, não tenha medo, ninguém aqui ousará ofendê-la, e hoje é o seu dia de rainha.

Unidos pelo santo laço do matrimônio, não mais enfrentaríamos a resistência dos sogros... Estava feito!

Outras safras vieram, ano após ano. Junto com a colheita da uva e a produção do vinho, comemorávamos o aniversário de casamento e, de quando em quando, a dádiva da vida sendo gerada em ventre fértil.

Nem tudo foi assim tão lindo do jeito que foi sonhado... Nem todas as promessas foram cumpridas... Algum encanto se desfez aqui ou acolá, mas tudo foi bem-vindo...  Estávamos juntos na alegria e na tristeza, na saúde e na doença... Fomos abençoados com cinco valorosos filhos, que formavam lindo degradê, e nossas vidas estariam para sempre entrelaçadas. 

Volto a me buscar no mesmo espelho da penteadeira de imbuia, na mesma casa caiada com as cores da terra... e o meu amor está de partida.

Busco-me no espelho e não me vejo. Na imagem refletida, uma outra habita. Insisto e me procuro naquela imagem de cabelos de neve cobertos... Não reconheço nenhum traço. Não vejo quem sou, não encontro quem fui quando trocamos o “sim” diante do altar...

Lembro-me dos olhos de promessas cheios...  Éramos outros... Tão jovens!

A velhice enrugou o nosso olhar... Não me reconheço diante do espelho e meu loiro não pode me ajudar nesse momento, pois trava um longo combate com a morte, no quarto ao lado... Insisto, aprumo os óculos, fixo-me bem posicionada... nada! O velho espelho também exibe as marcas do tempo. Choro... e as lágrimas silenciosas escorrem lentamente, percorrendo os inúmeros sulcos esculpidos em meu rosto.

Recomponho-me! Aprendi a aceitar os punhados de dor que a vida me reserva e esconde entre tantos potes de felicidade.

Volto e sento-me a seu lado. Ainda ouço um último sussurro: - Te amo, minha nega!... E então, finalmente, me reencontro naquelas retinas, que sempre me viram além da cor e das marcas do tempo.

Firme, seguro sua mão até a travessia, com a certeza de que, na minha hora, ele estará me esperando na margem de lá, com a mão estendida..., e ao caminhar em sua direção não verei mais nada além daqueles olhos de anil e promessas...

Outra safra se aproxima e a saudade ainda machuca o peito, mas alegro-me com a chegada dos filhos ao nosso pedaço de terra nesse cantinho do mundo.
A natureza novamente em cachos perfumados e coloridos.

Agradeço ao Criador da vida! O meu quinhão de alegria sempre foi maior que o meu quinhão de dor...

Meus filhos, participando da colheita da uva, são como bálsamo para os meus olhos... Lindos e fortes, uma mistura perfeita de raças, o branco e o negro em profusão de amor: na safra da vida, a magia das cores!

Fonte:
Jornal O Diario. Caderno D+. 31 janeiro 2012.

Mara Mellini (Palavra por Palavra)


Gosto de me revelar pelas palavras... de depositar nelas os meus pensamentos mais profundos, mais humanos. Sou tudo o que está contido no que escrevo, ao meu modo, meu estilo. E aqui, no meu espaço, reino soberana... Tenho liberdade para dizer o que penso, sem amarras, sem algemas. Porque não há nada pior, para um escritor, do que viver sob a sombra da censura... Especialmente, quando se usa da palavra para atingir bons fins. Para tocar alguém, resgatar o bem.
     
    A minha palavra não visa outra coisa, senão unir, somar, dedilhar sonhos, semear esperança. Nas minhas reticências, procuro lançar ao vento novos pensamentos, ideais, buscando sopros de valores e de conforto para quem lê ou escuta. Assim, sou inteira. Sou verdadeira. Não preciso de disfarces, minha palavra tem a força da coragem e a leveza da serenidade. Não preciso fazer mea-culpa pelo que digo, tampouco temer o fato de que não fui compreendida... É que eu não procuro intervir, procuro somar. Positivamente. Quem me conhece, sabe.

     Então chega de emprestar minhas palavras a quem faz delas um meio de contramão; a quem malfere uma boa intenção, subvertendo as minhas vírgulas e pontos finais, buscando neles o que não foi dito. A palavra, sim, tem poder. Mas o que tenho em mira é somente o que eu disse no início e o que se apresenta em todo o meu universo real e virtual: o BEM. O que faço com tanto gosto é inspirado em um mundo mais humano. E, permitam-se dizer, mais justo. Longe de ser perfeita, pelo contrário... tendo consciência das minhas ações.

     Minha palavra não mora em gaiola, nem sobrevive de favores. Tem existência própria, respira ar puro. Voa... Às vezes, chora... é melancolia. Em outras, ri... e se mostra larga. Chega em versos, sai em prosa. Mas o mais importante de tudo isso: Procura apaziguar, não desunir; é livre e me pertence. E tenho dito.

Fonte:

Lima Barreto (Queixa de Defunto)


Antônio da Conceição, natural desta cidade, residente que foi em vida, na Boca do Mato, no Méier, onde acaba de morrer, por meios que não posso tomar público, mandou-me a carta abaixo que é endereçada ao prefeito. Ei-la:

"Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Doutor Prefeito do Distrito Federal. Sou um pobre homem que em vida nunca deu trabalho às autoridades públicas nem a elas fez reclamação alguma. Nunca exerci ou pretendi exercer isso que sé chama os direitos sagrados de cidadão. Nasci, vivi e morri modestamente, julgando sempre que o meu único dever era ser lustrador de móveis e admitir que os outros os tivessem para eu lustrar e eu não.

"Não fui republicano, não fui florianista, não fui custodista, não fui hermista, não me meti em greves, nem coisa alguma de reivindicações e revoltas, mas morri na santa paz do Senhor quase sem pecados e sem agonia.

"Toda a minha vida de privações e necessidades era guiada pela esperança de gozar depois de minha morte no sossego, uma calma de vida que não sou capaz de descrever, mas que pressenti pelo pensamento, graças à doutrinação das seções católicas dos jornais.

"Nunca fui ao espiritismo, nunca fui aos 'bíblias', nem a feiticeiros, e apesar de ter tido um filho que penou dez anos nas mãos dos médicos, nunca procurei macumbeiros nem médiuns.

"Vivi uma vida santa e obedecendo às prédicas do Padre André do Santuário do Sagrado Coração de Maria, em Todos os Santos, conquanto as não entendesse bem por serem pronunciadas com toda a eloqüência em galego ou vasconço.

"Segui-as, porém, com todo o rigor e humildade, e esperava gozar da mais dúlcida paz depois de minha morte. Morri afinal um dia destes. Não descrevo as cerimônias porque são muito conhecidas e os meus parentes e amigos deixaram-me sinceramente porque eu não deixava dinheiro algum. É bom meu caro Senhor Doutor Prefeito, viver na pobreza, mas muito melhor é morrer nela. Não se levam para a cova maldições dos parentes e amigos deserdados; só carregamos lamentações e bênçãos daqueles a quem não pagamos mais a casa.

"Foi o que aconteceu comigo e estava certo de ir direitinho para o Céu, quando, por culpa do Senhor e da Repartição que o Senhor dirige, tive que ir para o inferno penar alguns anos ainda.

"Embora a pena seja leve, eu me amolei, por não ter contribuído para ela de forma alguma. A culpa é da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro que não cumpre os seus deveres, calçando convenientemente as ruas. Vamos ver por quê. Tendo sido enterrado no cemitério de Inhaúma e vindo o meu enterro do Méier, o coche e o acompanhamento tiveram que atravessar em toda a extensão a rua José Bonifácio, em Todos os Santos.

"Esta rua foi calçada há perto de cinqüenta anos a macadame e nunca mais foi o seu calçamento substituído. Há caldeirões de todas as profundidades e largura, por ela afora. Dessa forma, um pobre defunto que vai dentro do caixão em cima de um coche que por ela rola, sofre o diabo. De uma feita um até, após um trambolhão do carro mortuário, saltou do esquife, vivinho da silva, tendo ressuscitado com o susto.

"Comigo não aconteceu isso, mas o balanço violento do coche, machucou-me muito e cheguei diante de São Pedro cheio de arranhaduras pelo corpo. O bom do velho santo interpelou-me logo:

"- Que diabo é isto? Você está todo machucado! Tinham-me dito que você era bem comportado - como é então que você arranjou isso? Brigou depois de morto?

"Expliquei-lhe, mas não me quis atender e mandou que me fosse purificar um pouco no inferno.

"Está aí como, meu caro Senhor Doutor Prefeito, ainda estou penando por sua culpa, embora tenha tido vida a mais santa possível. Sou, etc., etc."

Posso garantir a fidelidade da cópia e aguardar com paciência as providências da municipalidade.

Careta, 20-3-1920

Girias Antigas


À beça === Pra caramba
Bacana === Bom, bonito
Barato === .Excelente
Barra limpa === Fora de perigo
Batuta === Algo ou alguém legal
Beca… === Roupa elegante
Bicho === Amigo
Boa pinta === Pessoa de boa aparência
Bode === Confusão
Borocoxô === Tristinho
Botar pra quebrar === Causar, acontecer
Broto === Mulher jovem e atraente
Bulhufas === Absolutamente nada
Cafona === Fora de moda
Carango… === Carro
Careta === .Pessoa conservadora
Chapa === .Amigo
Chato de galocha === Pessoa muito irritante
Chocante === Legal
Dançou!… === Perdeu!
Dar no pé === Ir embora
De lascar === Situação complicada, difícil
Do arco da velha…..Algo antiquado
Dondoca === Mulher da alta sociedade
É fogo! … === É difícil!
Estourar a boca do balão……Arrasar, extrapolar
Fichinha === Algo fácil
Gamado === Apaixonado
Grilado… === Preocupado
Ir na onda === Acompanhar
Joia === Legal
Pão === Homem bonito
Patavinas === Absolutamente nada
Patota === Turma, galera
Pé de valsa === Indivíduo que dança bem
Pega leve! === Devagar!
Pindaíba === Sem dinheiro
Pintar === Aparecer
Pode crer! === Acredite!
Pombas! === Expressão que denota surpresa ou indignação
Pra frente === Moderno
Quadrado === Conservador
Sacou? === Entendeu?
Serelepe === Alegre
Supimpa pra dedéu === Algo muito legal
Transado === Com visual bonito, moderno
Traquinas === Criança aprontona
Tutu === Dinheiro
Um estouro! === Algo grandioso
Xuxu beleza! === Tudo bem!

Fonte:
So Portugues

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 680)



Uma Trova de Ademar  

Versos já fiz - não sei quantos - 
relembrando a mocidade. 
Hoje servem de acalantos 
para ninar a saudade. 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Louvo as Trovas do Ademar,
disso não faço segredo,
pois além de me encantar,
elas me chegam "Mais cedo"... 
–Antonio Moreira/MG– 

Uma Trova Potiguar  

O brilho do teu olhar 
tomando conta de mim, 
fez minh’alma se entregar 
nos braços do amor sem fim. 
–Eva Garcia/RN– 

Uma Trova Premiada  

1987 - Resende/RJ 
Tema - ABANDONO - M/H 

Triste é ver uma criança
no abandono, sem um lar,
pois, sendo a própria esperança,
não tem muito o que esperar!
–Arlindo Tadeu Hagen/MG– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Poesia estado de graça,
chama da alma em delírio.
É prazer que nos abraça
mas, também nos traz martírio.
–Lúcio da Costa Borges/PR– 

U m a P o e s i a  

É por isso que eu digo, raça nobre,
um povo forte e bom trabalhador,
eu garanto que é o povo brasileiro.
Pouco importa se é pobre ou se é doutor,
se falar que é um cabra nordestino,
ele tem uma ruma de menino
e no meio tem sempre um Trovador. 
–Gilson Faustino Maia/RJ– 

Soneto do Dia  

UM PÁSSARO A CANTAR DENTRO DE UM OVO. 
–Antonio Juraci Siqueira/PA– 

Se o mundo quer calar-me, eu não hesito:
recorro à trova e crio um mundo novo
onde ponho o calor e a voz do povo,
um punhado de humor, um beijo e um grito. 

Na trova eu me divirto e me comovo,
nela o meu sonho é muito mais bonito,
nela eu prendo as estrelas do infinito
e um pássaro a cantar dentro de um ovo. 

Trova é roupa estendida na varanda,
relva molhada pela chuva branda,
rosa vermelha, moça na janela, 

gotas de orvalho a tremular na flor...
Por isso não a queiram mal, pois ela
é a voz e o coração do trovador!

Paulo José de Oliveira [Pajo] (Do Semear ao Germinar e do Cultivar ao Colher)


Caro amigo José Feldman! 
Trago aqui um poema meu a você nesta sua data tão especial 

Mais um ano de vida se avizinha
E com ele o melhor da esperança
Há que degustar o sabor da vinha
Em campo fértil a brotar pujança

Que as alegrias de seu existir então
Armazenada nas sementes do saber
Garantam fartura na seara em chão
Adubadas no dia-a-dia do seu fazer

Que lhe acalme o espírito do amor
Encha seu coração de alegria plena
Irradie ao semblante seu esplendor
Transmita ao próximo a paz serena

Resto invocar por ti Divinas bênçãos
Na Terra a grande Luz que te conduz
Iluminados os passos que te apensam
A aconchegar-lhe a alma que te aduz

Na experiência de seus dias vividos
O germinar fecundo no seu construir
Que tenha o doce dos frutos colhidos
E fartas colheitas ao que lhe há de vir

Aniversariar é festejar etapa vencida
Que lhe seja esta data um marco forte
De tudo que foste e construíste na vida
Sendo, de o seu existir, o alicerce e norte.

Feliz e Abençoado Niver!

Um gde abraço,

Pajo

Clevane Pessoa (Lançamento do Livro “Centaura”)


Centaura é um livro em papel reciclado, com capa de Alessandro Pessoa (Allez Pessoa), baixista da banda Tancredos, filho da autora, Clevane Pessoa.

A editoria é de Sandra Veroneze, da editora Pragmatha -Porto Alegre/RS, que escreve uma das orelhas ("Clevane faz poesia como quem joga pétalas ao vento (...) também faz poesia como quem desembainha a espada", acentua ).

O físico, poeta e contista Marco Aurélio Lisboa, responde pela outra ("Nordestina morando em Minas, tem a fibra do algodão de Seridó, famosa por sua excelência. Quem já conhece de perto, sabe de sua coragem para enfrentar a adversidade e de sua tenacidade na luta pelas causas mais justas", observa Marco Aurélio).. 

O prefácio é de Dimythryus, poeta paulistano premiado no Brasil e no Exterior, que conclui: "O leitor terá a sensação de estar entrando numa cela onde o medo e a insegurança humana parecem revelar-se em poemas que se revelam numa espécie de diário. Uma vez aberta a porta, por favor, não se esqueça de fechá-la (...).

Jaak Bosmans, apresenta livro e Clevane Pessoa " Poesia de tanta solidão, percorre alegre seus dias nos símbolos mágicos da Psique e nos reflete sua "pessoa" como Clevane, de uma sempre paz além do que possa ser contrário de qualquer guerra"(...). 

Na contracapa, o prolífero escritor Thiago de Menezes faz um levantamento histórico de suas vidas, lembrando amigas comuns, quais a pintora Sinhá D'Amora , e Odette Coppos, poeta, historiadora e ensaísta, que dirigiu museus e cujo titulo está na terra dele, Itapira, SP.

Clevane manteve correspondência com ambas no tempo em que militou na imprensa de Juiz de Fora, na Gazeta Comercial.Thiago de Menezes diz:"Gosto particularmente deste título (Centaura), porque acho fascinante a riqueza de simbolismo contida no personagem que representa o centauro imortal sábio, músico, profeta, médico e professor de mitologia grega"(...) E continua:"Clevane, poetisa centaura, representa a união de várias forças em sua escrita: a razão, o instinto, a espiritualidade, a busca da imortalidade, as dualidades humanas"(...) 

Em CENTAURA- o primeiro de uma trilogia- Clevane Pessoa transita com liberdade e saber, por vários gêneros poéticos. E sobre a Centaura, de forma lancinante, a condição de sua protagonista 

"Em volta dela, uma aura verde 
mostra mil anos 
de solidão" 
LAL 

Fonte:
Clevane Pessoa

Norália de Mello Castro (Lançamento de “Realidade e sonhos”, neste sábado, 29 de setembro)


Com uma superfície aparentemente calma, Norália desenvolve o Caos permeado por romance e poesia. São devaneios e eloquentes discursos que jorram vivacidade e, por que não dizer, interatividade com o leitor. Muitos poderão se indagar ou se perder no caminho e não saber mais o que é ficção e o que é realidade. E de quem é esta realidade, será da escritora, ou minha? 

Isto não mais importa, à luz do luar, banhados pela sonata, há tempo, muito tempo para pensar, sentir e meditar. Afinal, é este último o intermédio deste universo externo e material para dimensões oníricas, da psique e do espírito.

No começo do romance a autora escreveu:

A Inspiração

A música entra na sala e alcança além dos limites. Fico centrada no vídeo que vai mostrando a Lua. Mais e mais me deixo envolver pela música e fotos. A Lua é mostrada em todo o seu esplendor em centenas de cantões da Terra. Um passeio por montanhas e planícies, lagos e rios, mares e desertos, todos a se integrarem para mais uma fotografia. Ao fundo, a música vem suavemente, poderosamente, num crescente de acordes e sons, e a Sonata ao Luar se faz inteira. Os olhos não se desprendem, envolvidos e cobertos pelos sons em reverência: ali está o recado da mensagem: “a lua inspira devaneios ou sonhos que é a luz do pensamento”(1), aquela luz que movimenta a mente para além dela mesma, tal a sua potência. Embebida pela lua, música e fotos, permaneço em transe por longo tempo. E, agora, passada a emoção vinda de surpresa, numa tarde de verão, coloco no papel devaneios, ou sonhos.

E assim nasceu Realidade e Sonhos

La rêverie est le clair de lune de la pensée. Jules Renard, poeta francês do século XIX.
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Comentários sobre o livro Realidade e sonhos

Marco Llobus, editor, disse: 
“Norália é uma escritora que apresenta nuances originais, povoando neste livro vários gêneros literários”. Gêneros estes que são interligados por uma história humana, ficcional, sobre duas irmãs, passada numa pequena cidade interiorana.

“O livro Realidade e Sonhos é como uma colcha de retalhos, mas não só com diferentes estampas e tecidos, é como se a autora tivesse trabalhado com sementes, conchas, penas, pedras e outros tesouros corriqueiros e cotidianos que tornaram este livro uma majestosa obra de arte”, escreveu Karine Souza, colaboradora da Editora Catitu.

Fonte:
A Autora

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Mário Quintana (A Voz)


Lino Mendes (Primavera da Vida)

Primavera em Portugal

O autor é de Montargil/Portugal

Diz o poeta que a Primavera vai e volta sempre, mas a Juventude  já não volta mais...

Mas a Primavera da Vida pode ser uma constante. Constrói-se no dia-a-dia

Esteja atento aos ensinamentos que nos chegam .Certamente também lhe disseram que “se distribuir compreensão e tolerância , colhe harmonia e bem estar”. e “ se na sua horta plantar canteiros de carinho, de alegria e de generosidade, verá nascer e crescer a felicidade, a gratidão e o amor.”

Será respeitado.

Seja humilde ! Diga não à arrogância.

Li isto algures, e fui-o confirmando no meu percurso de vida.

Diz o povo na sua sabedoria “que se colhe o que se planta”. Claro que não deve deixar crescer as ervas daninhas, como o povo fazia , “mondando” as culturas para que as mesmas florescessem  livres das “forças negativas”

Verá  que todos estes “valores” são as flores da “Primavera da Vida”

Fonte:
O Autor

Olivaldo Junior (Para Um Pássaro à Beira da Estrada que me Leva ao Trabalho)


Sim, foi um pássaro.
Teve ninho, céus e pousada
nos galhos das árvores
que o mundo 
lhe dava.

Sim, foi um pássaro.
Teve bico, pena e pousada
nos braços das almas
que o mundo
levava.

Sim, foi um pássaro.
Teve cisco, seiva e pousada
nos sábados mártires
que o mundo 
nos dá.

Fonte:
O Autor

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 679)



Uma Trova de Ademar  

Minha mente é qual jazida 
onde o verso prolifera.. 
De poesia eu pinto a vida 
com cores da primavera! 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Ouço no vento, clamores... 
-ah! mais vida, quem me dera! 
Súplica vinda das flores, 
quando finda a primavera. 
–Francisco José Pessoa/RJ– 

Uma Trova Potiguar  

Primavera é foto linda, 
de uma infância toda em flor, 
parece que nunca finda 
a primavera do amor! 
–Prof. Garcia/RN– 

Uma Trova Premiada  

2008  -  TrovaUneVersos/RN 
Tema  -  SONHO (s)  -  1º Lugar 

A primavera, suponho, 
que tendo sonhos de amor, 
faz, sim, com que cada sonho 
nasça em forma de uma flor. 
–Vanda Fagundes Queiroz/PR– 

...E Suas Trovas Ficaram  

A primavera opulenta,
rica de cantos e cores,
palpita, anseia, rebenta,
em cataclismo de flores.
–Guerra Junqueiro/PRT– 

U m a P o e s i a  

Deus pincela os seus sinais 
e tudo se regenera... 
As belas cores da vida 
repercutem a nova era, 
e em cada canto do mundo 
Ele pinta a primavera. 
–Hélio Alexandre/RN– 

Soneto do Dia  

FRÊMITO. 
–José Ouverney/SP– 

Se tu não existisses, meu amor, 
meu despertar seria diferente; 
talvez um abrir de olhos tão somente: 
cena comum de um quadro sem valor... 

Talvez sonhar perdesse o seu sabor 
e, nos primórdios de uma tarde quente, 
a vida se esvaísse lentamente 
se tu não existisses, meu amor! 

Poetas versariam sem paixão; 
não se daria crédito à emoção; 
não haveria o frêmito da espera. 

E como iria eu falar de flor 
se tu não existisses, meu amor? 
Sem ti... nem haveria primavera!

Ialmar Pio Schneider (Soneto Aflito)


Quisera aqui deixar escrito de passagem
aquele enlevo que nos uniu num momento;
depois tomaste um rumo e seguiste viagem
como quem parte, assim levada pelo vento...

Hoje procuro ouvir na tênue voz da aragem
um suspiro talvez; ou quem sabe um lamento
emitido por ti, tal qual uma mensagem
que me permita, enfim, lograr o meu intento...

Mas vão-se as estações: inverno, primavera,
verão e outono; e ainda estou sozinho e triste,
na aflição infernal de quem sofrendo espera...

Se ouvires, por acaso, um pássaro canoro
entoar uma canção que tu jamais ouviste,
recorda-te que ao te lembrar ainda imploro !

Fonte:
O Autor

Câmara Brasileira do Livro ( Finalistas do 54ª Prêmio Jabuti) – Parte I


Em virtude de ser uma lista extensa, dividi em duas partes.

Já são conhecidos os finalistas do 54º Prêmio Jabuti. Em apuração aberta ao público nesta quinta-feira, 20, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) apresentou as notas atribuídas pelos jurados às dez melhores obras de cada uma das 29 categorias do prêmio. 

Esta foi apenas a primeira etapa do processo que irá apontar os melhores livros de 2011, e que culminará com a entrega dos prêmios de Livro do Ano Ficção e Livro do Ano Não Ficção, no dia 28 de novembro. 

A fase que se encerra foi resultado da análise de um total de 2.203 inscritos. Para chegar aos finalistas, três jurados especialistas em cada categoria atribuíram notas de 0 a 10 às dez melhores obras inscritas. Classificaram-se as que obtiveram as melhores médias. A avaliação teve como base os critérios estabelecidos para cada categoria no regulamento, disponível em: www.premiojabuti.com.br/content/regulamento.

Todos os resultados foram auditados pela Parker Randall. O curador do Prêmio Jabuti, José Luiz Goldfarb, e o Conselho de Curadores, formado por especialistas do setor editorial, ficaram responsáveis por checar se todas as obras classificadas cumpririam com os critérios estabelecidos pelo regulamento. Integram o Conselho de Curadores a escritora e membro da Academia Paulista de Letras Ana Maria Martins, o diretor científico da Fapesp, Carlos Brito, o vice-reitor de Extensão da Universidade Estácio de Sá, Deonísio da Silva, e o poeta Frederico Barbosa.

Na segunda fase do prêmio, os escolhidos serão submetidos a uma nova análise, cuja apuração está marcada para o dia 18 de outubro. Na ocasião, serão conhecidas as três melhores obras de cada categoria, que serão laureadas com o Jabuti. Além disso, os primeiros colocados receberão o prêmio em dinheiro de R$ 3,5 mil.

Os Livros do Ano, categorias Ficção e Não Ficção, serão escolhidos apenas entre os primeiros lugares das categorias. Além dos jurados, participam da escolha os associados das quatro entidades representativas do setor: CBL, SNEL, ANL e ABDL. 

Concorrem ao Livro do Ano Ficção os primeiros colocados nas categorias: “Romance”, “Contos e Crônicas”, “Poesia”, “Infantil” e “Juvenil”. 

Já para o Livro do Ano Não Ficção, participam as categorias: “Teoria/Crítica Literária”, “Reportagem”, “Ciências Exatas”, “Tecnologia e Informática”, “Economia, Administração e Negócios”, “Direito”, “Biografia”, “Ciências Naturais”, “Ciências da Saúde”, “Ciências Humanas”, “Didático e Paradidático”, “Educação”, “Psicologia e Psicanálise”, “Arquitetura e Urbanismo”, “Fotografia”, “Comunicação”, “Artes”, “Turismo e Hotelaria” e “Gastronomia”.

RELAÇÃO DOS FINALISTAS

1. Capa

1º - A anatomia de John Gray - Leonardo Iaccarino - Editora Record
2º - A máquina de fazer espanhóis - Lourenço Mutarelli - Cosac & Naify
3º - História do cabelo - Gabriela Castro - Cosac & Naify
4º - O circo do Dr. Lao - Retina78 - Leya
5º - Ratos - Laboratório Secreto - Editora Intrínseca
6º - Formação (bildung), educação e experimentação em Nietzsche - Marcos da Mata - Editora Eduel
7º - Dresden - Elmo Rosa - Editora Record
8º - Eu vi o mundo - Gabriela Castro - Cosac & Naify
9º - Primeiro Tempo - Marcelo Aflalo - Editora Magma cultural
10º - Bonita Maria do Capitão - Germana Gonçalves de Araujo - EdUNEB

2. Ilustração

1º - Bananas podres - Ferreira Gullar - Casa da palavra
2º - O ovo ou a galinha? - Gustavo Rosa - Editora Rideel
3º - Água sim - Andrés Sandoval - Companhia das letras
4º - Apolinário - O homem-dicionário - Daniel Bueno - Editora Original
5º - Disse me disse - Elma - Editora Paulinas
6º - Um dia de chuva - Guazzeli - Cosac & Naify
7º - Quando meu pai se encontrou com o ET fazia um dia quente - Lourenço Mutarelli - Companhia das letras
8º - Animais - Grupo Xiloceasa - Editora 34
9º - Poemas de pé quebrado - Maria Tania Carneiro Leão - Editora Carpe diem
10º - Diário de navegação - Pero Lopes e a expedição de Martim Afonso de Sousa (1530-1532) - Vallandro Keating - Editora Terceiro nome

3. Ilustração de Livro Infantil e Juvenil

1º - Mil e uma estrelas - Marilda Castanha - Editora SM
2º - A visita - Lúcia Hiratsuka - Editora DCL
3º - Tati é especial - Jean-Claude R. Alphen - Editora Scipione
4º - Madiba - O menino africano - Renato Alarcão - Cortez Editora
5º - Carmela vai à escola - Elisabeth Teixeira - Editora Record
6º - Contradança - Roger Mello - Companhia das letras
7º - A Compoteira - Bebel Callage - Editora Prumo
8º - O esconderijo das vontades - Laura Michel - Callis Editora
9º - Marina e Mariana - Salmo Dansa - Editora Lafonte
10º - A Dona da Festa - Graça Lima - Editora Record

4. Arquitetura e Urbanismo 

1º - A arquitetura de Croce, Aflalo e Gasperini - Fernando Serapião - Editora Paralaxe
2º - Warchavchik fraturas da vanguarda - José Lira - Cosac & Naify
3º - Chai-Na - Otília Arantes - EDUSP
4º - Desenho e desígnio: O Brasil dos Engenheiros Militares (1500-1822) - Beatriz Piccolotto Siqueira Bueno - EDUSP
5º - Paulo Casé 80 anos: vida, obra e pensamento - Alfredo Britto, Regina Zappa e Roberto Segre - Casa da palavra
6º - Galo cantou: A conquista da propriedade pelos moradores do Cantagalo - Paulo Rabello de Castro - Editora Record
7º - Glaziou e as raizes do paisagismo no brasil - Bia Hetzel E Silvia Negreiros - Editora Manati
8º - Neocolonial, modernismo e preservação do patrimônio no debate cultural dos anos 1920 no Brasil - Maria Lúcia Bressan Pinheiro - EDUSP
9º - São paulo uma interpretação - Jorge Wilheim - Editora SENAC
10º - Belle Époque dos Jardins - Guilherme Mazza Dourado - Editora SENAC

5. Artes

1º - Samico - Weydson Barros Leal - Editora Bem-te-vi
2º - Brecheret e a Escola de Paris - Daisy Peccinini - FM Editorial
3º - Antunes Filho, Poeta da cena - Sebastião Miralé - Edições SESC-SP
4º - Emanoel Araujo ? Escultor - Paulo Herkenhoff - Editora Via impressa
5º - Fayga Ostrower Ilustradora - Fayga Ostrower - Instituto Moreira Sales
6º - No mar = At sea - Luise Weiss - Imprensa oficial do estado
7º - Teatro Municipal de São Paulo 100 anos Palco e Platéia da Sociedade Paulistana - Organização: Carlos Eduardo Martins Macedo/Texto: Marcia Camargos/Ensaio Fotográfico:Cristiano Mascaro - Editora Dado Macedo
8º - Memória da Arte Franciscana na Cidade do Rio de Janeiro - Anna Maria Fausto Monteiro de Carvalho - Rosa Maria Costa Ribeiro - Cesar Augusto Tovar Silva - Editora Arteway
9º - Vai que nós levamos as partes que te faltam: Daniel Senise = Go we'll bring the parts you leave behind: Daniel Senise - Maria Iovino - Imprensa oficial do estado
10º - Artesãos da Sapucaí - Carlos Feijó e André Nazareth - Editores olhares

6. Biografia

1º - Fernando Pessoa: uma quase autobiografia - José Paulo Cavalcanti Filho - Editora Record
2º - Eu vi o mundo - Gabriela Castro - Cosac & Naify
3º - João Goulart: uma biografia - Jorge Ferreira - Editora Civilização brasileira
4º - Cláudio Manuel da Costa - Laura de Mello e Souza - Companhia das letras
5º - Antônio Vieira - Ronaldo Vainfas - Companhia das letras
6º - Solo - Cesar Camargo Mariano - Editora Leya
7º - Justa - Aracy de Carvalho e o resgate de judeus: trocando a Alemanha nazista pelo Brasil - Mônica Raisa Schpun - Editora Civilização brasileira
8º - A Bossa do Lobo - Ronaldo Bôscoli - João Baptista da Costa Aguiar - Editora Leya
9º - Angelo Agostini: A Imprensa Ilustrada da Corte à Capital Federal, 1864-1910 - Gilberto Maringoni - Editora Devir
10º - Roland Barthes -uma biografia intelectual - Leda Tenório da Motta - Editora Iluminuras

7. Ciências Exatas

1º - Eletrodinâmica de Ampére - André Koch Torres Assis e João Paulo Martins De Castro Chaib - Editora UNICAMP
2º - Química medicinal: Métodos e Fundamentos em Planejamento de Fármacos - Carlos A. Montanari (organizador) - EDUSP
3º - Substâncias orgânicas: Estrutura e Propriedades - Nídia Franca Roque - EDUSP
4º - O telescópio na magia natural de Giambattista della Porta - Fumikazu Saito - Editora da PUC-SP
5º - O observatório no telhado - Oscar T. Matsuura - Companhia editora de Pernambuco
6º - Processos Biológicos Avançados para Tratamento de Efluentes e Técnicas de Biologia Molecular para o Estudo da Diversidade Microbiana - Márcia Dezotti, Geraldo Lippel Sant'Anna Jr, João Paulo Bassin - Editora Interciência
7º - Mecânica Quântica - José Roberto Mahon - Grupo Gen
8º - Simulação computacional de circuitos elétricos - Luiz de Queiroz Orsini e Flávio Cipparrone - EDUSP
9º - Controle Linear de Sistemas Dinâmicos - Teoria, Ensaios Práticos e Exercícios - José C. Geromel e Rubens H. Korogui - Editora Edgard Blucher
10º - Tópicos de mecânica clássica - Marcus A. M. de Aguiar - Editora Livraria da física

8. Ciências Humanas

1º - ritmo espontaneo: organicismo em raizes do Brasil de Sergio Buarque de Holanda - João Kennedy Eugenio - Editora da Universidade federal do Piauí
2º - Um estilo de história - Fernando Nicolazzi - Editora da UNESP
3º - A política da escravidão no Império do Brasil - Tâmis Parron - Editora Civilização Brasileira
4º - Mutações: A invenção das crenças - Adalto Novaes (org.) - Edições SESC-SP
5º - Entre a luxúria e o pudor: a história do sexo no Brasil - Paulo Sérgio do Carmo - Editora Octavo
6º - A sociologia e o mundo moderno - Octavio Ianni - Editora Civilização brasileira
6º - Dicionário da Antiguidade Africana - Nei Lopes - Editora Civilização brasileira
7º - Oniska: poética do xamanismo na amazônia - Pedro de Niemeyer Cesarino - Editora Perspectiva
8º - Lições de filosofia primeira - José Arthur Giannotti - Companhia das letras
9º - Para uma história da belle époque: a coleção de cardápios de Olavo Bilac - Lúcia Garcia - Imprensa oficial do estado
10º - In difesa della razza: Os Judeus Italianos Refugiados do Fascismo e o Antissemitismo do Governo Vargas, 1938-1945 - Anna Rosa Campagnano - EDUSP

9. Ciências Naturais

1º - Gestão do Saneamento Básico - Abastecimento de água e esgotamento sanitário - Coleção Ambiental - Arlindo Philippi Jr., Alceu de Castro Galvão - Editora Manole
2º - Fundamentos da Paleoparasitologia - Luiz Fernando Ferreira, Karl Jan Reinhard e Adauto Araújo (orgs.) - Editora Fiocruz
3º - Frutas da Amazônia Brasileira - Silvestre Silva - Metalivros
4º - Direito ambiental - do global ao local - Angela Barbarulo - Editora Global
5º - O futuro da Terra - H. Moysés Nussenzveig - Editora FGV
6º - Geografia- Práticas de Campo, Laboratório e Sala de Aula - Luis Antonio Bittar Venturi (organizador) - Editora Sarandi
7º - Educação Ambiental na Formação do Administrador - José Carlos Barbieri e Dirceu da Silva - Editora Cengage Learning
8º - O Desafio da Sustentabilidade na Construção Civil - Série Sustentabilidade - Vol. 5 - Vahan Agopyan e Vanderley M. John - Editora Edgard Blucher
9º - Energia Eólica - Série Sustentabilidade - Eliane A. Faria Amaral Fadigas - Editora Manole
10º - Irrigação e Fertirrigação em fruteiras tropicais e hortaliças. - Valdemício Ferreira de Sousa, Waldir Aparecido Marouelli, Eugênio Ferreira Coelho, José Maria Pinto/ Maurício Antonio Coelho Filho - Editora EMBRAPA

10. Ciências da Saúde

1º - Clínica Psiquiátrica - A visão do Depto. e do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP - Eurípedes Constantino Miguel, Valentim Gentil, Wagner Farid Gattaz - Editora Manole
2º - Tratado de Gastroenterologia - Federação Brasileira de Gastroenterologia - Editores: Schlioma Zaterka e Jaime Natan Eisig - Editora Atheneu
3º - Coluna vertebral - Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem - João Luiz Fernandes e Francisco Maciel Júnior - Editora Elsevier
4º - Estatística na área da saúde: conceitos aplicações e prática computacional - Arminda Lucia Siqueira, Jacqueline Domingues Tibúrcio - Editora CoopMed
5º - Artigos Científicos - Como Redigir, Publicar e Avaliar - Maurício Gomes Pereira - Grupo Gen
6º - Tratado de Fisioterapia Hospitalar - Assistência Integral ao Paciente - Joaquim Minuzzo Vega, Alexandre Luque, George Jerre V. Sarmento e Luiz Fernando de Oliveira Moderno - Editora Atheneu
7º - Epidemiologia e Saúde - Fundamentos, métodos e aplicações - Naomar de Almeida Filho - Grupo Gen
8º - clínica e laboratório "Prof. Celso Carlos de Campos Guerra" - João Carlos de Campos Guerra/Carlos Eduardo dos Santos Ferreira - Sarvier Editora
9º - PET e PET/CT em Oncologia - SBB Medicina Nuclear - Editores: Celso Darío Ramos e José Soares Junior - Editora Atheneu
10º - Farmácia Clínica - Segurança na Prática Hospitalar - Fábio Teixeira Ferracini e Wladmir Mendes Borges Filho - Editora Atheneu

11. Comunicação

1º - O império dos livros: Instituições e Práticas de Leitura na São Paulo Oitocentista - Marisa Midori Deaecto - EDUSP
2º - Linha do tempo do design gráfico no Brasil - Chico Homem de Melo e Elaine Ramos Coimbra - Cosaf & Naify
3º - Repressão e Resistência: Censura a Livros na Ditadura Militar - Sandra Reimão - EDUSP
4º - 70 anos de Radiojornalismo no Brasil, 1941-2011 - Sonia Virgínia Moreira - EDUERJ
5º - Olho de vidro: a televisão e o estado de exceção da imagem - Marcia Tiburi - Editora Record
6º - As Capas desta História - Ricardo Carvalho, Vladimir Sacchetta e Jose Luiz Del Roio - Instituto Vladmir Herzog
7º - Revistas de invenção - 100 revistas de cultura do modernismo ao século XXI - Sergio Cohn (organizador) - Azougue Editorial
8º - Lanterna Mágica: infância e cinema infantil - João Batista Melo - Editora Civilização Brasileira
9º - O negro nos espaços publicitários brasileiros: perspectivas contemporâneas em diálogo - Leandro Leonardo Batista e Francisco Leite (Orgs.) - Escola de comunicação e artes (USP) e Coordenadoria dos Assuntos da População Negra – CONE/ PMSP
10º - Música e Propaganda - Paulo Cezar Alves Goulart - Editora A9

12. Contos e Crônicas

1º - O livro de Praga - Sérgio Sant'Anna - Companhia das letras
2º - Vento sul - ficções - Vilma Arêas - Companhia das letras
3º - O anão e a ninfeta - Dalton Trevisan - Editora Record
4º - O Destino das metáforas - Sidney Rocha - Editora Iluminuras
5º - Nós passaremos em branco - Luís Henrique Pellanda - Editora Arquipélago
6º - Axilas e outras histórias Indecorosas - Rubem Fonseca - Nova Fronteira
7º - Enquanto água - Altair Martins - Editora Record
8º - Onde terminam os dias - Francisco de Morais Mendes - Editora 7 letras
9º - Contos de mentira - Luisa Geisler - Editora Record
10º - Passaporte para a China - crônicas de viagem - Lygia Fagundes Telles - Companhia das letras

Continua…

Fonte:
Câmara Brasileira do Livro

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mário Quintana (A Coisa)


Antonio Brás Constante (Zero a Esquerda ou Fora de Série?)


“Ninguém cometeu maior erro, do que aquele que errou ao fazer tudo errado”.
Antonio Brás Constante

Números. Números. Números. Não passamos de um conjunto numérico, perdido em uma equação qualquer. Uma equação ainda não totalmente resolvida, conhecida como vida. O ser humano na sua essência é feito de números. Somos compostos orgânicos com bilhões de células disto, sei lá mais quantos bilhões de outras células formando aquilo, etc.

Os números determinam padrões na sociedade. Somos classificados por um número variável chamado: “idade”, e nos dizem que devemos agir conforme esta idade. Ou seja, em alguns casos somos muito velhos, em outros nos acham muito novos e ainda em outros temos a idade certa, mesmo que seja para algo que naquele momento não nos interessa.

Apesar de não nos darmos conta, nós somos geralmente atraídos pelos números que compõe as outras pessoas. Por exemplo, na busca por relacionamentos amorosos, muitos procuram saber sobre a altura, peso, quadril, busto, idade e até conta bancária de seus pretendentes.

Ainda na parte dos relacionamentos, podemos imaginar a seguinte situação: você sai para passear com sua amada. Resolve levá-la a um lugar especial, onde possam namorar, trocando beijos e carícias. Então você, aproveitando aquele momento lindo, totalmente enlouquecido de amor, dá uma, duas, três, até quatro idéias de como o futuro seria maravilhoso se vocês ficassem juntos para sempre. É a matemática do amor, agindo nos pensamentos do enamorados.

Também no trabalho somos um mero número, conhecidos no sistema como o funcionário de matricula tal, que tem o RG tal e o CPF etecétera e tal. Em qualquer novo plano diretor, onde haja necessidade de cortes para maximizar custos, o fator humano é logo substituído por algum índice matemático, e de um instante para outro passamos de nove para seis, ou seja, nossa vida vira de cabeça para baixo.

A própria empresa é um emaranhado de números, que aparentemente parece ser feita de tijolos e movida através de carne e sangue, mas que no fim de cada semestre passa a ser um relatório contábil repleto de números e indicações positivas ou negativas, traçando geralmente perfis pouco amistosos sobre ações futuras.

Um assunto como este pode até causar insônia, algo que tentamos amenizar contando carneirinhos lanosos, que para desespero de qualquer fazendeiro, conseguem pular cercas com extrema facilidade. Em outros casos apenas contamos com algum tipo de calmante. Então percebemos que nossa saúde também é vista através de números, que medem pressão, batimentos cardíacos, taxa de glicose, entre outros tantos pontos que flutuam em nossos exames. Se notarmos, a própria política começa com a escolha de números, onde muitos se elegem apenas para fazer número e, principalmente, desviar números.

Sua classe social, sua localização em sua rua ou mesmo no universo (latitude e longitude), ou o máximo de caracteres que devo digitar neste texto, tudo é formado por números. Podemos dizer que Deus é um número. Talvez o número mais básico que exista e por isso tão complexo. Algo similar ao computador, que é capaz de efetuar maravilhas, feitas a partir da combinação de dois únicos dígitos (0s e 1s) que formam o código binário.

Enfim, na matemática da vida, não devemos ser apenas mais um número. Devemos somar esforços, dividir os problemas na busca de soluções, subtrair pensamentos negativos, e elevar a enésima potência às energias e ações positivas, passando a ser multiplicadores de algo melhor, deixando de ser um zero a esquerda para nos tornamos pessoas fora de série.

Fonte:
www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc