Introdução
Neste texto irei discorrer um pouco a respeito da alfabetização, das expectativas dos pais, quanto a essa tão sublime fase, as dificuldades enfrentadas pelas crianças e seus mestres, enfim… A palavra alfabetizar vem de “alfabeto”, que por sua vez é o conjunto das letras de uma língua, colocadas em “certa ordem”. A palavra “alfabeto” é formada com as duas primeiras letras do alfabeto grego ↔ “alfa” e “beta”.
Al•fa•be•ti•zar ↔ v.t.d. Ensinar a ler e a escrever. Partindo desta premissa, será que existe idade ideal para que uma criança seja alfabetizada? Perguntas deste tipo permeiam “a cabeça” de muitos pais, que cheios de expectativas, não veem a hora de tal acontecimento, para poderem se “gabar”, ou melhor, “babar” sobre seu filho querido. Há muita angústia e ansiedade por parte dos pais, que por sua vez acabam depositando toda essa expectativa, muitas vezes, em crianças que ainda não estão preparadas para iniciar sua alfabetização. Sabe-se que não há idade certa para tal ato, o que existe é o momento certo.
Esse caminho começa, desde pequeno, antes mesmo dos seis anos, as atividades de “pré alfabetização” são de extrema importância para que esse processo ocorra da melhor forma possível, com tranquilidade. O que são atividades de pré alfabetização? É quando a criança tem oportunidades de interagir com o mundo letrado, isso já proporciona, para nós adultos e para as próprias crianças, identificar quando “chegou a hora”, ou seja, ela (criança) procura, faz perguntas, além de se mostrar ávida por conhecer, descobrir, vivenciar e experimentar…
As crianças necessitam de muito estímulo, afetividade e integração, não esquecendo o conteúdo. É também, nesta fase, que as brincadeiras dos pequenos se tornam mais intensa, onde transpassam a realidade vista, para o mundo de fantasias e da imaginação, desenvolvendo assim aspectos emocionais, cognitivos e sociais, outra coisa importante a ser analisada é o espaço físico em que essa criança passa a maior parte do tempo, é essencial que a criança, entre dois e três anos, tenha espaço suficiente para desenvolver o lúdico.
Cada criança é única, assim como umas aprendem a andar cedo ou a falar cedo, a alfabetização não é diferente, existem crianças que aos quatro anos já podem ser alfabetizadas, outras com cinco ou seis anos, contudo, há também aquelas que são estão prontas aos oito anos, e isso de forma alguma quer dizer que uma ou outra criança é mais ou menos inteligente, ela só não está madura ainda.
O importante é respeitar o desenvolvimento e o ritmo de cada um, seja qual for sua idade, é claro, que depois de certa idade (9 anos ou mais) os pais e professores devem ficar atentos quanto a aprendizagem da criança, pois existem casos em que há uma certa dificuldade nas aprendizagens ou até mesmo problemas emocionais, que fazem com que esta criança não atinja o objetivo esperado, nesses casos, é necessária ajuda profissional, seja do pedagogo, do psicopedagogo ou até mesmo do psicólogo.
Por onde começar a alfabetização?
Hoje, o mais comum é alfabetizar letrando, o que significa orientar a criança para que ela aprenda a ler e escrever na perspectiva da convivência com práticas reais de leitura e de escrita, porém isso implica “abandonar” o uso das cartilhas (onde o aluno aprende a ser copista e não um leitor ou ledor) e adotar o manuseio de revistas, livros, jornais, enfim, pelo material que irá auxiliar a criança neste processo.
Contudo, é preciso fazer um diagnóstico, ou seja, uma sondagem para saber o nível de conhecimento de palavras e verificar o que a criança já pensa a respeito da escrita.
Valorizando a Prioridade…
Logo no primeiro ano, do ensino fundamental, a prioridade é alfabetizar todas as crianças ou pelo menos grande parte delas. O ato de escrever se torna uma consequência daquilo que a criança já conhece na leitura.
As brincadeiras, o canto, as histórias e os desenhos já fazem parte do cotidiano dos pequenos, no inicio da fase escolar, a leitura e a escrita também, mas é importante ressaltar que, o trabalho é realizado em conjunto educando/educador, ou seja, o aluno deve realizar as tarefas por iniciativa própria, porém o professor deve dar as oportunidades e subsídios para que isso aconteça, o que não se deve pensar é que a criança vai aprender tudo sozinha e por iniciativa da mesma.
Sabe-se que as crianças que convivem num ambiente rico em materiais de leitura, apresentam maior interesse em saber o que está escrito, sendo assim, a criança motivada aprende mais e mais rápido.
A alfabetização e o construtivismo
Segundo Emilia Ferreiro (psicóloga e pesquisadora argentina), o ato de ensinar desloca-se para o ato de aprender por meio da construção de um conhecimento que é realizado pelo educando, que por sua vez passa a ser visto como o sujeito que constrói tal conhecimento a partir daquilo que vivencia, ou seja, é preciso trabalhar com a criança o contexto da própria criança, com textos e histórias que façam sentido para as mesmas.
Vale lembrar que o construtivismo não é um método de ensino, mas sim um processo de aprendizagem que coloca o sujeito dessa aprendizagem como alguém que conhece e que o conhecimento se dá através da ação deste sujeito, não esquecendo que o ambiente exerce papel significativo neste processo.
E para finalizar, outra questão bastante discutida é “em quanto tempo se alfabetiza?”. Partindo do pressuposto de que já foram eliminados todos os “entulhos” do período preparatório, se for clara e objetiva a decifração da escrita, basta apenas uma hora de atividades específicas por dia, em dois ou três meses, e os alunos estarão alfabetizados, é claro que não serão todos, pois sabemos que dependerá do momento de cada um.
“… A minha contribuição foi encontrar uma explicação segundo a qual, por trás da mão que pega o lápis, dos olhos que olham, dos ouvidos que escutam, há uma criança que pensa.” (Emilia Ferreiro)
Fontes:
http://camilacg.wordpress.com/2009/05/23/alfabetizar/
Imagem = http://nteitaperuna.blogspot.com
Neste texto irei discorrer um pouco a respeito da alfabetização, das expectativas dos pais, quanto a essa tão sublime fase, as dificuldades enfrentadas pelas crianças e seus mestres, enfim… A palavra alfabetizar vem de “alfabeto”, que por sua vez é o conjunto das letras de uma língua, colocadas em “certa ordem”. A palavra “alfabeto” é formada com as duas primeiras letras do alfabeto grego ↔ “alfa” e “beta”.
Al•fa•be•ti•zar ↔ v.t.d. Ensinar a ler e a escrever. Partindo desta premissa, será que existe idade ideal para que uma criança seja alfabetizada? Perguntas deste tipo permeiam “a cabeça” de muitos pais, que cheios de expectativas, não veem a hora de tal acontecimento, para poderem se “gabar”, ou melhor, “babar” sobre seu filho querido. Há muita angústia e ansiedade por parte dos pais, que por sua vez acabam depositando toda essa expectativa, muitas vezes, em crianças que ainda não estão preparadas para iniciar sua alfabetização. Sabe-se que não há idade certa para tal ato, o que existe é o momento certo.
Esse caminho começa, desde pequeno, antes mesmo dos seis anos, as atividades de “pré alfabetização” são de extrema importância para que esse processo ocorra da melhor forma possível, com tranquilidade. O que são atividades de pré alfabetização? É quando a criança tem oportunidades de interagir com o mundo letrado, isso já proporciona, para nós adultos e para as próprias crianças, identificar quando “chegou a hora”, ou seja, ela (criança) procura, faz perguntas, além de se mostrar ávida por conhecer, descobrir, vivenciar e experimentar…
As crianças necessitam de muito estímulo, afetividade e integração, não esquecendo o conteúdo. É também, nesta fase, que as brincadeiras dos pequenos se tornam mais intensa, onde transpassam a realidade vista, para o mundo de fantasias e da imaginação, desenvolvendo assim aspectos emocionais, cognitivos e sociais, outra coisa importante a ser analisada é o espaço físico em que essa criança passa a maior parte do tempo, é essencial que a criança, entre dois e três anos, tenha espaço suficiente para desenvolver o lúdico.
Cada criança é única, assim como umas aprendem a andar cedo ou a falar cedo, a alfabetização não é diferente, existem crianças que aos quatro anos já podem ser alfabetizadas, outras com cinco ou seis anos, contudo, há também aquelas que são estão prontas aos oito anos, e isso de forma alguma quer dizer que uma ou outra criança é mais ou menos inteligente, ela só não está madura ainda.
O importante é respeitar o desenvolvimento e o ritmo de cada um, seja qual for sua idade, é claro, que depois de certa idade (9 anos ou mais) os pais e professores devem ficar atentos quanto a aprendizagem da criança, pois existem casos em que há uma certa dificuldade nas aprendizagens ou até mesmo problemas emocionais, que fazem com que esta criança não atinja o objetivo esperado, nesses casos, é necessária ajuda profissional, seja do pedagogo, do psicopedagogo ou até mesmo do psicólogo.
Por onde começar a alfabetização?
Hoje, o mais comum é alfabetizar letrando, o que significa orientar a criança para que ela aprenda a ler e escrever na perspectiva da convivência com práticas reais de leitura e de escrita, porém isso implica “abandonar” o uso das cartilhas (onde o aluno aprende a ser copista e não um leitor ou ledor) e adotar o manuseio de revistas, livros, jornais, enfim, pelo material que irá auxiliar a criança neste processo.
Contudo, é preciso fazer um diagnóstico, ou seja, uma sondagem para saber o nível de conhecimento de palavras e verificar o que a criança já pensa a respeito da escrita.
Valorizando a Prioridade…
Logo no primeiro ano, do ensino fundamental, a prioridade é alfabetizar todas as crianças ou pelo menos grande parte delas. O ato de escrever se torna uma consequência daquilo que a criança já conhece na leitura.
As brincadeiras, o canto, as histórias e os desenhos já fazem parte do cotidiano dos pequenos, no inicio da fase escolar, a leitura e a escrita também, mas é importante ressaltar que, o trabalho é realizado em conjunto educando/educador, ou seja, o aluno deve realizar as tarefas por iniciativa própria, porém o professor deve dar as oportunidades e subsídios para que isso aconteça, o que não se deve pensar é que a criança vai aprender tudo sozinha e por iniciativa da mesma.
Sabe-se que as crianças que convivem num ambiente rico em materiais de leitura, apresentam maior interesse em saber o que está escrito, sendo assim, a criança motivada aprende mais e mais rápido.
A alfabetização e o construtivismo
Segundo Emilia Ferreiro (psicóloga e pesquisadora argentina), o ato de ensinar desloca-se para o ato de aprender por meio da construção de um conhecimento que é realizado pelo educando, que por sua vez passa a ser visto como o sujeito que constrói tal conhecimento a partir daquilo que vivencia, ou seja, é preciso trabalhar com a criança o contexto da própria criança, com textos e histórias que façam sentido para as mesmas.
Vale lembrar que o construtivismo não é um método de ensino, mas sim um processo de aprendizagem que coloca o sujeito dessa aprendizagem como alguém que conhece e que o conhecimento se dá através da ação deste sujeito, não esquecendo que o ambiente exerce papel significativo neste processo.
E para finalizar, outra questão bastante discutida é “em quanto tempo se alfabetiza?”. Partindo do pressuposto de que já foram eliminados todos os “entulhos” do período preparatório, se for clara e objetiva a decifração da escrita, basta apenas uma hora de atividades específicas por dia, em dois ou três meses, e os alunos estarão alfabetizados, é claro que não serão todos, pois sabemos que dependerá do momento de cada um.
“… A minha contribuição foi encontrar uma explicação segundo a qual, por trás da mão que pega o lápis, dos olhos que olham, dos ouvidos que escutam, há uma criança que pensa.” (Emilia Ferreiro)
Fontes:
http://camilacg.wordpress.com/2009/05/23/alfabetizar/
Imagem = http://nteitaperuna.blogspot.com
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